quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Ayreon - This Human Equation (Official Lyric Video)

 


Ayreon tem musicas muito boas e outras mais ou menos, mas no essencial adoro o trabalho que Arjen Anthony Lucassen. Este é um dos singles do novo álbum "Transitus".
Não é que a música seja das melhores que já ouvi, mas adorei a maneira como Simone a canta. Faz um brilharete! Go on, girl!!


By Lum
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sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Os Távoras, de Maria João Fialho Gouveia


 "Esta é a história da nobre família Távora, aqui contada na voz de Dona Mariana Bernarda e Dona Teresa Tomásia, duas senhoras desta ilustre Casa, que viveram em fausto e glória até o futuro marquês de Pombal tentar apagar a sua semente da face da Terra.

Apesar de unidas pelo sangue e pela vaidade da sua estirpe, as duas fidalgas não podiam ser mais diferentes uma da outra. A primeira era uma mulher religiosa e recta; já a segunda - sua tia e cunhada - entregava-se sem pruridos a uma vida de luxúria, vivendo um romance pecaminoso com El-rei de Portugal.

A altivez e o poder dos grandes Távoras muito incomodavam a Sebastião José de Carvalho e Melo, Secretário de Estado. Tanto que, quando D. José I é vítima de um intrigante atentado, Sebastião José, futuro marquês de Pombal, tratou de os inculpar, prendendo-os em masmorras e conventos, sem poupar mulheres nem crianças. O Tribunal da Inconfidência, a que presidiu, torturou os réus e condenou-os a mortes cruéis. Por fim, baniu-lhes o nome, picou-lhes as armas de família, julgou tê-los calado para sempre. Mas tê-lo-á conseguido?"


Já não é o primeiro livro que leio sobre os Távoras. O primeiro foi D. Teresa de Távora - A Amante do Rei, de Sara Rodi e que se centrava na história da própria Teresa. Eu adorei esse livro, e este não foi excepção. Este livro de Maria João Fialho Gouveia é mais abrangente, falando de toda a família Távora, iniciando a história quando os 3º Marqueses de Távora e os dois filhos foram para a Índia a mando do rei para serem vice-reis. Foi aí que o caso entre D. José I e D. Teresa se desenrolou. Apesar de ser abrangente, pois fala de toda a família, muitas vezes o livro os diálogos são entre D. Mariana Bernarda (filha dos 3º Marqueses de Távora) e D. Teresa (cunhada e tia de D. Mariana Bernarda). O livro segue todo o processo dos Távoras, as suas execuções e termina, uns anos mais tarde com uma conversa entre D. Mariana e D. Teresa a relembrar os velhos tempos.

Este é aquele facto histórico que me suscitou bastante curiosidade quando li o primeiro livro sobre D. Teresa de Távora e tive que ler este também. É um processo que tem tantas lacunas e em que houve torturas imensas aos acusados para que confessassem, que acredito que tudo não passou de uma história contada para acabar com aquela família, umas das mais importantes do reino. O que aconteceu ao certo, nunca saberemos, mas na minha opinião, acredito que eles não conspiraram contra D. José I. Acredito que poderão ter dito palavras não muito boas sobre o rei, uma vez que tornou uma Távora, casada com o 4º Marquês de Távora para amante. Mas daí a conspirarem para matar o rei e saberem como iriam acabar, vai uma distância muito grande. 

Assim, como por acaso, encontrei uma série portuguesa sobre os Távora, chamada "O Processo dos Távora". Já tem uns bons anos, mas acho que vale a pena ver (eu pelo menos vou ver). Quem quiser ver, aqui fica o link, estão lá os episódios todos: Link Série O Processo dos Távora.

By Lum




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segunda-feira, 21 de setembro de 2020

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

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A Outra Rainha, de Philippa Gregory

 


"Um romance dramático de paixão, política e traição, da autora de "Duas Irmãs, Um Rei".Com a sua característica combinação de magnífica narrativa com um contexto histórico autêntico, Philippa Gregory dá vida a esta época de grandes mudanças, numa fascinante história de traição, lealdade, política e paixão. Maria Stuart, Rainha dos Escoceses, está em prisão domiciliária em casa de Bess de Hardwick, recém-casada com o Conde de Shrewsbury, mas continua a lutar para recuperar o seu reino."

