domingo, 29 de novembro de 2020

D. Francisca de Bragança: A Princesa Boémia, de Maria João Fialho Gouveia

 


"D. Francisca de Bragança: A Princesa Boémia é um romance apaixonante inspirado numa cuidada investigação histórica, que nos dá a conhecer a vida de uma invulgar princesa portuguesa, que viveu uma longa e ousada história de amor o homem da sua vida, o o filho do rei de França.

D. Francisca de Bragança nasceu no Rio de Janeiro em 1824, filha de D. Pedro IV de Portugal e da imperatriz D. Leopoldina da Áustria. Ficou órfã de mãe aos dois anos de idade, e durante toda a vida pesou sobre os seus ombros o fantasma da morte da mãe, grávida do sétimo filho, segundo os rumores assassinada às mãos do próprio marido.

Aos treze anos, a irreverente princesa conheceu D. Francisco d’Orléans, filho do rei de França, por quem se apaixonou perdidamente. Teria de esperar seis anos pelo dia do desejado casamento, e consequente partida para Paris, onde, agora a princesa de Joinville, depressa se impôs pela sua beleza, ousadia e espontaneidade, conquistando o petit nom de Belle Françoise.

Apaixonados e comungando de um ardor pela liberdade, os príncipes de Joinville entregaram-se a uma vida de boémia, numa Paris que fervilhava de arte, cultura e conhecimento, privando com intelectuais e artistas pelos Grands Boulevards e pelas salas de espetáculos. Apesar das intrigas cortesãs, que atribuíam amantes à princesa e romances ao seu consorte, e da queda da monarquia francesa, que obrigou os príncipes a um exílio forçado em Inglaterra, o casal de príncipes nunca se separou, e viveu um amor puro e cúmplice até ao fim dos seus dias."


Este livro dá-nos a conhecer a história de D. Francisca de Bragança, filha do primeiro imperador do Brasil. A escritora neste livro optou por uma forma diferente de escrita, no entanto não acho que tenha complicado o enredo (pelo menos para mim). 

O livro inicia com uma D. Francisca de 8-9anos, ainda na corte do Brasil, já órfã de pai e de mãe. Era uma miúda bastante irreverente, que correu toda a gente que conhecia de forma a conhecer melhor as histórias dos pais, que quase nem conheceu. Aos 13 anos conheceu D. Francisco d'Orléans, filho do rei de França, e logo se apaixonou, mas não impressionou o seu futuro noivo, uma vez que era demasiado jovem. 6 anos depois, ambos voltaram a encontrar-se e desta vez, D. Francisca deslumbrou o seu noivo. Casaram-se ainda no Brasil. Partiram para França, onde viveram a noite boémia de Paris. Após a queda da monarquia francesa, foram exilados no Reino Unido. 

Era muito difícil haver um casamento com amor entre príncipes e princesas antigamente, sendo que este foi um dos poucos que foi por amor, e assim o foi até à morte.

Não conhecia a história desta princesa, mas adorei conhecer. Recomendo a leitura!

By Lum

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quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Within Temptation - The Purge


Ainda não sei que pensar deste novo single dos Within Temptation. Acho esta música melhor que a lançada anteriormente "Entertain you", mas mesmo assim não sei que achar. Dizem que a música foi buscar raízes da banda, confess que no instrumental não encontro nada disso. O eletrónico não me convence nada, embora a estrutura da música e a voz de Sharon estejam boas.
Terei que ouvir mais vezes a ver se entranha, porque às primeiras escutadelas não fiquei convencida.


By Lum
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domingo, 22 de novembro de 2020

A Conspiração dos Tudor, de C. W. Gortner


"No inverno de 1554, Maria Tudor é a rainha de Inglaterra e os seus inimigos estão aprisionados na Torre de Londres. O seu iminente noivado com Filipe de Espanha, com o objetivo de assegurar o catolicismo no reino, coloca os súbditos protestantes em perigo. Então, os rumores de uma conspiração para levar ao trono a sua irmã, a princesa Isabel, adensam-se.
O tempo de refúgio do espião Brendan Prescott chega ao fim quando inquietantes notícias o fazem partir numa arriscada missão e ajudar Isabel em cativeiro. Prescott regressa assim ao palácio, onde quase perdeu a vida, sob a identidade de Daniel Beecham, e enceta um jogo mortal de gato e rato com um perigoso e enigmático adversário.
Numa corrida contra o tempo para recuperar um maço de cartas cujo conteúdo pode conduzir Isabel ao trono ou condená-la à morte, Prescott descobre que, num submundo de traições e intrigas, os amigos e os inimigos facilmente se confundem e o poder é de tal maneira supremo que pode levar uma irmã a voltar-se contra outra."


