domingo, 28 de março de 2021

A Maldição de Afonso II, de Maria Antonieta Costa


" Portugal, inícios do século XIII. O neto de D. Afonso Henriques, Afonso II, é coroado rei. Ao longo de um curto e duro reinado, enfrenta uma maldição, o adultério da rainha, a traição dos irmãos e a excomunhão como corolário da luta contra os abusos do poder espiritual. Para a história ficou o seu aspecto corpulento e a conquista de Alcácer do Sal. Mas quem era este monarca e qual foi o seu legado?

A Maldição de Afonso II é um romance histórico revelador sobre um rei esquecido pela História, mas cujas conquistas nos planos legislativo e administrativo ajudaram a consolidar a nação.

Prisioneiro do legado dos antecessores, Afonso II emerge como um moderno arquiteto do poder político.

Neto de D. Afonso Henriques e filho de D. Sancho I, Afonso II teve um reinado curto e conturbado. Depois dos reis guerreiros, a governação de Afonso II, fisicamente limitado, foi quase apagada da História. No entanto, promoveu as primeiras Leis Gerais do reino e introduziu mecanismos de centralização do poder, lutando contra os interesses da igreja e da nobreza.

Cruzando factos históricos e ficção, A maldição de Afonso II dá vida à figura obscura do terceiro rei de Portugal, que reinou desde 1211 até à sua morte em 1223. Numa época em que as fronteiras de Portugal estão quase definidas, e devido às limitações impostas por uma doença maldita, Afonso II dedica-se à administração do reino.

Escondendo da nação, da corte e até da rainha a sua terrível condição, o rei vai afirmando os seus dotes de legislador. Mas as intrigas políticas e religiosas sucedem-se e Afonso II acabará por morrer excomungado pelo Papa.

Afinal, qual foi a importância do reinado de D. Afonso II? Que segredos permanecem por desvendar? Qual o verdadeiro carácter do rei? Partindo das principais fontes históricas, este romance projeta uma nova imagem do monarca, destacando um carácter simultaneamente sensível e feroz, o invulgar talento como legislador, trazendo ainda à superfície aquela que poderá ter sido a única e verdadeira limitação do rei: a lepra, o estigma maldito, deliberadamente oculto ao longo dos séculos."


É o segundo livro que leio desta autora, sendo que o primeiro D. Sancho I - O Herdeiro do Reino acabou por me desiludir um pouco, uma vez que o título não tinha bem a ver com o conteúdo do livro. Já este sim, é sobre D. Afonso II e a sua vida. O livro inicia no seu nascimento e vai até à sua morte. Conhecido pelo cognome "o Gordo" ou "o Gafo", D. Afonso foi um rei mais diplomático que guerreiro. Criou as primeiras leis gerais do Reino, tentando diminuir o excesso de poder da nobreza e clero. Com isto foi excomungado pelo papa. Casou com D. Urraca de Castela. Diz-se que sofria de lepra, pelo que a autora explorou ao máximo esta hipótese. Apesar de a autora tentar manter os factos reais, acabou por entrar na parte da ficção, o que me parece normal, uma vez que não há muita informação sobre esta altura. No entanto, gostei imenso do enredo que a autora deu aos personagens. Recomendo!


By Lum




Continue reading A Maldição de Afonso II, de Maria Antonieta Costa

terça-feira, 23 de março de 2021

segunda-feira, 15 de março de 2021

Medina Del Campo - Na rota da História de Castela, Espanha

 Olá,

Cá temos mais um post de viagens que fiz antes de tempos de Covid. Desta vez, dou-vos a conhecer Medina Del Campo. Situada na província de Valladolid, Medina Del Campo é uma vila de origem pré-românica. 

O que visitar

- Castelo de la Mota

No seu nome, "Mota" (elevação no terreno) foi sempre um lugar privilegiado. A elevação na planície facilitou muito a defesa e proteção. "Medina" tem origem na pré-história, mais precisamente na Idade do Ferro. Entretanto com o tempo foi perdendo população, acabando abandonado. 