Este livro de Philippa Gregory, mostra-nos o outro lado da história de Mary Stuart.
Normalmente, no que toca a filmes ou series, Mary Stuart ou é uma vitima ou é uma conspiradora. Neste livro é ambos, acho que a autora conseguiu captar essa essência, embora, claro, com alguns elementos ficcionais. 
O livro foca-se no cativeiro da rainha dos escoceses, ficando sob a guarda do Conde de Shrewsbury e da sua mulher, Bess. É em cativeiro que Mary Stuart conspira para ser libertada e regressar ao seu trono na Escócia, mas os seus planos não correm bem. A rainha Elizabeth, sua prima, apesar das conspirações e pressões de que ela conspira pelo trono de Inglaterra, tenta sempre evitar a sua execução, mas mantém-na sempre em cativeiro. Durante este tempo de cativeiro, é prometido a Mary que irá regressar ao trono na Escócia, o que tarda, sendo obrigada a conspirar novamente para conseguir a sua libertação. Já sabemos como a história acaba, mas durante o tempo de cativeiro de Mary, o casamento do Conde de Shrewsbury e Bess termina, devido à devoção do conde pela Mary Stuart.
Adorei o livro, recomendo vivamente!

Mary Stuart em Filmes e Séries

- Reign
Rachel Skarsten como rainha Elizabeth, Adelaide Kane como Mary Stuart e Megan Follows como rainha Catarina de Medicis

Esta série é das mais conhecidas sobre a vida de Mary Stuart. O elenco é bom, devo dizer que Megan Follows faz uma representação fantástica como Catarina de Medicis. Eu gostei da série, apesar de toda a ficção, especialmente na 1ª e 2ª temporadas. Sei que os fãs de série adoraram aquele romance entre Mary e Francis, rei de França. Mas segundo a história, apesar de devoção entre os dois, o romance nunca se deu assim. Não gostei do facto de terem arranjado um amante para Mary, achei completamente fora do contexto. E devo dizer, o casamento deles mal durou 1 ano e a série conseguiu prolongar até à 3ª temporada. Não me levem a mal, mas já cansava, era encher chouriços com ficção.  Mas pior que isso, deixou temporada e meia para contar o resto da vida dela, que na minha opinião foi pouco. O seu cativeiro mal foi mostrado na série. Podiam muito bem ter cortado no primeiro casamento e contar a historia dela como devia de ser. Não me levem a mal, eu adorei a serie, mas já estava cansada de não ver a história desenvolver.


- Maria, Rainha dos Escoceses
Margot Robbie como rainha Elizabeth e Saoirse Ronan como Maria Stuart

Este filme centra-se no regresso de Mary Stuart à Escócia para assumir o seu trono. Acho que este filme está um pouco mais fiel à realidade que a série (embora também tenha muita ficção). Adorei o facto de se lembrarem que Mary cresceu na França e, portanto, falava melhor francês que inglês. O filme também tem muito em comum com o livro da Philippa Gregory. Recomendo o filme!

Estes são o filme e serie mais recentes sobre May Stuart, no entanto, ela aparece em filmes como Elizabeth - The Golden Age e Mary, Queen of Scots (filme de 2013)


Outros livros da serie The Plantagenet and Tudor Novels que já li:
- A Senhora dos Rios - Aqui
- A Rainha Vermelha - Aqui;
- A Rainha Branca - Aqui;
- A Filha do Conspirador - Aqui;
- A Princesa Branca - Aqui;
- Catarina de Aragão, a Princesa Determinada - Aqui;
- A Maldição do Rei - Aqui;
- Três Irmãs, Três Rainhas - Aqui
- Duas Irmãs, Um Rei - Aqui;
- A Herança Bolena - Aqui;
- A Rainha Subjugada - Aqui;
- A Espia da Rainha - Aqui;
- O Último Tudor - Aqui;
- O Amante da Rainha - Aqui

- A série The White Queen - Aqui;
- A série The White Princess - Aqui;
-A série The Spanish Princess - Aqui.


By Lum

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sexta-feira, 11 de setembro de 2020

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Salvaterra do Minho - Eurocidade Monção - Salvaterra do Minho

 Olá,

Hoje, tal como prometido no post sobre Monção, dou-vos a conhecer Salvaterra do Minho, um município situado na Galiza a cerca de 2 km da cidade Portuguesa de Monção. Situa-se na margem direita do Rio Minho.

Entrada na Fortaleza de Salvaterra do Minho

Salvaterra pertenceu ao Reino de Portugal até meados do século XVII. Actualmente, pertence à província de Pontevedra.  Portugal perdeu este município em 1643, no decurso das guerras da Restauração da Independência. Ainda voltou a ser recuperada pelo Conde de Castelo Melhor, mas foi por pouco tempo, tendo sido ocupada novamente pelas forças espanholas em 1659, onde também a vila de Monção esteve em risco.

