quarta-feira, 30 de setembro de 2020
sexta-feira, 25 de setembro de 2020
Os Távoras, de Maria João Fialho Gouveia
Apesar de unidas pelo sangue e pela vaidade da sua estirpe, as duas fidalgas não podiam ser mais diferentes uma da outra. A primeira era uma mulher religiosa e recta; já a segunda - sua tia e cunhada - entregava-se sem pruridos a uma vida de luxúria, vivendo um romance pecaminoso com El-rei de Portugal.
A altivez e o poder dos grandes Távoras muito incomodavam a Sebastião José de Carvalho e Melo, Secretário de Estado. Tanto que, quando D. José I é vítima de um intrigante atentado, Sebastião José, futuro marquês de Pombal, tratou de os inculpar, prendendo-os em masmorras e conventos, sem poupar mulheres nem crianças. O Tribunal da Inconfidência, a que presidiu, torturou os réus e condenou-os a mortes cruéis. Por fim, baniu-lhes o nome, picou-lhes as armas de família, julgou tê-los calado para sempre. Mas tê-lo-á conseguido?"
Já não é o primeiro livro que leio sobre os Távoras. O primeiro foi D. Teresa de Távora - A Amante do Rei, de Sara Rodi e que se centrava na história da própria Teresa. Eu adorei esse livro, e este não foi excepção. Este livro de Maria João Fialho Gouveia é mais abrangente, falando de toda a família Távora, iniciando a história quando os 3º Marqueses de Távora e os dois filhos foram para a Índia a mando do rei para serem vice-reis. Foi aí que o caso entre D. José I e D. Teresa se desenrolou. Apesar de ser abrangente, pois fala de toda a família, muitas vezes o livro os diálogos são entre D. Mariana Bernarda (filha dos 3º Marqueses de Távora) e D. Teresa (cunhada e tia de D. Mariana Bernarda). O livro segue todo o processo dos Távoras, as suas execuções e termina, uns anos mais tarde com uma conversa entre D. Mariana e D. Teresa a relembrar os velhos tempos.
Este é aquele facto histórico que me suscitou bastante curiosidade quando li o primeiro livro sobre D. Teresa de Távora e tive que ler este também. É um processo que tem tantas lacunas e em que houve torturas imensas aos acusados para que confessassem, que acredito que tudo não passou de uma história contada para acabar com aquela família, umas das mais importantes do reino. O que aconteceu ao certo, nunca saberemos, mas na minha opinião, acredito que eles não conspiraram contra D. José I. Acredito que poderão ter dito palavras não muito boas sobre o rei, uma vez que tornou uma Távora, casada com o 4º Marquês de Távora para amante. Mas daí a conspirarem para matar o rei e saberem como iriam acabar, vai uma distância muito grande.
Assim, como por acaso, encontrei uma série portuguesa sobre os Távora, chamada "O Processo dos Távora". Já tem uns bons anos, mas acho que vale a pena ver (eu pelo menos vou ver). Quem quiser ver, aqui fica o link, estão lá os episódios todos: Link Série O Processo dos Távora.
By Lum
segunda-feira, 21 de setembro de 2020
AMARANTHE - Archangel (OFFICIAL MUSIC VIDEO)
quarta-feira, 16 de setembro de 2020
A Outra Rainha, de Philippa Gregory
Estes são o filme e serie mais recentes sobre May Stuart, no entanto, ela aparece em filmes como Elizabeth - The Golden Age e Mary, Queen of Scots (filme de 2013)
- A Senhora dos Rios - Aqui
- A Maldição do Rei - Aqui;
- Três Irmãs, Três Rainhas - Aqui
By Lum
sexta-feira, 11 de setembro de 2020
AD INFINITUM - Fire And Ice (Official Video)
segunda-feira, 7 de setembro de 2020
Salvaterra do Minho - Eurocidade Monção - Salvaterra do Minho
Olá,
Hoje, tal como prometido no post sobre Monção, dou-vos a conhecer Salvaterra do Minho, um município situado na Galiza a cerca de 2 km da cidade Portuguesa de Monção. Situa-se na margem direita do Rio Minho.
