terça-feira, 27 de agosto de 2019

As nossas férias na Austria

Olá,

Este ano as nossas férias foram passadas na Áustria. Foi a primeira vez que fizemos umas férias assim, e valeu muito a pena.

Quero mostrar-vos o que visitamos e o que vimos (e que vale mesmo a pena), por isso, farei 5 posts sobre estas férias: 



Schloss Belvedere - Viena



Neste post, vou dar apenas algumas dicas, pois infelizmente falta muita informação, especialmente no que se refere a conduzir um carro na Áustria.



Planear a Viagem


Áustria é um país lindíssimo e que vale a pena visitar, não só Viena, como outras cidades.
Penso que é essencial planear o que quer fazer durante a sua estadia lá. A própria cidade de Viena tem tanta, mas tanta coisa para ver, que aconselho mesmo a fazer um plano. Foi isso que fizemos. Acabei por questionar alguns colegas que já tinham visitado Viena sobre o que valia mesmo a pena visitar, fiz alguma pesquisa e acabei por comprar um guia da cidade (que muito jeito deu). 


 Karlskirche - Viena


Como planeei? 
Primeiro fiz uma lista do que gostaria de ver e visitar. Fui ver ao Google Maps o local onde ficaríamos hospedados e depois vi onde ficava cada ponto que queria visitar. Aqui pude estabelecer o que queria ver e organizar por dias. 
Depois vi o que queria ver fora de Viena. Obviamente que havia muitos mais sítios que queria visitar, mas infelizmente não iria dar para tudo, portanto tive que fazer opções. As opções recaíram sobre Melk e Vale Walchau (cerca de 90km de Viena) e Hallstat e Salzburgo (cerca de 390km de Viena). 


Stephansdom - Viena



Opções para deslocação
Na decisão do que quer visitar fora de Viena, tem que pesar como se vai deslocar. Existem várias opções: automóvel, comboio, autocarro, excursões. Nós optamos por alugar um automóvel, pois o comboio/ autocarro não ía a todos os sítios que queríamos visitar e ficaríamos dependentes dos horários; e as excursões, pelo que li, por vezes não passavam o tempo que pretendiam nos sítios, tornando-se muito cansativo. Obviamente que também pesou o valor a pagar: para duas pessoas, o que ficava mais barato era alugar o automóvel.

Jardins de Schloss Belvedere - Viena

Em Viena, andamos sempre a pé - faz-se muito bem a pé, principalmente com tantos edifícios lindíssimos espalhados pela cidade. No entanto, pode-se comprar um passe e andar de metro (vão praticamente a todo lado), pode-se alugar uma bicicleta - toda a cidade tem pista própria para as bicicletas andarem; pode-se alugar trotinetes eléctricas; e eles tem um sistema tipo Take&Go de carros espalhados pela cidade, em que através da aplicação, "aluga-se" carro e paga-se ao km.  

Não aconselho a alugar carro para se deslocarem dentro de Viena - paga-se estacionamento até às 22h (e acredite, é uma porcaria para o pagar) e é muito caro.

Retrato da Imperatriz Sissi - Viena


Conduzir na Áustria

Para começar, ninguém dá informações sobre limites de velocidade (sim, porque eles tem imensos sinais de proibição de estacionar, mas limites de velocidade, está quieto!), sobre estacionamento, multas, portagens, nada! Para nós foi um quebra cabeças e acabamos por sofrer as consequências logo no primeiro dia que alugamos carro.

1. Dá um jeito enorme o carro ter GPS pois informa todos os limites de velocidade, mas basicamente dentro de localidades é igual a Portugal: velocidade máxima permitida é 50km/h. Eles tem vários radares, portanto não abusar da sorte. Fora das localidades é 100km/h e nas auto estradas é 130km/h, embora em algumas zonas identificadas se possa andar a 140km/h. Os austríacos cumprem as velocidades ao "milímetro".

