segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Castelo de Almourol - O Castelo Templário no meio do Tejo

Olá,

Trago-vos mais local, de visita obrigatória, em terras de Portugal: o fabuloso Castelo de Almourol!

Castelo de Almourol, no meio do rio Tejo

Bem-vindos a Almourol! Um castelo que se situa na Praia do Ribatejo, concelho de Vila Nova da Barquinha.
Foi erguido pela Ordem dos Templários, num afloramento granítico a 18m acima do nível da água, numa pequena ilha no médio curso do rio Tejo, chamado na época da Reconquista como Linha do Tejo.

Castelo de Almourol visto da margem do cais de Tancos

A região onde se situa este castelo foi conquistada por D. Afonso Henriques em 1129, durante a reconquista cristã. Este entregou-a aos Cavaleiros da Ordem dos Templários, encarregando-os do povoamento do território e da defesa da cidade de Coimbra.
Foi na necessidade da defesa que reedificaram o castelo, tendo este adquirido logo a sua aparência actual: espaços quadrados, muralhas elevadas e torres reforçadas. 

Na ilha - Castelo de Almourol

O castelo tinha 9 torres, dominadas por uma torre de menagem. Na entrada, sobre o portão principal, existe uma placa com o ano 1171, tendo este sido o ano em que as obras foram concluídas. 
Este é um dos castelos mais representativos da arquitectura militar da época, e dos primórdios do reino de Portugal e da Ordem dos Templários, conferindo-lhe imenso mistério. Com a extinção da ordem, o castelo de Almourol passou a integrar o património da Ordem de Cristo.

Entrada do Castelo de Almourol

O castelo tem uma planta irregular, devido ao terreno onde se encontra, apresentando uma divisão em dois níveis: um exterior inferior e outro interior mais elevado.
O primeiro nível acede-se através da entrada principal, onde se encontram lápides, referência à intervenção de Gualdim Pais. Neste espaço, as muralhas apresentam 9 torres altas circulares, onde se encontra também a porta da traição e vestígios do que poderá ter sido um poço.

Zona interior do Castelo de Almourol

Atravessando a outra porta, entra-se na zona interior, onde se ergue a Torre de Menagem quadrangular erguida no século XII, elemento característico dos templários. A torre tem 3 pisos, mantendo apenas as sapatas e uma cruz patesca acima da janela como elementos originais. 

É possível subir ao topo da torre de Menagem, sendo que ao longo da subida, é possível ler e visualizar várias informações sobre a história dos templários e do castelo, assim como as várias lendas em torno do mesmo.

Torre de Menagem do Castelo de Almourol

O castelo ficou danificado após o terramoto de 1755, tendo sofrido mais alterações durante o século XIX. Na segunda metade deste século, o castelo foi entregue ao Exército português, sob a responsabilidade do comandante da Escola Prática de Engenharia de Tancos.
No século XX foi classificado como Monumento Nacional de Portugal. 
Em Junho de 2006, foram inaugurados dois novos cais para embarcações turísticas.

Uma das nove torres do Castelo de Almourol

Actualmente, é possível visitar o Castelo e realizar passeios no rio Tejo a partir do cais do Arripiado e do cais de Vila Nova da Barquinha.

Vista para o Tejo, a partir do Castelo de Almourol - Filmado por Lum&Nightmare

As lendas do Castelo
O castelo de Almourol tem algumas lendas, aumentando o romantismo e misticismo à sua volta.

Uma das Lendas, remete-nos para os primeiros tempos da Reconquista. D. Ramiro, um cavaleiro cristão que regressava dos combates contra os muçulmanos, encontrou duas mouras, mãe e filha. A filha trazia uma bilha de água, que deixou cair assustada pelo cavaleiro que lhe pediu rudemente para beber. Enfurecido, o cavaleiro mata as duas mulheres. Nesse momento surgiu um jovem mouro, filho e irmão das duas mulheres, que foi logo preso por D. Ramiro. O cavaleiro levou o prisioneiro para o seu castelo, onde vivia com a esposa e filha, e logo o prisioneiro planeou mata-las em vingança. 
À esposa de D. Ramiro, passou a dar-lhe um veneno de acção lenta, no entanto, acabou por se apaixonar pela filha, que D. Ramiro planeava casar com um cavaleiro cristão. No entanto, o prisioneiro mouro acabou por ser correspondido pela jovem, que quando soube dos planos do pai para a casar, decidiram deixar o castelo e desapareceram para sempre. Reza a lenda que nas noites de São João, o casal pode ser visto abraçado no alto da torre de menagem, com D. Ramiro a seus pés, a pedir perdão.

