segunda-feira, 19 de agosto de 2019

A Rainha Vermelha, de Philippa Gregory


"Herdeira da rosa vermelha de Lancaster, Margarida vê as suas ambições frustradas quando descobre que a mãe a quer enviar para um casamento sem amor no País de Gales. Casada com um homem que tem o dobro da sua idade, depressa enviúva, sendo mãe aos catorze anos. Margarida está determinada em fazer com que o seu filho suba ao trono da Inglaterra, sem olhar aos problemas que isso lhe possa trazer, a si, à Inglaterra e ao jovem rapaz. Ignorando herdeiros rivais e o poder desmedido da dinastia de York, dá ao filho o nome Henrique, como o rei, envia-o para o exílio, e propõe o seu casamento com a filha da sua inimiga, Isabel de York. 
Acompanhando as alterações das correntes políticas, Margarida traça o seu próprio caminho com outro casamento sem amor, com alianças traiçoeiras e planos secretos. Viúva pela segunda vez, Margarida casa com o impiedoso e desleal Lorde Stanley. Acreditando que ele a vai apoiar, torna-se o cérebro de uma das maiores revoltas da época, sabendo sempre que o filho, já crescido, recrutou um exército e espera agora pela oportunidade de conquistar o prémio maior."


Este é o 3º livro que inspirou a série The White Queen (ver aquiaqui e aqui). É mais um livro excelente de Philippa Gregory, desta ver sobre Margaret Beaufort, a Mãe da Dinastia Tudor. Uma mulher devota, que aos 12 anos acaba casada com Edmundo Tudor, por imposição da mãe, tendo sido logo consumado (apesar de ser contra os padrões da época consumar casamento antes dos 14 anos). A mãe de Margaret quase a obrigou, devido à desesperada necessidade de um herdeiro masculino. Margaret engravida praticamente logo, e aos 13 anos torna-se viúva e sobrevive a um parto muito complicado, dando à luz o tão esperado herdeiro, Henrique. É obrigada a deixar o seu filho bebé entregue ao seu cunhado Jasper Tudor, para se casar novamente, por imposição da mãe, com Henrique Stafford. Sempre aspirou a coisas grandiosas, dizendo ser guiada por Deus, tendo visões que o seu filho seria Rei de Inglaterra. E é esta ambição que a vai fazer viver: tornar o seu filho Rei de Inglaterra. 
Confesso que por mais que ache esta mulher muito corajosa e lutadora, não consigo simpatizar nada com ela. Acho-a extremamente ambiciosa e cega por ver o seu filho no trono, não olhando a meios para atingir esse fim. Pior, diz ser guiada por Deus! Apesar de nada estar provado, a ser assim na realidade, acredito que tenha sido ela a mandar assassinar os príncipes na Torre, com objectivo de eliminar 2 nomes na linha de sucessão.
Vale a pena a leitura!


O livro e a série

Margaret Beaufort na série The White Queen


Este livro, como já disse, foi um dos que inspirou a série The White Queen. A série até se manteve fiel ao livro, embora o livro pareça ter um decorrer de tempo diferente da série. Mas é normal, pois este livro acelera mais no tempo, comparado com os outros dois e na série tinham que enquadrar todos os livros.


Margaret Beaufort, Jasper Tudor e Henrique Tudor na série The White Queen


As principais diferentes que vi entre a série e o livro foram:
- Henrique Tudor viveu 9 anos com Herbert, na série foram só alguns meses;
- Na série, Margarida convence o irmão a lutar pela casa de Lencastre, mas antes da batalha desiste e vai ter com Eduardo, morrendo aos mãos dele como traidor. No livro não acontece nada disto;
- Margarida visita a mãe quando esta está a morrer, estando por lá quando morre; no livro ela está em casa e recebe uma carta a dizer que a mãe morreu;
- Margarida e o marido Thomas Stanley ficam em prisão domiciliária, estando ele ferido; na série só Margarida fica presa;
- Stanley, marido de Margarida, declara logo apoio a Henrique Tudor e encontra-se com ele antes da batalha, no entanto só aparecerá em batalha quando o filho fugir das mãos do Rei Ricardo III. Na série, ele nunca se encontra com Henrique e nunca declara qualquer apoio, só em plena batalha é que se alia a ele;
- No livro, Jasper não se encontra com Henrique, aquando da batalha. Na série lutam lado a lado;
- No livro, Margarida não se encontra com o filho Henrique antes da batalha, nem está presente durante e no fim da batalha - recebe a notícia em casa, dada por uma dama de companhia, que o seu filho é rei.


Margaret Beaufort e o seu marido, Henrique Stafford, na série The White Queen

Dos 3 livros, A Filha do Conspirador é o que a série mais se assemelha. Entendo que neste livro não seja fácil, visto que a sucessão de eventos é diferente, tal como já tinha dito. No entanto, é uma série que vale muito a pena ver.

Margaret Beaufort e Thomas Stanley, na série The White Queen


By Lum

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