2. O estacionamento é pago em todo o lado no país (sim, todas as cidades que visitei, o estacionamento em todo lado é pago). Se estacionar na rua, há locais que mesmo a pagar, não pode estar mais de 3horas estacionado. Convém estar muito atento ao ticket de estacionamento, se estacionar na rua - se passar uns minutos, leva logo multa (yap, primeira multa de sempre foi lá). O ideal é estacionar nos parques - é caro, mas paga apenas o tempo que está estacionado no fim. Em Viena, o estacionamento é pago até às 22h, mas não existem máquinas para tirar tickets (e zero informação de como funciona). Nós perguntamos à policia local e lá nos ajudaram. Tem que se comprar o ticket numa tabacaria - eles preenchem o papel até que horas está pago o estacionamento e depois é só colocar no carro.

3. As portagens lá não funcionam da mesma forma que as nossas. Lá funciona por vinhetas. Passo a explicar: são vinhetas que compra e coloca no vidro do carro de forma visível (tal como a via verde). Existem várias vinhetas: Vinheta para circular durante 10 dias - custa 8,8€ e é a mais usada pelos turistas; vinheta para dois meses; e vinheta para 1 ano. Ou seja, compra a vinheta e pode andar por onde quiser durante o tempo em que está válida. Estas vinhetas compram-se em Postos de gasolina ou Tabacarias. Se alugar carro, confirme com a empresa de aluguer se o carro já tem esta vinheta ou se necessita de comprar. No nosso caso, o carro já tinha e não precisamos comprar. Atenção, as multas são de 240€ (ou mais) para quem não tiver a vinheta.

4. Pagar multas na Áustria não é fácil... Para dizer a verdade, é um inferno e devo dizer que tivemos vontade de não pagar a que apanhamos em Melk (certamente era isso que tínhamos feito se fosse o nosso carro, mas como era alugado, ía sair caro)! Basicamente é quase impossível pagar multas a partir de sexta feira à tarde e todo o fim de semana! Porquê? Porque está tudo fechado e ninguém quer receber de um turista. Yap.... Primeiro, passam a multa, vêem que é um carro alugado (e que somos turistas e que muito provavelmente não falamos a língua deles), mas metem a multa com as instruções todas em alemão e zero de inglês. Andamos à procura do posto da polícia para podermos pagar e qual não foi a nossa surpresa: não recebem dinheiro de multas de estacionamento. Disseram-nos para nos deslocarmos à município (ou junta de freguesia, deviam querer eles dizer) - sorte das sortes, os serviços à sexta-feira fecham às 12h30 e só voltam a abrir na segunda. Estava lá gente, pedimos para nos deixar pagar, na qual nos foi negado "pois estavam encerrados" e disseram para irmos ao banco pagar. Tivemos que esperar que o banco abrisse, e lá fomos. Qual não foi o nosso espanto, quando nos disseram que não podíamos pagar lá, pois não tínhamos conta lá. Começamos a entrar em desespero! Até que nos disseram para irmos aos correios pagar. E começou a saga "em busca dos correios". Após muitas voltas, encontramos o correio e finalmente, aceitaram receber o dinheiro da multa, mas como íamos pagar lá, tinha um acréscimo de 7€. Digo-vos, para um país tão desenvolvido, tem uns serviços de m*#$#!!!!! Conseguem ter mais burocracia e conseguem ser mais chulos que aqui, enfim... NÃO APANHEM MULTAS NA ÁUSTRIA!!!

Abadia de Melk - Melk


Almoçar/ Jantar


Achei o preço das refeições bastante elevado na cidade de Viena (um café custa 3€...!).  Felizmente, ficamos num estúdio e lá podíamos fazer as nossas refeições. Para o almoço acabávamos por fazer sandes ou saladas e comíamos nos jardins (Viena tem jardins maravilhosos onde nos podemos sentar a e fazer a nossa refeição). Em vários pontos da cidade, tem locais para encher a sua garrafa de água. Fazíamos as compras no Spar ou no Lidl, pois os preços são muito idênticos aos daqui. 
Outra coisa importante, se beber água, peça "Tap Water". Sim, água da torneira, mas lá a água da torneira é igual à engarrafada. A diferença: nos restaurantes, não paga a "Tap Water", enquanto que uma garrafa de água de 0,5L custa 3 euros. 