Fortaleza de Salvaterra do Minho

Apesar de no Tratado de Alcanizes, assinado pelo rei D. Dinis de Portugal e o rei D. Fernando IV de Castela, estabelecer que Salvaterra pertencia a Portugal, esta nunca veio a ser restituída. 

Na zona mais elevada, junto ao Rio Minho, encontramos um conjunto de fortificações. No período da ocupação Portuguesa durante a guerra da Restauração, que durou 16 anos, esta fortificação foi modernizada. No interior da fortificação, encontra-se o Castelo de Salvaterra, também muitas vezes referido como Castelo de Dona Urraca, onde ocorreu muitos dos confrontos entre os reinos de Portugal e Galiza, Leão e Castela. Foi deste Castelo que D. Urraca I de Leão e Castela dirigiu, apoiada pelo Arcebispo de Santiago de Compostela, Diego Gelmírez, o ataque contra a sua meia irmã, D. Teresa de Leão, que se tinha proclamado rainha de Portugal.

Interior da Fortaleza de Salvaterra do Minho - Jardins do Castelo

Em 1383-1385, durante a crise de sucessão, Salvaterra foi conquistada por Portugal.

Durante o reinado de D. João I de Portugal, foi assinado o 2º Tratado de Monção, onde eram decretadas tréguas durante 3 anos com João I de Castela, onde Portugal cedia a Castela Salvaterra de Minho e Tuy, e recebia de Castela Mértola, Noudar e Olivença no Alentejo, e Castelo Melhor, Castelo Mendo e Castelo Rodrigo, no Ribacoa.

Como já mencionado, durante a Guerra da Restauração (1640-1668), Salvaterra foi ocupada novamente por Portugal entre 1643 e 1659, ficando como alcaide o português Gregório Lopes de Puja. Foi nas mãos portuguesas, que se deu a ampliação e modernização das defesas da praça, convertendo-a numa fortaleza abaluartada.

Fortaleza de Salvaterra do Minho, com vista para o Rio Minho

Como resposta, as forças espanholas tentaram ocupar Monção, contornado a fortaleza de Salvaterra, cercando-a com as fortificações de Santiago de Aitona, Fillaboa e Atalaia de San Pablo de Porto. A fortificação de Fillaboa foi arrasada pelas forças portuguesas, tendo sido reerguida de imediato pelos espanhóis. Todo o conjunto de fortificações tiveram um papel importante, uma vez que permitiu as investidas das forças espanhola. Após atravessarem o rio Minho na altura de Lapela, fizeram cerco a Monção, que se prolongou durante 4 meses, caindo em mãos espanholas. As tropas portuguesas cercadas em Salvaterra, cederam 10 dias depois.

Interior da Fortaleza de Salvaterra do Minho - Paço de D. Urraca

No fim do conflito, foi decidido que Salvaterra do Minho passaria a ser pertença dos espanhóis, enquanto a fortaleza de Monção passassem novamente para mãos portuguesas. Entretanto, foi decretado que as fortificações auxiliares constituíam um perigo, e portanto, a Junta de Guerra determinou a demolição dos fortes de Santiago de Aitona e Fillaboa, permanecendo apenas a Atalaia.

Interior da Fortaleza de Salvaterra do Minho

Actualmente, a fortaleza encontra-se em bom estado de conservação, estando aberta a visitas como espaço cultural. Existe ainda um Museu da Ciência do Vinho.

Interior da Fortaleza - Museu da Ciência do Vinho

Dentro da Fortaleza, ainda é possível visitar a Capela da Virgem da Oliva. Não se sabe exactamente quando foi construída.

Interior da Fortaleza - Capela da Virgem da Oliva

Infelizmente, no dia em que visitamos (antes da epidemia de Covid 19), havia uma festa no seu interior e tudo estava fechado. Não nos foi possível visitar, com muita pena nossa.


Fonte: http://fortalezas.org/index.php?ct=fortaleza&id_fortaleza=1277


Como Chegar

Fortaleza de Salvaterra do Minho - Exterior

Do Porto - Seguir pela A3 até à A-55, seguir na saída 22 em direcção a As Gándaras/A Granxa, seguir pela PO-510 para a PO-403 em direcção a Salvaterra de Miño;

De Lisboa - Seguir pela A1,  até à saída para a A3, seguir pela A3 até à A-55, seguir na saída 22 em direcção a As Gándaras/A Granxa, seguir pela PO-510 para a PO-403 em direcção a Salvaterra de Miño.


By Lum




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