Este foi o 4º livro que li deste autor e posso dizer que é dos autores que mais gosto de ler. Adoro a escrita dele. Como não podia deixar de ser, é um romance histórico, desta vez sobre os Tudor. O que tem este livro de diferente relativamente aos livros da Philippa Gregory? C. W. Gortner criou a personagem Daniel Beecham, um espião que toma o nome de Brendan Prescott e, ao mesmo tempo que conta a sua história, integra-a na história real. Isto tornou o livro muito interessante. Obviamente que é mais ficcional, mas a verdade é que tudo em redor de Maria Tudor e Elizabeth acaba por ser a realidade. Digamos que é uma forma diferente de abordar a história. Brendam Prescott aceita uma missão incumbida por Cecil, e segue para a corte, por forma a fazer os possíveis para descobrir todas as conspirações em torno de Elizabeth e mante-la a salvo. Devo dizer que o final é muito bom, Apesar de deixar em aberto, uma nova aventura de Prescott (Beecham) para outro livro, o seu passado é descoberto e deixa-nos surpreendidos. 

Aconselho vivamente a leitura!

By Lum

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terça-feira, 17 de novembro de 2020

Let It Go - Frozen (cover by Floor Jansen)



A Floor Jansen, vocalista de Nightwish (ex- After Forever, ex-Revamp) decidiu presentear a nós, os fãs com uma cover neste confinamento que parece não ter fim. Qual não foi o meu espanto, ela fez a cover da Let it go do filme Frozen. Fez uma versão mais metal da original e adorei.
Floor sempre a surpreender! 


By Lum
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sexta-feira, 13 de novembro de 2020

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2º Trimestre de Gravidez e a Prova de Tolerância à glicose oral (PTGO)

 Hello,

Pois é, pois é... o tempo está a passar e já estou nas 25 semanas de gravidez (que equivale à penúltima semana de gravidez).

Fonte: https://www.almanaquedospais.com.br/meses-x-semanas-de-gravidez/

Não tarda, já a tenho nos meus braços! :D 
Neste momento está tudo a correr bem, felizmente. A miúda vai ser uma karaté kid brutal, uma vez que me soca e pontapeia como se não houvesse um amanhã eheheh Para agora não incomoda nada, os mais fortes às vezes fazem-me estremecer por ser tão fortes. Mas no geral, é uma sensação única senti-la. Também o meu marido já a conseguiu sentir por várias vezes. Aliás, volta e meia, é tamanha party dentro da barriga, que se vê a mexer olhando para a barriga :D

Fonte: https://www.saberatualizadonews.com/2018/01/bebes-fetos-conseguem-dar-chutes-de.html

Este trimestre está a ser mais calmo, não tem havido enjoos. Agora começo a sentir bastante azia, em especial à noite. Também neste trimestre, faz-se a ecografia morfológica entre as 18 e 24 semanas. Eu fiz a minha às 20 semanas (já tinha falado disso aqui). É nesta ecografia que será possível (caso o bebé deixe) ver o sexo do bebé. Também é nesta eco que são avaliadas e descartadas mal formações que o feto pode ter. Felizmente na minha, estava tudo bem :)

Mas também é neste trimestre que temos um exame horroroso e tão temido pelas mulheres no seu estado de graça - a Prova de Tolerância à glicose oral (ou PTGO). Foi na quarta que o fui fazer....


O que é a PTGO?

Este teste, tal como o próprio nome indica, irá mostrar como o nosso organismo reage à ingestão de açúcar. Por outras palavras, é o teste para despistar a diabetes gestacional. Faz-se entre as 24 e as 28 semanas de gravidez.


Como é realizado o exame?

A grávida tem que ir em jejum e irá ser medido o valor de açúcar no sangue logo nessa hora através da picagem do dedo. Se os valores estiveram normais, é feita a primeira colheita de sangue, ainda em jejum.