Schloß Schönbrunn - Viena


Fora de Viena, já é outra coisa. Quando visitamos Melk, almoçamos num restaurante lá e foi super barato e a comida era boa. Também almoçamos em Hallstat e a comida era excelente e pagamos cerca de 35€ para os dois. Portanto, fora de Viena, é mais acessível para fazer refeições.



Entradas nos Museus/ Monumentos


Principalmente em Viena, comprar bilhetes para museus e monumentos pode ser desesperante - Filas e filas intermináveis. Tanto, que eles incentivam a compra os bilhetes pela internet e confesso que foi o que fiz. Todos os museus/ monumentos que visitei e que tinham venda de bilhetes online, comprei. Assim, quando se chega ao local, é só mostrar o bilhete e entrar, evitando perdas de tempo em filas. Mas mesmo assim, alguns tinham filas enormes para entrar, mesmo já com bilhete. Por isso, alguns além da compra do bilhete online, a visita é agendada, ou seja, só entra na hora marcada. Isto foi a forma de evitar gente em demasia em filas e dentro dos museus. Nestes casos, é mesmo melhor comprar bilhete online, senão não vai ter vaga.


Cidade de Salzburgo


Resumindo e concluindo, planeiem bem a vossa viagem, cuidado com a multas, comprem os bilhetes para museus online e desfrutem do país que é lindíssimo.


By Lum
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segunda-feira, 19 de agosto de 2019

A Rainha Vermelha, de Philippa Gregory


"Herdeira da rosa vermelha de Lancaster, Margarida vê as suas ambições frustradas quando descobre que a mãe a quer enviar para um casamento sem amor no País de Gales. Casada com um homem que tem o dobro da sua idade, depressa enviúva, sendo mãe aos catorze anos. Margarida está determinada em fazer com que o seu filho suba ao trono da Inglaterra, sem olhar aos problemas que isso lhe possa trazer, a si, à Inglaterra e ao jovem rapaz. Ignorando herdeiros rivais e o poder desmedido da dinastia de York, dá ao filho o nome Henrique, como o rei, envia-o para o exílio, e propõe o seu casamento com a filha da sua inimiga, Isabel de York. 
Acompanhando as alterações das correntes políticas, Margarida traça o seu próprio caminho com outro casamento sem amor, com alianças traiçoeiras e planos secretos. Viúva pela segunda vez, Margarida casa com o impiedoso e desleal Lorde Stanley. Acreditando que ele a vai apoiar, torna-se o cérebro de uma das maiores revoltas da época, sabendo sempre que o filho, já crescido, recrutou um exército e espera agora pela oportunidade de conquistar o prémio maior."


Este é o 3º livro que inspirou a série The White Queen (ver aquiaqui e aqui). É mais um livro excelente de Philippa Gregory, desta ver sobre Margaret Beaufort, a Mãe da Dinastia Tudor. Uma mulher devota, que aos 12 anos acaba casada com Edmundo Tudor, por imposição da mãe, tendo sido logo consumado (apesar de ser contra os padrões da época consumar casamento antes dos 14 anos). A mãe de Margaret quase a obrigou, devido à desesperada necessidade de um herdeiro masculino. Margaret engravida praticamente logo, e aos 13 anos torna-se viúva e sobrevive a um parto muito complicado, dando à luz o tão esperado herdeiro, Henrique. É obrigada a deixar o seu filho bebé entregue ao seu cunhado Jasper Tudor, para se casar novamente, por imposição da mãe, com Henrique Stafford. Sempre aspirou a coisas grandiosas, dizendo ser guiada por Deus, tendo visões que o seu filho seria Rei de Inglaterra. E é esta ambição que a vai fazer viver: tornar o seu filho Rei de Inglaterra. 
Confesso que por mais que ache esta mulher muito corajosa e lutadora, não consigo simpatizar nada com ela. Acho-a extremamente ambiciosa e cega por ver o seu filho no trono, não olhando a meios para atingir esse fim. Pior, diz ser guiada por Deus! Apesar de nada estar provado, a ser assim na realidade, acredito que tenha sido ela a mandar assassinar os príncipes na Torre, com objectivo de eliminar 2 nomes na linha de sucessão.
Vale a pena a leitura!