Outra lenda associada ao castelo, remete-nos para um senhor árabe de Almourol que foi atraiçoado pelo cavaleiro cristão por quem a sua filha se apaixonou. A filha, tão apaixonada que estava, revelou os segredos de entrada no castelo, tendo o cavaleiro usado a informação para fazer uma emboscada. O emir e a sua filha preferiram atirar-se das muralhas ao rio, do que ficarem em cativeiro.

Uma outra lenda, leva-nos ao cavaleiro Palmeirim, que foi apanhado por uma grande tempestade que forçou o navio em que viajava de Inglaterra para Constantinopla a parar na costa portuguesa, desembarcando na cidade do Porto. Foi aí que o cavaleiro tomou conhecimento das aventuras de alguns cavaleiros que tinham lutado contra o gigante Almourol, que no seu castelo, tinha a bela princesa Misaguarda e suas damas cativas. Em busca de novas aventuras, o Palmeirim vai para sul, onde na margem do Tejo, avista o castelo de Almourol.  Ao aproximar-se, vê uma luta já no fim, na praça junto ao castelo, reconhecendo o Cavaleiro Triste. Como sinal de vitória, o Cavaleiro Triste junta o seu escudo ao de outros que já havia obtido. Neste escudo, encontrava-se retratada a sua dama, a princesa Misaguarda, por quem Palmeirim se tinha apaixonado. Assim, trava-se uma combate entre Palmeirim e o Cavaleiro Triste, mas, após algum tempo, ainda nenhum tinha saído vencedor. Enquanto que o Cavaleiro Triste é recolhido ao castelo para tratar as feridas, Palmeirim procura auxílio numa aldeia próxima. No entanto, nenhum dos dois consegue o favoritismo da princesa, e esta aconselha o Cavaleiro Triste a retirar-se e desistir de novos combates por um ano.  Palmeirim acaba por retomar o seu caminho para Constantinopla.  Após esse feito, Almourol foi atacado e vencido por outro gigante, Dramusiando, sob a qual a princesa e a sua corte ficam cativas.

Interior do Castelo de Almourol

Estas e mais lendas podem ser lidas na subida à torre de Menagem.


Informação sobre as Visitas

As visitas ao Castelo são feitas de segunda a domingo, de hora a hora. A partida pode ser feita do Cais de Tancos ou Cais do Arripiado, sendo obrigatória a pré-marcação. O valor é de 10€ e 6€, respectivamente. Durante o passeio de barco, é nos contada toda a história sobre o castelo e sobre as povoações de cada margem. 
As viagens são sempre condicionadas pelo estado do tempo e do rio, sendo:
1 de Outubro a 30 de Abril: Encerrado à segunda-feira
1 de Maio a 30 de Setembro: Aberto todos os dias
1 Novembro a 28 Fevereiro: 10h às 13h – 14h30 às 17h
1 Março a 31 Outubro: 10h às 13h – 14h30 às 19h

Passeio de Barco no Tejo - Castelo de Almourol

Quando fomos visitar o Castelo, estava um tempo meio encoberto, o passeio à ida para o Castelo foi calmo e muito porreiro. No entanto, após a visita ao castelo, embarcamos no barco e começou a chover. Mas a chuva não foi meiga e começou a cair forte, pelo que, como iam idosos e crianças no barco, chegaram-se para a zona coberta. Foi aí que a confusão começou, pois, com tanto peso num ponto do barco, chuva e o rio mais inquieto, o barco começou a meter água. Foi um susto, fiquei com receio de ficarmos lá no meio lol felizmente, chegamos salvos a terra, embora todos encharcados. Por isso, aconselho a todos a fazer a visita tendo a certeza que irá fazer sol ou então irem mais na altura do Verão.