De seguida é dado a beber às gravidas um liquido açucarado (muito açucarado), com 75g de glicose (açúcar) diluído em 200ml de água. Existem vários sabores: pêssego, laranja, limão... A grávida escolhe qual quer e tem que ingerir toda a quantidade. O mais aconselhável é escolher o de limão, por ser, supostamente, o que menos enjoa a beber.

Tem que se aguardar uma hora e, ao fim dessa hora, é efetuada uma nova colheita de sangue. 

Após a segunda colheita de sangue, tem que se aguardar mais uma hora, e ao fim, é efetuada a terceira e última colheita de sangue.


Como interpretar os resultados?

Ainda não tenho os meus resultados, mas segundo o site Diabetes365º, os valores são os seguintes:

Jejum: ≥92 mg/dL ou;
Após 1h: ≥180 mg/dL ou;
Após 2h: ≥153 mg/dL.


A minha experiência

Ora, eu quando entrei na clinica para realizar este exame ía super nervosa. Muitas grávidas não o conseguem fazer, mas o que tem que ser, tem mesmo que ser feito.

Na primeira fase: mediram-me a glicose em jejum que estava com um valor muito bom e então lá se avançou com a primeira colheita. Quem me conhece sabe que para mim, fazer analises ao sangue me deixa sempre muito ansiosa e que de todo odeio ter que fazê-las. E estando nervosa, não facilita muito as coisas. Após a primeira colheita, senti-me um pouco orada/ zonza - fruto do meu nervosismo, e após a queda repentina dos níveis de ansiedade e adrenalina, lá vem esse mau estar.

Aguardei e comecei a beber o tal liquido (na clinica só tinham de limão e ainda bem, pois era esse que sempre me aconselharam). O enfermeiro disse logo que a formula tinha sido um pouco alterada para não ser tão má. A verdade é que consegui beber, e não foi dos piores sabores que senti. De ser tão doce e aquilo fica muito desconfortável na garganta, mas o enfermeiro deixou-me beber um golinho de água para ajudar.

E lá fui eu, para uma salinha, esperar uma hora. Na primeira hora, senti-me mais ao menos. Muitas grávidas vomitam nesta fase, por causa do liquido ser super doce. Eu mantive-me quietinha e o mais calma que pude e correu bem, nada veio fora. 

No fim da primeira hora, lá fui eu fazer a segunda colheita de sangue. Esta correu lindamente e não me senti mal (também com a quantidade de açúcar que tinha metido para dentro, puuff). Aguarda-me mais uma horinha de espera. Desta vez, comecei a sentir fome, pois tanto tempo em jejum, não há quem aguente.

No fim da segunda hora, fiz a terceira e última colheita de sangue. Esta não correu tão bem: tive uma quebra de tensão, por já não comer à tanto tempo. Mas lá me deixaram comer uma barra energética e passado uns minutos estava bastante melhor. 

Conclusão: o liquido não era tão mau quanto eu pensava, as picadas foram horríveis e tenho uma alta pisadura no sitio da última colheita (foi o braço que levou com as duas picadelas). Entretanto, após tomar o pequeno almoço, fiquei um pouco mal disposta, e até me ir deitar, estive com uma grande azia. Mas no final, até nem correu mal.... mas espero não ter que repetir mais (a não ser numa próxima possível gravidez lol).

Portanto, para quem tem que fazer o teste, mantenham-se calmas que tudo vai correr pelo melhor :)


By Lum

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segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Valença, a Fortaleza Viva

 Olá,


Hoje trago-vos Valença e a sua mágica fortaleza. 

Conhecida também como Valença do Minho, a cidade pertence ao distrito de Viana do Castelo. A história desta cidade começa na pré-história, uma vez que foram descobertos diversos vestígios arqueológicos. Também a presença de diversos vestígios que remontam ao império romano, confirma que estes lá habitaram. Com a Reconquista Cristã, esta região foi recuperada e, posteriormente, integrada no Condado Portucalense. 