O livro e a série

Margaret Beaufort na série The White Queen


Este livro, como já disse, foi um dos que inspirou a série The White Queen. A série até se manteve fiel ao livro, embora o livro pareça ter um decorrer de tempo diferente da série. Mas é normal, pois este livro acelera mais no tempo, comparado com os outros dois e na série tinham que enquadrar todos os livros.


Margaret Beaufort, Jasper Tudor e Henrique Tudor na série The White Queen


As principais diferentes que vi entre a série e o livro foram:
- Henrique Tudor viveu 9 anos com Herbert, na série foram só alguns meses;
- Na série, Margarida convence o irmão a lutar pela casa de Lencastre, mas antes da batalha desiste e vai ter com Eduardo, morrendo aos mãos dele como traidor. No livro não acontece nada disto;
- Margarida visita a mãe quando esta está a morrer, estando por lá quando morre; no livro ela está em casa e recebe uma carta a dizer que a mãe morreu;
- Margarida e o marido Thomas Stanley ficam em prisão domiciliária, estando ele ferido; na série só Margarida fica presa;
- Stanley, marido de Margarida, declara logo apoio a Henrique Tudor e encontra-se com ele antes da batalha, no entanto só aparecerá em batalha quando o filho fugir das mãos do Rei Ricardo III. Na série, ele nunca se encontra com Henrique e nunca declara qualquer apoio, só em plena batalha é que se alia a ele;
- No livro, Jasper não se encontra com Henrique, aquando da batalha. Na série lutam lado a lado;
- No livro, Margarida não se encontra com o filho Henrique antes da batalha, nem está presente durante e no fim da batalha - recebe a notícia em casa, dada por uma dama de companhia, que o seu filho é rei.


Margaret Beaufort e o seu marido, Henrique Stafford, na série The White Queen

Dos 3 livros, A Filha do Conspirador é o que a série mais se assemelha. Entendo que neste livro não seja fácil, visto que a sucessão de eventos é diferente, tal como já tinha dito. No entanto, é uma série que vale muito a pena ver.

Margaret Beaufort e Thomas Stanley, na série The White Queen


By Lum
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sexta-feira, 9 de agosto de 2019

A Pericoronarite

Olá,

Hoje trago-vos mais um tema sobre saúde. Penso que é sempre interessante falar, principalmente quando é algo que nos acontece e podemos dar o nosso testemunho.

Á cerca de um mês atrás, começou a doer-me junto ao dente do ciso e a garganta. Pensei que fosse uma amigdalite, mas como era algo soft, podia ser que não fosse nada. No dia seguinte, não conseguia abrir a boca o suficiente para comer como devia de ser - tinha imensas dores ao tentar abrir. No dia a seguir, as dores tornaram-se insuportáveis, mesmo a engolir, e por isso, fui à farmácia comprar algo para a garganta e brufen. Não adiantou de nada, pois nessa noite não dormi nada com as dores e com o dia, ainda pior.

Fonte: https://www.tuasaude.com/pericoronarite/

Como as dores não passavam e nem o brufen fazia efeito, falei com o dentista que me disse que o meu quadro se encaixava numa Pericoronarite.

O que é uma Pericoronarite?

A pericoronarite é uma inflamação, acompanhada ou não de infecção, num dente que está parcialmente coberto pela gengiva, resultando em dor, inchaço local e, muitas vezes, mau hálito. Por norma, acontece durante a sua erupção. Pode iniciar como uma inflamação ligeira e evoluir, posteriormente para uma infecção (causada por bactérias).

Esta reacção é habitualmente aguda, ou seja, de aparecimento súbito e desenvolvimento rápido, mas pode ter também carácter crónico e durar bastante. No meu caso, foi aguda.

Pode acontecer em qualquer dente, mas é mais frequente no dente do siso. Ocorre principalmente nos sisos inferiores, pois o espaço entre a coroa destes dentes e a gengiva é uma área ideal para acumulação de restos de comida, sendo muito difícil de remover durante as escovagens ou limpeza dos dentes. No meu caso, aconteceu no dente do siso inferior do lado esquerdo.

