A Maldição de Afonso II é um romance histórico revelador sobre um rei esquecido pela História, mas cujas conquistas nos planos legislativo e administrativo ajudaram a consolidar a nação.
Prisioneiro do legado dos antecessores, Afonso II emerge como um moderno arquiteto do poder político.
Neto de D. Afonso Henriques e filho de D. Sancho I, Afonso II teve um reinado curto e conturbado. Depois dos reis guerreiros, a governação de Afonso II, fisicamente limitado, foi quase apagada da História. No entanto, promoveu as primeiras Leis Gerais do reino e introduziu mecanismos de centralização do poder, lutando contra os interesses da igreja e da nobreza.
Cruzando factos históricos e ficção, A maldição de Afonso II dá vida à figura obscura do terceiro rei de Portugal, que reinou desde 1211 até à sua morte em 1223. Numa época em que as fronteiras de Portugal estão quase definidas, e devido às limitações impostas por uma doença maldita, Afonso II dedica-se à administração do reino.
Escondendo da nação, da corte e até da rainha a sua terrível condição, o rei vai afirmando os seus dotes de legislador. Mas as intrigas políticas e religiosas sucedem-se e Afonso II acabará por morrer excomungado pelo Papa.
Afinal, qual foi a importância do reinado de D. Afonso II? Que segredos permanecem por desvendar? Qual o verdadeiro carácter do rei? Partindo das principais fontes históricas, este romance projeta uma nova imagem do monarca, destacando um carácter simultaneamente sensível e feroz, o invulgar talento como legislador, trazendo ainda à superfície aquela que poderá ter sido a única e verdadeira limitação do rei: a lepra, o estigma maldito, deliberadamente oculto ao longo dos séculos."
É o segundo livro que leio desta autora, sendo que o primeiro D. Sancho I - O Herdeiro do Reino acabou por me desiludir um pouco, uma vez que o título não tinha bem a ver com o conteúdo do livro. Já este sim, é sobre D. Afonso II e a sua vida. O livro inicia no seu nascimento e vai até à sua morte. Conhecido pelo cognome "o Gordo" ou "o Gafo", D. Afonso foi um rei mais diplomático que guerreiro. Criou as primeiras leis gerais do Reino, tentando diminuir o excesso de poder da nobreza e clero. Com isto foi excomungado pelo papa. Casou com D. Urraca de Castela. Diz-se que sofria de lepra, pelo que a autora explorou ao máximo esta hipótese. Apesar de a autora tentar manter os factos reais, acabou por entrar na parte da ficção, o que me parece normal, uma vez que não há muita informação sobre esta altura. No entanto, gostei imenso do enredo que a autora deu aos personagens. Recomendo!
By Lum
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