Fortaleza de Valência, vista de Espanha

O desenvolvimento de Valença iniciou-se no reinado de D. Sancho I, quando este decidiu dar início às tentativas de ocupação das localidades de Tui e Pontevedra. Por volta do ano 1200 ganha um protagonismo enorme, devido aos conflitos acesos entre Portugal e Espanha. Também a antiga via romana que cruza Valença ganha importância como local de peregrinação rumo ao túmulo de Santiago, onde diversos peregrinos e viajantes de toda a Península Ibérica seguiam. Por essa razão, D. Sancho I outorgou a sua primeira carta foral e decidiu erguer uma construção defensiva, definindo uma linha de fronteira que o rio já estabelecia.

Fortaleza de Valença

Ao longo das décadas seguintes, a Praça-Forte de Valença, continuou a ter uma atenção especial por parte das autoridades politicas e militares, devido à sua posição estratégica. No entanto, no final da década de 50 do século XVII, durante os anos críticos da Guerra da Restauração, que as primeiras tentativas de reforço da muralha de Valença acontece, uma vez que era das mais expostas a ataques espanhóis. Em 1657 e 1660 chegaram a haver tentativas para tomar o forte.


O que visitar

- Fortaleza

Fortaleza de Valença

A nova Fortaleza de Valença dividia-se em duas áreas distintas, interligadas pela Porta do Meio: a "vila", a Norte, abrangendo a zona densamente povoada, e a sul, mais pequena e onde não havia quase construções nenhumas. A rodear estes dois locais, existia um malha de baluartes, revelins e fossos, garantindo assim, o isolamento de toda aquela área, e permitiam ainda uma ampla visibilidade sobre o exterior. Hoje em dia, é possível identificar claramente as duas áreas.

Canhões dentro da Fortaleza

No início do século XVIII, Valença era a mais importante Praça-Forte do Minho e uma das mais importantes de toda a linha fronteiriça de Portugal.


- Ponte Rodo-Ferroviária Internacional

A Ponte Rodo-Ferroviária Internacional (ou Ponte Metálica sobre o Rio Minho), liga Valença a Tui e foi um sinal importante de progresso e modernidade para a população, que durante anos viu o comboio terminar em Segadães. Só em 1879 é que os governos de Portugal e Espanha chegaram a acordo para a construção desta ponte ferroviária e rodoviária. 

Ponte Rodo-Ferroviária Internacional vista da Fortaleza de Valença

Foi inaugurada em Março de 1886, 5 anos após o anúncio público da obra. É constituída por dois tabuleiros metálicos sobrepostos, assentes em quatro pilares de granito. O caminho de ferro circula no tabuleiros superior, e o tráfego rodoviário e pedonal no tabuleiro inferior. Simbolizou um importantíssimo elo de ligação entre o Norte de Portugal e Galiza.


- Igreja de Santa Maria dos Anjos

Igreja de Santa Maria dos Anjos

A Igreja de Santa Maria dos Anjos, também igreja matriz de Valença, foi construída durante o século XIII em estilo Românico. A igreja encontrava-se aberta para visita de turistas, mas não sei se nesta altura de covid se ainda o está.

Interior da Igreja de Santa Maria dos Anjos

- Igreja de Santo Estevão

Interior da Igreja de Santo Estevão

Esta Igreja tem uma arquitetura neoclássica e foi onde esteve sediada a Colegiada de Santo Estevão de Valença, bem como o Bispado de Ceuta. É nesta igreja que se encontra o único quadro existente em Portugal da Virgem a amamentar o menino que escapou à Inquisição.


- Capela Militar do Bom Jesus

Interior da Capela Militar do Bom Jesus

Esta capela tem uma arquitetura barroca e rococó. No seu interior conserva uma pequena imagem de Nossa Senhora do Carmo, padroeira do Regimento de Infantaria nº21 estacionado em Valença e que um soldado transportava numa mochila sempre que o regimento saía em campanha.


Infelizmente neste dia, a fortaleza estava repleta de gente e não conseguimos ver tudo o que queríamos nem tirar fotos (sempre muita gente à frente de tudo) mas, para além do que visitamos, ainda podem visitar o seguinte:

- Baluarte de Santa Ana;
- Baluarte do Carmo;
- Baluarte Socorro;
- Casa do Eirado;
- Estátua de São Teotónio;
- Fonte da Vila;
- Marco Miliário Romano;
- Moradia Régia; 
- Paiol do Campo de Marte;
- Portal Champalimaud Nussane; 
- Portas da Coroada e;
- Portas da Gaviarra.