Pericoronarite
Fonte: Saudebemestar.pt

Apesar de não ser de carácter grave, quando negligenciada, pode passar para as estruturas adjacentes, podendo dar início a processos infecciosos mais severos e mais difíceis de tratar.


Quais as causas?

Pode haver várias causas para a pericoronarite:

- Dente parcialmente erupcionado ou retido;
- Colonização de bactérias entre a coroa do dente e a gengiva que a recobre, devido ao acumular de alimentos;
- Dificuldade de higienização do local em questão, ou higiene deficiente;
- Trauma dos tecidos moles que recobrem, ou pela própria mastigação.

Durante a gravidez, como existe maior propensão para a inflamação das gengiva devido às alterações hormonais, a pericoronarite é também muito habitual em grávidas.

Fonte: Blog A Minha Saúde Bucal


Quais os sintomas?

Os sintomas são horríveis, a dor insuportável. Os sintomas são:
- Dor local que pode ir de moderada a forte;
- Existência de mau-hálito (halitose);
- Inflamação da gengiva  ou “inchada”, causada por edema ou abcesso;
- Sangramento gengival / tecidos moles que circundam a área afetada;
- Limitação da abertura da boca (trismo), principalmente ao acordar;
- Dificuldade e dor durante a mastigação;
- Dificuldade de deglutição;
- Possível difusão da dor para o ouvido e cabeça, assim como dor de garganta;
- Adenopatias ou hipertrofia (aumento de volume) dos gânglios do pescoço;
- Presença de pus na área afetada, e eventuais episódios de mal-estar e febre baixa, principalmente nos casos de pericoronarite severa disseminada.


Eu tive quase os sintomas todos, para mal dos meus pecados. A dor era bastante forte, eu tinha um sabor horrível na boca, pelo que tinha a noção de que tinha mau hálito, tinha a gengiva super inchada e, como já disse, não conseguia abrir a boca; mal conseguia mastigar (só me apetecia fruta madura ou líquidos e sopa), tinha dor de cabeça e uma dor super forte de garganta e tinha os gânglios inchados. 



Qual o tratamento?
A ida ao dentista é obrigatória nesta situação e será ele a indicar qual o tratamento após avaliar o caso.
Nos casos mais ligeiros, é prescrito analgésicos, como paracetamol, e anti-inflamatórios, como ibuprofeno. Também podem ser prescritos analgésicos a nível tópico, como sprays bucais.

Quando a infecção é a nível dos tecidos moles na zona do dente, poderá ser prescrito um antibiótico, como por exemplo a amoxicilina. Ora, eu cheia de sorte... precisei de tomar antibiótico, mas sou alérgica à amoxicilina (ver aqui). Pelo menos, há alternativas. Foi-me dado outro antibiótico, sem ser esse. Para além do antibiótico, tomava ibuprofeno de 8h em 8h, mas nos primeiros dias de antibiótico, o ibuprofeno fazia efeito umas 3 horas, de resto era só dores. Ao 3º dia de antibiótico a dor começou a abrandar.
Para além disto, o dentista disse para eu aplicar gelo para ajudar a aliviar a inflamação.




Só após o tratamento da infecção, será feita uma avaliação para verificar se é necessário alguma intervenção. As intervenções podem ser:

- Gengivectomia - consiste no corte e remoção da gengiva "em excesso" na zona da pericoronarite;
- Extracção dentária -  geralmente é do dente do siso. Consiste em "tirar o dente do siso".


Tenho consulta amanhã para fazer esta avaliação. Vamos ver no que dá. Wish me luck!

By Lum

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quarta-feira, 7 de agosto de 2019

domingo, 4 de agosto de 2019

Elvas, Badajoz à vista!!

Olá,

Quando visitamos Elvas, aproveitamos para dar um saltinho a Badajoz, pois, tal como se costuma dizer: Elvas Elvas, Badajoz à vista!!! E não é que se vê mesmo!! ehehehe

Alcazaba - Badajoz

Badajoz é uma cidade espanhola situada na fronteira com Portugal, na província de Badajoz. Durante muitos anos, os alentejanos atravessaram a fronteira, a partir de Elvas, para fazer contrabando. Também muitos espanhóis fizeram o caminho contrário. Ambas as cidades, Elvas e Badajoz, tem uma grande história em comum, feita tanto de batalhas como de solidariedade, sendo exemplo disso o facto dos portugueses terem dado abrigo a espanhóis durante o período da guerra civil espanhola.