Castelo de la Mota

Existem muitas lendas sobre a origem do castelo, mas o mais provável é ter tido várias transformações, nomeadamente nos reinados do rei João II de Castela, do seu filho Enrique IV que construíram o recinto interior à fortaleza e à Torre de Menagem, e os Reis Católicos que mandaram construir a barreira defensiva, tornando-se um dos melhores parques de artilharia da Europa.

O Castelo tem visita livre ao Pátio de Armas, a capela e sala "Juan de la Cosa". Tem depois vários tipos de visita: a geral (sem visita à torre) que inclui as jazigas arqueológicas, parte exterior do Castelo, galerias subterrâneas, Pátio das armas e capela, sendo a visita guiada; e ainda a visita guiada à torre de menagem que dura cerca de 50minutos. Também dispõem de visitas teatralizadas à Torre de Menagem, mas é necessária reserva prévia.

Como estava numa hora que não havia visitas, fizemos a visita gratuita.

Como já dito, o castelo tem um amplo Pátio de Armas onde se destaca uma porta trabalhada com um arco árabe e uma representação do encontro de Santa Ana e São Joaquim junto à Porta Dourada.

Pátio das Armas

Entrando por essa porta temos um mapa-mundo do ano de 1500, desenhado por Juan de la Cosa.

Capela do Castelo

A seguir a essa sala, temos a Capela do Castelo, dedicada a Santa Maria. No retábulo, é possível ver seis estatuetas douradas de santos espanhóis entre eles a Teresa de Jesus.


- Torre y Colegiata de San Antolín

Torre y Colegiata de San Antolín

Este edifício foi construído em 1177 e conta também com obras efetuadas pelos Reis Católicos, que ampliaram e a alteraram a nível arquitetónico no que se apresenta actualmente.


- Plaza Mayor de la Hispanidade

Plaza Mayor de la Hispanidade

A Plaza Mayor é um espaço amplo, onde encontramos imensos restaurantes, bares e lojas. Vale a pena conferir.

Plaza Mayor de la Hispanidade

- Palácio Real Testamentário e Estátua de Isabel, a Católica

Um pouco mais à frente da Plaza Mayor, encontra-se o Palácio Real Testamentário. Na sua frente temos uma estátua em homenagem a Isabel, a Católica. Foi aqui que redigiu o seu testamento em Outubro de 1504, morrendo pouco tempo depois. 

Estátua de Isabel, a Católica e fachada do Palácio Real Testamentário
 
O Palácio foi construído no século XIII e serviu de residência real, prisão e Câmara Municipal de Medina del Campo.

Este palácio foi o lugar mais frequentado pela rainha Isabel, de toda a Espanha. Aqui recebeu embaixadas, exerceu justiça e atendeu aos vários assuntos do reino. Foi também aqui, neste palácio que morreu no dia 26 de Novembro de 1504.

Representação do quarto onde Isabel, a Católica faleceu

Actualmente o Palácio alberga um centro de interpretação sobre a rainha Isabel, que inclui a representação fiel do quarto onde faleceu a rainha Isabel, onde nas suas paredes existem quadros, um deles pintado com a cena da sua morte.

Folhas do testamento de Isabel, a Católica

No museu encontramos vários objetos, incluindo o testamento de Isabel redigido neste mesmo palácio.

Como Chegar

Do Porto - Seguir pela A20 até entrar na A4 em direção a Vila Real/Valongo/Ermesinde, sair na saída 46 para M523 em direção a Quintanilha, seguir pela N-122 para a E-82/A-11 em Castilla y León, España em direção a Medina del Campo.

De Lisboa - Seguir pela A1,  até à saída em direção a Abrantes/C.lo Branco/T.res Novas para a A23, até convergir com a A25 para Vilar Formoso e seguir pela N322, passar a fronteira e seguir pela A-62 até à saída 184 para N-620 em direção a Alaejos e seguir instruções até Medina del Campo.