Fonte: https://visitvalenca.com/visitar

Como Chegar

Vista para o rio - Fortaleza de Valença


Do Porto - Seguir pela A3 seguir a saída em direção a E82/Valença/Braga/V. Real/A4/Valongo e continuar até à saída em direção a Valença/Monção/N202/Melgaço;

De Lisboa - Seguir pela A1,  até à saída para a A3, seguir pela A3 através da saída em direção a E82/Valença/Braga/V. Real/A4/Matosinhos/A41/Aeroporto e continuar até à saída em direção a Valença/Monção/N202/Melgaço.


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quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Uma deusa para o rei, de Mari Pau Domínguez


"Salamanca, 1543. Com apenas 16 anos, o futuro rei Filipe II de Espanha antecipa inquieto o momento que mudará a sua vida: o casamento com a prima Maria Manuela de Portugal. Os interesses estratégicos de Espanha impõem que o príncipe cumpra o seu dever, mas o jovem impulsivo não consegue renunciar à relação que mantém com Isabel de Osório, dama de companhia da sua irmã. Durante mais de quinze anos, esta paixão intensa incendiará os corações dos dois amantes - sem no entanto nunca se conseguir sobrepor aos desígnios de uma nação..."


Foi o primeiro livro que li desta autora, e gostei bastante da sua forma de escrever. Este livro começa no início do relacionamento do príncipe Filipe II com Isabel de Osório, ainda antes de ele casar pela primeira vez com a prima, a infanta Maria Manuela de Portugal. O romance entre dois acabou por sobreviver a tudo. O casamento com Maria Manuela foi infeliz, especialmente para ela. Acabou por morrer a dar à luz o primeiro filho de Filipe. O romance entre Filipe e Isabel continuou, mas Filipe foi chamado pelo pai, o imperador Carlos V, aos Países Baixos, atendeu de imediato à chamada do pai, deixando Isabel em Espanha. Foi forçado a casar com a rainha Maria I, mais velha que ele, e por quem ele não nutria qualquer sentimento. O seu coração continuava em Espanha, com Isabel. Apenas lhe restava o quadro de Ticiano para relembrar Isabel. A rainha Maria era uma mulher apaixonada pelo seu marido, mas também ela não teve um casamento feliz. Após Maria morrer, Filipe regressou a Espanha, tornando-se rei após a morte de seu pai. Viveu mais algum tempo com Isabel de Osório e com os dois filhos de ambos no Palácio da Saldañuela, mandado construir por Filipe para Isabel. O romance termina quando Filipe faz um tratado de paz com França, casando-se com Isabel de Valois, filha do rei francês. Um romance bastante atribulado, mas que acabou por vencer várias barreiras. Um livro que desperta muito interesse, lendo-se rapidamente. Gostei muito!


Na série Carlos Rey Emperador

Na série Carlos Rey Emperador, sobre a vida do Imperador Carlos V, a presença do seu filho Filipe é indiscutível. E de facto, durante a série é possível ver também um pouco da sua história.

O romance com Isabel de Osório não é tão abordado como no livro, claro, mas como amante de longa data de Filipe, ela aparece na série.

Irene Montalà como Isabel de Osório e Marcel Borràs como Filipe

Tal como no livro, o romance com Isabel de Osório iniciou-se antes de casar com D. Maria Manuela. Tal como no livro, não teve um casamento feliz e disse-o no leito da morte.

Marcel Borràs como Filipe e Itsaso Arana como D. Maria Manuela

Quando a série termina, aquando da morte de Carlos V, Filipe ainda está casado com Maria I de Inglaterra.

Marcel Borràs como Filipe e Ángela Cremonte como D. Maria I de Inglaterra

Esta série espanhola está muito bem conseguida e é o seguimento da série Isabel (sobre os reis católicos) e do filme La Corona Partida (que conta a história de como Joana, a Louca se torna rainha de Castela até ser encarcerada em Tordesillas). Claro que há algumas alterações à história, mas penso que foi apenas para dar mais emoção a algumas cenas. A série é difícil de encontrar, e ainda mais arranjar legendas. No entanto, quem entender um pouco de espanhol, consegue facilmente perceber.

Recomendo a série!

By Lum

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