História

Badajoz foi uma cidade muito importante durante o período muçulmano. Do século VIII até ao início do século XI, esta região fez parte do Califado de Córdova. No entanto, a primeira taifa sucumbiu perante as invasões Almorávidas, vindas do norte de África a partir de 1067. Em 1086, Afonso VI de Leão, conquistou por algum tempo a cidade. Foi invadida por Almóadas em 1147. Foi temporariamente dominada pelos portugueses em 1168, mas voltaria a ser independente pouco depois. O domínio dos mouros terminou definitivamente em 1230, quando Afonso IX de Leão a conquistou. Durante o reinado de Afonso X, foi criada uma diocese e foi iniciada a construção da catedral.
Em 1336, durante o reinado de Afonso XI, as tropas do rei Afonso IV de Portugal cercaram a cidade, mas foram derrotadas em batalha, forçando o rei de Portugal a abandonar o cerco.

Cidade de Badajoz

Em 1640, Badajoz foi atacada durante a Guerra da Restauração portuguesa, tendo continuado até 1660. No verão de 1703, durante a Guerra da Sucessão Espanhola, o rei D. Pedro II de Portugal passou a fazer parte da aliança anglo-austríaca que apoiava as pretensões de Carlos, filho de Leopoldo I, ao trono espanhol, sendo que em troca eram cedidas a Portugal, algumas praças na Galiza e Estremadura, entre as quais Badajoz. No entanto, em 1715, Portugal assinou um acordo de paz na qual renunciava às suas pretensões sobre Badajoz.


O que visitar

Existem vários locais de visita obrigatória em Badajoz...

1. Alcazaba

Situa-se na zona mais alta de Badajoz e foi construída em 875 por Abd-al-Ramman Ibn Marwan “El Yilliqui”, tendo sido modificada e completada pelos governos sucedidos na cidade. A configuração actual é o resultado da reforma maior que sofreu no século XII pelos Almóadas. O período do seu maior esplendor foi no século XI durante a dinastia Aftásida. É constituído por 3 portas principais: Porta del Capitel e Porta del Alpendiz, ambas Almóadas; e a Porta de Carros ou de Yelbes. Existe também um postigo chamado La Coracha ou Del Rio.


Alcazaba - Badajoz

É ainda constituído por vários torreões de reforço das cortinas amuralhadas e de torres de vigilância.

No interior da Alcazaba, manteve-se todo o casario que constituía a cidade, excepto no importante subúrbio do noroeste. Existiram três mesquitas, convertidas posteriormente em igrejas. Também foram mais tardes construídos palácios no interior da Alcazaba. 


2. Praça Alta

A Praça Alta situa-se mesmo ao lado da Alcazaba, onde se pode ter uma vista privilegiada sobre ela. Foi, até recentemente, o coração da cidade e centro de todas as actividades da sua vizinhança.
Tem um aspecto peculiar, mas muito bonito.

Praça Alta - Badajoz

No final do século passado, instalaram no meio da praça uma estrutura de ferro moderna de grandes proporções para acolher um mercado, onde actualmente se encontra instalado o Campus da Universidade. Até 1799, quando se edificou a actual Praça de San Juan, a Câmara Municipal esteve nessa zona. A Praça é quadrangular, plana e ampla. 


3. Torre de Espantaperros

Esta Torre resulta na mais monumental e destacada das Torres albarranas da Alcáçova. Era antigamente chamada de Atalaya e é actualmente conhecida por Torre de Espantaperros, devido ao som do sino que existia anteriormente. É considerado um dos monumentos mais representativos da cidade. Tem uma estrutura monumental que faz lembrar a sevilhana Torre del Oro.