By Lum




Continue reading Medina Del Campo - Na rota da História de Castela, Espanha

quinta-feira, 11 de março de 2021

A Imperatriz Romanov, de C. W. Gortner

 


"Uma mulher governa sempre.
Mesmo quando está nos bastidores do trono.

Um belíssimo romance, com vislumbres da história da Europa desde o final do século XIX até meados do século XX. Acompanhando a vida de Maria Feodorovna, a mãe do último czar da Rússia, viajamos dos opulentos palácios de São Petersburgo aos campos de batalha da Primeira Guerra Mundial. Desde a corte da Rainha Vitória até à ruralidade russa dominada pelos Bolcheviques.

Depois de Alix, a sua querida irmã mais velha, ter desposado um dos príncipes de Inglaterra, Minnie percebe que terá destino semelhante. Apesar da sua relutância, casa-se com Alexandre, o herdeiro do trono dos Romanov, ascendendo a imperatriz.

Com a morte do seu marido, o filho Nicolau torna-se czar da Rússia, e, com esse poder, chegam os conflitos. A mulher de Nicolau, fortemente influenciada por Rasputine, é apenas uma das ameaças que Minnie, agora Maria Feodorovna, tem de enfrentar para proteger o seu filho e o seu império.

Quando ecos da revolução começam a chegar ao palácio, a Imperatriz Romanov prepara-se para enfrentar o seu maior desafio."


C. W. Gortner está tornar-se um dos meus autores favoritos. Este foi outro livro dele que adorei. Conheço muito pouco da história da Rússia, e neste livro o autor remete-nos para a corte Romanov. Sei perfeitamente que, sendo um romance, há sempre ficção, tal como o próprio autor menciona no fim. Mas o essencial da história de Maria Feodorovna está no livro. Nascida princesa da Dinamarca, alterou o seu nome para Maria quando se converteu à igreja ortodoxa para casar com o, na altura, filho do Czar. Conseguiu integrar-se muito bem na corte Romanov e teve uma relação excelente com o seu marido. Com a morte deste, o seu filho Nicolau torna-se Czar, casando com uma princesa alemã, contra à vontade dos pais. E é aqui que os conflitos começam. A mulher de Nicolau não aceita os conselhos da sogra e começa a ligar-se a Rasputine, influenciando o marido nas decisões do império. Isto foi o início da queda dos Romanov. Apesar de Maria avisar o filho, ele nunca lhe deu ouvidos. 

Maria sofreu vários atentados durante o tempo que viveu na Rússia, mas tudo se tornou muito pior no reinado do filho, uma vez que o país se envolveu numa guerra com o Japão e a Prússia, morrendo milhares de russos. As revoltas foram enormes, havia muita fome. O autor consegue descrever tudo isto tão bem, que parece que estamos realmente a visualizar.

Mais um livro que recomendo vivamente!

By Lum



Continue reading A Imperatriz Romanov, de C. W. Gortner

segunda-feira, 8 de março de 2021

EPICA - The Skeleton Key (OFFICIAL MUSIC VIDEO)


Para acompanhar a estreia do seu álbum "Omega", Epica lançou um novo videoclip da música "The Skeleton Key". 

Gostei imenso desta música (de todas que eles lançaram videoclips, a que menos gostei foi a "Freedom - The Wolves Within"). 
Já comecei a ouvir o novo álbum, mas ainda não ouvi todo - isto com a bebé, não nos deixa com muito tempo livre. Até agora, estou a gostar do que ouvi =)



By Lum
Continue reading EPICA - The Skeleton Key (OFFICIAL MUSIC VIDEO)

quinta-feira, 4 de março de 2021

Segóvia - Na Rota da história de Castela, Espanha

 Olá,

Em tempos de Covid, aqui vai mais um sitio a visitar quando tudo isto passar: Segóvia.