Como Chegar
Do Porto - A1 em direcção a Sul, seguir para A23 em direção a Abrantes/T.res Novas até à saída em direção a N3/Tancos. Aí irá aparecer as indicações exactas para o cais do Arripiado.


De Lisboa - A1 em direcção a Norte, seguir para A23 em direção a Abrantes/C.lo Branco/T.res Novas até à saída em direção a N3/Tancos. Aí irá aparecer as indicações exactas para o cais de Tancos.

Também pode fazer a viagem de Comboio, uma vez que a estação é muito perto do cais.

By Lum
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sábado, 15 de dezembro de 2018

Assim nasceu Portugal - Vol. 1, de Domingos Amaral


"Por amor a uma mulher A história de D. Afonso Henriques. Na Páscoa de 1126, em Viseu, o príncipe Afonso Henriques conhece Chamoa Gomes, uma bela rapariga galega por quem se apaixona perdidamente. Contudo, sua mãe, D. Teresa, regente do Condado Portucalense, proibirá o casamento, pois Fernão Peres de Trava, seu amante, não admite o enlace com a sua sobrinha Chamoa. A fúria de Afonso Henriques é imensa. Zangado com a mãe, arma-se a si próprio cavaleiro, na Catedral de Zamora; recusa prestar vassalagem ao novo rei de Leão, de Castela e da Galiza, o seu primo Afonso VII; e começa a liderar os portucalenses de Entre Douro e Minho, que vivem revoltados com a influência do Trava e as decisões de Dona Teresa. Cresce a convulsão no Condado Portucalense, todos são arrastados por ela e envolvem-se num conflito sangrento, que terminará com a inevitável Batalha de São Mamede, em Guimarães. Em Coimbra, a moira Zulmira e suas filhas Fátima e Zaida, prisioneiras de D. Teresa, agitam-se com a notícia de que um guerreiro sarraceno as virá resgatar, enquanto um assassino implacável as tenta matar, a mando do califa almorávida de Marraquexe, que teme que aquelas três mulheres possibilitem a ressurreição do antigo califado de Córdova."

Este é o primeiro volume da trilogia Assim Nasceu Portugal. Este livro situa-nos entre a morte do Conde D. Henrique até à morte de D. Teresa. Durante todo esse tempo, várias acontecimentos vão marcar o condado Portucalense. D. Afonso Henriques não aceita a relação da mãe com Fernão Peres de Trava, que coloca várias galegos nos principais cargos do reino. No entanto, o príncipe apaixona-se por Chamoa Gomes, sobrinha de Fernão Peres de Trava, mas este e D. Teresa proíbem o casamento de ambos, casando-a com Paio Soares. Isto revolta D. Afonso Henriques, que se arma cavaleiro em Zamora e se recusa a prestar vassalagem ao seu primo, D. Afonso VII. O conflito apenas terminará na famosa Batalha de S. Mamede. 
Durante todo este tempo, também temos a história de Zulmira e das suas duas filhas Fátima e Zaida, mouras e prisioneiras no Condado Portucalense. 
Um livro de leitura obrigatória, que nos prende do início ao fim!

Comparação com o livro D. Teresa, de Isabel Stilwell:
Este livro tem algumas diferenças relativamente ao livro D. Teresa, de Isabel Stilwell. Este livro é completamente focado em D. Afonso Henriques, mostrando D. Teresa como uma mãe ausente e sedente de poder. No outro, o livro é focado em D. Teresa, tentando mostrar o seu lado mais humano, mostrando que ama os filhos e que tudo fez para o bem do reino. A nível da história geral em si, ambos os livros narram o mesmo. Gostei de ambos!

By Lum
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sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

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The White Princess - Serie (2017)

Olá,

Venho-vos falar de mais uma serie que gostei muito.
The White Princess centra-se no conturbado do início de reinado de Henry Tudor e no seu casamento com Elizabeth of York.


Esta serie é baseada na obra de Philippa Gregory, e é a continuação da serie The White Queen. Não li os livros, mas pretendo ler para que possa comparar com a serie.