Torre de Espantaperros - Badajoz

A torre tem 30 metros de altura e uma planta octogonal, coroada por uma estrutura quadrangular e situa-se a 25 metros sobre a cerca principal. Serviu noutros tempos para vigiar e dominar os arredores de La Galera, edifício que serviu como câmara municipal, paiol, hospício, prisão, e até de museu arqueológico.


4.  Museu Arqueológico

O Edifício onde se encontra o Museu foi construído no século XIV-XV no interior da Alcáçova por Lorenzo Suárez de Figueroa, para estabelecer a sua residência quando se tornou alcaide da cidade. É um exemplar muito representativo e notável do modelo de mansão senhorial. Posteriormente passou a ser posse dos Condes de la Roca.


Museu Arqueológico - Badajoz


5.  Ponte de Palmas


A ponte actual foi construída sobre outra ponte que foi construída em 1460 e foi destruída por uma forte cheia do rio em 1545. A actual ponte foi construída em 1596, quando o Rei da Espanha era D. Filipe II e o governador de Badajoz era D. Diego Hurtado de Mendoza. Até à sua construção no século XV, a cidade tinha uma carência de pontes, pelo que a travessia se fazia maioritariamente em barcos.

Badajoz - Ponte de Palmas

Devido aos estragos ocasionados pelo rio em diferentes épocas, foi preciso submeter a ponte a sucessivas reparações para a manter em funcionamento. Em 1603, já no reinado de D. Filipe III, uma grande cheia no Guadiana destruiu 16 dos seus 24 mananciais.
Á frente desta ponte, está a Porta de Palmas, um dos monumentos mais representativos da cidade.


6. Convento de las Adoratrices

O Convento de las Adoratrices (ou Convento das Adoradoras) também é conhecido como Convento de São José. É um convento feminino da ordem das Adoradoras Escravas do Santíssimo Sacramento e da Caridade. Fica situado no centro histórico, na praça de São José, junto à Praça Alta e à Alcazaba. Foi construído em 1917 sobre as ruínas de uma ermida dedicada a São José, datada do século XIII. São José  foi padroeiro da cidade de Badajoz durante vários séculos devido à conquista da cidade aos mouros pelo rei Afonso IX de Leão ter acontecido no dia deste santo.

Convento de las Adoratrices

Por volta de 1550 foi fundada a Confraria de São José. No início do século XIX, durante a Guerra Peninsular, o edifício foi bombardeado e esteve praticamente abandonado até ser reconstruído em 1917. O interior da igreja continua a ter a imagem antiga do santo, juntamente com outras imagens, no retábulo barroco do altar-mor.

7. Outros locais para visitar

 Fortificações de Vaubán - foi erguida na segunda metade do século XVII para reforçar as defesas de Badajoz pelas guerras entre Portugal e Espanha, entre 1640 e 1668;

Ermida La Soledad - É nesta ermida que se encontra a Padroeira de Badajoz. Foi erguida pelo Duque de San Germán no final do século XVIII, mas não no local onde se encontra actualmente, mas sim em frente, onde se encontra actualmente o edifício da Giralda;

Catedral de São João Baptista - É a Catedral de Badajoz e situa-se na Praça de Espanha, no centro da cidade. É a Sé da Arquidiocese de Mérida-Badajoz;

La Giraldilla - Foi construído na década dos anos 30 do século passado, reproduzindo em uma das partes a Giralda de Sevilha;

Museu de Badajoz - Este é o Museu da cidade e surgiu com o objectivo de ser um guia para o conhecimento, divulgação e interpretação do passado, presente e futuro da cidade de Badajoz.



Como Chegar

Interior da Alcazaba de Badajoz

Do Porto - A1 em direcção a Sul, seguir pela saída 11 em direcção a N342/Lousã/Soure/Condeixa; seguir pela A13 em direcção a Lousã/Tomar; seguir pela saída em direcção a N3/Abrantes Oeste/Rio Moinhos na A23, seguir pela A6 em Portalegre para a BA-20 em Extremadura, España, em direcção a Badajoz;

De Lisboa - Seguir pela A2 até à IP7 e seguir as direcções para A6/A13/A15/A1/Espanha/Évora/Santarém; seguir pela A6 até à saída para BA-20 em direcção a Badajoz.

By Lum
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