Segóvia é uma cidade cheia de história e monumentos lindíssimos, a começar pelo fabuloso Alcázar que faz lembrar os castelos de Disney. Situa-se na província de Segóvia, em Castela e Leão. A cidade é património mundial da UNESCO desde de 1985. 

Segóvia

O que visitar

- Alcázar de Segóvia

Mal chegamos a Segóvia, deparamo-nos com o belíssimo Alcázar no horizonte. É realmente de uma beleza enorme, parece mesmo um castelo da Disney.

Alcázar de Segóvia

A existência do Alcázar está documentada desde do início do século XII, sendo, durante toda a Idade Média, uma das moradas favoritas dos Reis de Castela. A ascensão ao trono da dinastia dos Trastâmara, foi para o alcázar um impulso em todas as áreas: arquitetura, institucional, política e simbólica. 

Vista lateral do Alcázar de Segóvia

Foi daqui que partiu Isabel, a católica a 13 de Dezembro de 1474 para ser proclamada rainha de Castela na Praça Maior de Segóvia. Também foi aqui que D. Filipe II celebrou o casamento com a sua quarta mulher, Ana de Áustria. Mandou fazer grandes reformas no paço, e fez cobrir telhados com agudos capitéis de ardósia, fazendo com que se parecesse com os castelos da Europa Central e não tanto com as fortalezas castelhanas.

Capitéis em ardósia do Alcázar de Segóvia

Após a instalação da corte em Madrid, o alcázar perdeu a sua condição de residência real, e passou a ser uma prisão estatal durante mais de dois séculos. Em 1764, o rei Carlos III fundou a Real Escola da Artilharia e instalou-a no alcázar, até que no dia 6 de Março de 1862 um incêndio destruiu os telhados e estragou a estrutura. A restauração começou em 1882, e em 1896, conclui-se os trabalhos de fábrica. Nesta data, o rei Afonso XIII e em seu nome, a rainha regente Maria Cristina, entregou o alcázar ao Ministério da Guerra com aplicação exclusivo ao Corpo de Artilharia.

Entrada no Alcázar de Segóvia

Em 1898 instalou-se o Arquivo Geral Militar na parte superior do prédio, onde ainda se encontra na actualidade. No ano 1951 criou-se o Padroado do Alcázar com a finalidade de atender à conservação do edifício. 
Existem várias salas lindíssimas que é possível visitar:

Começamos a visita pela Sala do Paço Velho, também conhecida como Sala dos Ajimeces porque tem janelas geminadas que deram luz ao palácio original. Está datada da época de Afonso X.

Sala do Paço Velho

Nesta sala tem em exibição as armaduras da rainha Isabel, a católica, assim como do seu cavalo.

Daqui passamos para a Sala da Chaminé, que corresponde à organização do Alcázar na data do rei Filipe II. Contém um mobiliário do século XVI em ótimo estado.

Sala da Chaminé

Na sala seguinte, temos a Sala do Trono feita durante o reinado dos Trastâmara, onde podemos ver o trono feito para a visita de Afonso XII e da rainha Vitória Eugénia para marcar o centenário de 2 de Maio de 1808.

Sala do Trono

De seguida, temos a Sala da Galé, que recebe o seu nome do antigo artesoado que tinha a forma de casco de barco invertido. A sala foi construída pela rainha Catalina de Lancaster em 1412, durante a menoridade do seu filho João II.

Sala da Galé

De seguida, temos a Sala das Pinhas, cuja construção foi ordenada por Henrique IV e deve o seu nome a uma peculiar decoração com 392 figuras que se assemelham a pinhas.

Sala das Pinhas

Ao lado desta sala, temos a Câmara Régia, onde as portas são neo-mudéjares e reproduzem as existentes no paço que Henrique IV no bairro de San Martín em Segóvia.