Salvaterra pertenceu ao Reino de Portugal até meados do século XVII. Actualmente, pertence à província de Pontevedra. Portugal perdeu este município em 1643, no decurso das guerras da Restauração da Independência. Ainda voltou a ser recuperada pelo Conde de Castelo Melhor, mas foi por pouco tempo, tendo sido ocupada novamente pelas forças espanholas em 1659, onde também a vila de Monção esteve em risco.
Apesar de no Tratado de Alcanizes, assinado pelo rei D. Dinis de Portugal e o rei D. Fernando IV de Castela, estabelecer que Salvaterra pertencia a Portugal, esta nunca veio a ser restituída.
Na zona mais elevada, junto ao Rio Minho, encontramos um conjunto de fortificações. No período da ocupação Portuguesa durante a guerra da Restauração, que durou 16 anos, esta fortificação foi modernizada. No interior da fortificação, encontra-se o Castelo de Salvaterra, também muitas vezes referido como Castelo de Dona Urraca, onde ocorreu muitos dos confrontos entre os reinos de Portugal e Galiza, Leão e Castela. Foi deste Castelo que D. Urraca I de Leão e Castela dirigiu, apoiada pelo Arcebispo de Santiago de Compostela, Diego Gelmírez, o ataque contra a sua meia irmã, D. Teresa de Leão, que se tinha proclamado rainha de Portugal.
Em 1383-1385, durante a crise de sucessão, Salvaterra foi conquistada por Portugal.
Durante o reinado de D. João I de Portugal, foi assinado o 2º Tratado de Monção, onde eram decretadas tréguas durante 3 anos com João I de Castela, onde Portugal cedia a Castela Salvaterra de Minho e Tuy, e recebia de Castela Mértola, Noudar e Olivença no Alentejo, e Castelo Melhor, Castelo Mendo e Castelo Rodrigo, no Ribacoa.
Como já mencionado, durante a Guerra da Restauração (1640-1668), Salvaterra foi ocupada novamente por Portugal entre 1643 e 1659, ficando como alcaide o português Gregório Lopes de Puja. Foi nas mãos portuguesas, que se deu a ampliação e modernização das defesas da praça, convertendo-a numa fortaleza abaluartada.
Como resposta, as forças espanholas tentaram ocupar Monção, contornado a fortaleza de Salvaterra, cercando-a com as fortificações de Santiago de Aitona, Fillaboa e Atalaia de San Pablo de Porto. A fortificação de Fillaboa foi arrasada pelas forças portuguesas, tendo sido reerguida de imediato pelos espanhóis. Todo o conjunto de fortificações tiveram um papel importante, uma vez que permitiu as investidas das forças espanhola. Após atravessarem o rio Minho na altura de Lapela, fizeram cerco a Monção, que se prolongou durante 4 meses, caindo em mãos espanholas. As tropas portuguesas cercadas em Salvaterra, cederam 10 dias depois.
No fim do conflito, foi decidido que Salvaterra do Minho passaria a ser pertença dos espanhóis, enquanto a fortaleza de Monção passassem novamente para mãos portuguesas. Entretanto, foi decretado que as fortificações auxiliares constituíam um perigo, e portanto, a Junta de Guerra determinou a demolição dos fortes de Santiago de Aitona e Fillaboa, permanecendo apenas a Atalaia.
Infelizmente, no dia em que visitamos (antes da epidemia de Covid 19), havia uma festa no seu interior e tudo estava fechado. Não nos foi possível visitar, com muita pena nossa.
Fonte: http://fortalezas.org/index.php?ct=fortaleza&id_fortaleza=1277
Como Chegar
Do Porto - Seguir pela A3 até à A-55, seguir na saída 22 em direcção a As Gándaras/A Granxa, seguir pela PO-510 para a PO-403 em direcção a Salvaterra de Miño;
De Lisboa - Seguir pela A1, até à saída para a A3, seguir pela A3 até à A-55, seguir na saída 22 em direcção a As Gándaras/A Granxa, seguir pela PO-510 para a PO-403 em direcção a Salvaterra de Miño.
By Lum