O casamento entre Henry e Elizabeth é celebrado contra a vontade de ambos, que inicialmente se odeiam. No entanto, quando nasce Arthur, o primeiro filho de ambos, começam a desenvolver uma relação que os torna fortes como casal. Ambos encontram-se rodeados por uma corte muito ambiciosa, em que as mães de ambos tentam influenciar por forma a conseguir mais poder.


Nesta serie, podemos ainda ver a corte de Borgonha e a corte espanhola.

Na minha opinião, acho que as mães são mesmo implacáveis. Na serie The White Queen, já se via que a mãe de Henry Tudor, Margaret, era muito ambiciosa, portanto não fiquei admirada de nesta serie continuar igual. No entanto, a mãe de Lizzie, Elizabeth Woodville, achei-a demasiado mazinha com a filha que obrigou a casar e, depois de ter um filho, a quer obrigar a abdicar de tudo, para colocar o pseudo-irmão (sim, porque nem sequer se sabe se é o irmão dela ou um impostor) no trono. Não me parece que ela tenha sido assim, e pelo que já li, ela nunca soube da existência desse rapaz, porque morreu antes de ele aparecer. Na serie, ele aparece enquanto ela ainda é viva.


Mesmo assim, adorei a serie! Acho que está bem conseguida!
Entretanto, já estão a gravar a continuação desta serie, será a The Spanish Queen e contará a história de Catarina de Aragão.

By Lum


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domingo, 2 de dezembro de 2018

Torres Novas - Roteiro

Olá,

Hoje trago-vos mais um roteiro por terras lusas! Torres Novas é o destino!

Fachada do Castelo de Torres Novas

Torres Novas é uma cidade que se situa no Ribatejo, pertencendo ao distrito de Santarém. É atravessada pelo Rio Almonda.

Vista sobre o Rio Almonda.

Torres Novas é um dos locais mais antigos da nossa nacionalidade. Foi conquistada aos mouros por D. Afonso Henriques em 1148 e recebeu o foral em 1190 pelo Rei S. Sancho I, tendo sido confirmado por outros reis portugueses ao longo do tempo. Até à conquista definitiva pelos cristãos, tanto o castelo como a povoação foram muitas vezes destruídos e reconstruídos.

Castelo de Torres Novas

Torres novas foi ainda palco de duas importantes cortes: reunidas após a morte do rei D. Duarte de Portugal em 1438; e em 1535 em que foi assinado o contrato de casamento da infanta D. Isabel com D. Carlos V, Imperador do Sacro Império Romano.

Jardins no interior do Castelo

Torres Novas é uma cidade rica em história. No centro histórico, para além do Castelo, destaca-se ainda as Igrejas de São Salvador, datada do século XIII; a de S. Pedro do século XIV; a do Carmo do século XVI; a de Santiago; a da Misericórdia do século XVI; a Capela de Santo António, sendo o que resta de um antigo convento; e a Ermida de Nossa Senhora do Vale, de origem muito antiga, dizendo-se que remonta ao período da ocupação Visigoda da região.

Torres Novas - Vista sobre a cidade

É possível, também, encontrar espaços verdes muito agradáveis na cidade, como é o caso do Parque da Liberdade e dos Jardins do Castelo, das Rosas e o Jardim Maia Lamas.

Jardins do Castelo

Dentro do castelo os jardins são lindíssimos e estão super bem tratados. É possível admirar uma vista magnifica sobre a cidade! No jardim do castelo, num dos seus recantos, existe uma gaiola com várias aves, que incluí faisões.

Jardins do Castelo

Ao sair para o exterior do castelo, logo à entrada, pode ver-se uma estátua em homenagem ao Rei D. Sancho I.

Estátua Busto de S. Sancho I - Entrada do Castelo

Descendo a colina do castelo, temos uma praça onde se encontram vários restaurantes e cafés. De lá, tem-se uma vista extraordinária para o Castelo.

Praça em Torres Novas

Vale a pena a visita à cidade!

Como Chegar:
Do Porto - A1 em direcção a Sul, seguir para A23 em direção a Abrantes/T.res Novas até à saída para a N3 em direcção a Torres Novas

De Lisboa - A1 em direcção a Norte, seguir para A23 em direção a Abrantes/C.lo Branco/T.res Novas até à saída para a N3 em direcção a Torres Novas

By Lum
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