Câmara Régia

De seguida, temos a Sala de Reis, onde no friso estão representados os reis das Astúrias, Castela e Leão. A ordenação actual é por causa do projecto realizado por ordem de Filipe II.

Sala de Reis

Sala de Reis - Video by Lum&Nightmare

Posteriormente, temos a Sala do Cordão, cujo nome se deve ao cordão franciscano que enfeita as suas paredes e que, segundo a lenda segoviana, foi ordenado colocar por Afonso X, "El Sabio", como sinal de penitência pelo seu excessivo orgulho.

Sala do Cordão

A Capela situa-se logo a seguir. Foi aqui celebrada a missa da velada do casamento de Filipe II com Ana de Áustria. Nela encontra-se ainda o quadro da "Adoração dos Reis Magos" de Bartolomeu Carducho (1600) que foi salvo no incêndio de 1862.

Capela

Daqui saímos para um pátio, onde em baixo vemos um jardim magnífico.

Jardins

Daqui seguimos para a Sala de Armas, que fica situada por baixo da Torre de Homenagem e guarda uma coleção de armas de diferentes épocas.

Sala de Armas

Mais à frente, entramos no Museu da Real Escola da Artilharia, onde vemos as mais variadas armas, estudos, etc utilizadas na escola.

Entrada no Museu da Real Escola de Artilharia

Dentro do Alcázar, é possível ver o Pátio do Relógio.

Pátio do Relógio

E temos ainda o Pátio de Armas.
Pátio de Armas

Para além de todas as salas e do Museu, ainda é possível subir à Torre de Juan II. Não o fizemos, mas penso que vale a pena pela paisagem.

Catedral de Santa María

Catedral de Santa María

A catedral, também conhecida como a Dama das Catedrais, devido às suas dimensões e à sua elegância. Foi construída entre os séculos XVI e XVIII, estilo gótico com traços de renascentismo.

Entrada da Catedral

Não chegamos a entrar na catedral, mas é possível visitar. o bilhete é pago.

- Plaza Mayor

Plaza Mayor

Mesmo junto à Catedral, deparamo-nos com a Plaza Mayor. Aqui encontramos várias lojas, cafés e restaurantes.

- Aqueduto de Segóvia

É um aqueduto romano e um dos monumentos antigos mais importantes e mais bem preservados deixados na Península Ibérica pela civilização romana. É um dos símbolos mais importantes de Segóvia.

Aqueduto romano de Segóvia

Não conseguimos estacionar nesta zona para explorar melhor o aqueduto, pois simplesmente não havia nenhum lugar. Toda aquela zona estava cheia de gente.

Como Chegar
Jardins junto ao Alcázar de Segóvia

Do Porto - Seguir pela A1 até à saída 16 para convergir para a A25 em direção a Viseu, seguir até Vilar Formoso e seguir pela N322, passar a fronteira e seguir pela A-62 até à saída 244 em direção a E-803/Cáceres/A-66/A-50/Madrid/Salamanca(Sur)/CL-517/Vitigudino, de seguida seguir indicações para A-50/Madrid/E-803/A-66/Cáceres, seguir pela A-50 até à saída  24 para CL-507 em direção a Sanchidrián/San Pedro del Arroyo e seguir indicações até Segóvia.

De Lisboa - Seguir pela A1,  até à saída em direção a Abrantes/C.lo Branco/T.res Novas para a A23, até convergir com a A25 para Vilar Formoso e seguir pela N322, passar a fronteira e seguir pela A-62 até à saída 244 em direção a E-803/Cáceres/A-66/A-50/Madrid/Salamanca(Sur)/CL-517/Vitigudino, de seguida seguir indicações para A-50/Madrid/E-803/A-66/Cáceres, seguir pela A-50 até à saída   24 para CL-507 em direção a Sanchidrián/San Pedro del Arroyo e seguir indicações até Segóvia.

By Lum



Continue reading Segóvia - Na Rota da história de Castela, Espanha