quinta-feira, 24 de dezembro de 2020
sexta-feira, 18 de dezembro de 2020
D. Manuel I - Duas irmãs para um rei, de Isabel Stilwell
Mais um romance histórico de Isabel Stilwell que vem provar o enorme talento neste tipo de livro. Já li todos os romances históricos dela, e para mim, é das melhores escritoras do género, e a minha preferida.
Desta vez a personagem central não é uma rainha, mas sim D. Manuel, mas dando sempre um lugar privilegiado às suas rainhas. O livro começa ainda no reinado de D. João II, casado com D. Leonor, irmã de D. Manuel. No livro podemos seguir toda a história de como D. Manuel I, tão longe na linha de sucessão, veio a tornar-se rei de Portugal. Da dificuldade em sobreviver às conspirações e a morte do irmão mais velho. Esteve em Terçarias de Moura, onde também estavam D. Afonso (filho dos reis e herdeiro do trono) juntamente com D. Isabel, filha dos Reis Católicos, e estavam a cargo da duquesa D. Beatriz (mãe de D. Manuel I). D. Manuel apaixonou-se por D. Isabel, mas sabia que esta seria a esposa do seu sobrinho, D. Afonso. E assim foi, D. Isabel casou com D. Afonso, mas infelizmente, passado uns meses, D. Afonso morreu, deixando a viúva inconsolável. Voltou para Espanha, para junto dos pais, jurando nunca mais casar.
Sem herdeiro directo ao trono, D. João II tentou legitimar o seu filho bastardo, D. Jorge, com objetivo de o colocar no trono. No entanto, não teve aprovação da rainha, sua esposa, nem do papa. Assim, após a morte de D. João II, D. Manuel I sobe ao trono. O venturoso, como ficou conhecido, logo decidiu que se casaria com D. Isabel, acatando os pedidos da mesma para expulsar os judeus do reino. Com a morte de D. Juan, irmão de Isabel, D. Manuel e D. Isabel tornaram-se também herdeiros dos tronos de Castela e Aragão. Por essa altura, D. Isabel estava grávida, dando à luz a D. Miguel da Paz em Castela, morrendo logo de seguida.
Infelizmente, D. Miguel da Paz morreu pouco tempo depois, deixando a rainha de Castela de rastos e D. Manuel sem herdeiro ao trono de Portugal e de Castela. Depois de muito negociar, casou com D. Maria, irmã de D. Isabel, e o inesperado aconteceu, uma vez que foi um matrimónio extremamente feliz. D. Maria deu 10 filhos a D. Manuel, 3 raparigas e 7 rapazes, deixando a descendência assegurada.
D. Manuel construiu um império, conseguindo chegar à India e descobrindo o Brasil, entrando no comércio das especiarias, que enriqueceu em muito o reino, tornando-o numa metrópole.
Infelizmente, D. Maria viria a morrer após o seu décimo parto, deixando D. Manuel e o reino numa tristeza profunda.
Aconselho vivamente a leitura!!!
Outros livros da autora:
Isabel de Aragão - Entre o céu e o inferno - Aqui
Filipa de Lencastre - A rainha que mudou Portugal - Aqui
Ínclita Geração - Isabel de Borgonha - Aqui
D. Catarina de Bragança - A coragem de uma Infanta Portuguesa que se tornou rainha de Inglaterra - Aqui
D. Maria I - Uma rainha atormentada por um segredo que a levou à loucura - Aqui
D. Maria II - Tudo por um Reino - Aqui
D. Amélia - A Rainha exilada que deixou o seu coração em Portugal - Aqui
segunda-feira, 14 de dezembro de 2020
SIRENIA - Addiction No. 1 (Official Video) | Napalm Records
terça-feira, 8 de dezembro de 2020
Resultado da PTGO e o diagnóstico de Diabetes Gestacional.
Hello,
A 13 de Novembro fiz aqui um post sobre o teste da PTGO - Prova de Tolerância à Glicose Oral (Ver aqui), onde expliquei o que era, como era efetuado e a minha experiência.
Entretanto, chegaram os resultados e não foram o que esperava. Um dos valores estava alto. Fiquei meia em pânico, mas já tinha a consulta marcada na semana seguinte.
Os meus resultados e diagnóstico
Os meus resultados não foram dos piores (creio eu).
Em jejum, o meu nível de glicose estava bastante normal. O problema foi o valor da 1ª hora, em que o valor que tive foi de 194, quando o máximo é 180. N 2ª hora, o meu valor foi 151, muito próximo do máximo 153.
O diagnóstico foi fácil: diabetes gestacional.
Foi uma "pancada" daquelas, saber os riscos que podia acarretar... puuff.
Tenho diabetes gestacional, e agora?
E agora começa uma nova etapa.
Primeiro fui à minha nutricionista, falei-lhe do diagnóstico e ela lá me fez um plano (felizmente não foi mazinha... já vi pessoas em que o plano envolvia fazer menos refeições), não me retirou nenhuma refeição, substituiu-me várias coisas assim como as suas quantidades. Fruta, só acompanhada por uma bolacha marinheira ou algum fruto seco, massa e arroz tudo integral, pão só integral, cereais ou centeio e, obvio, cortar no chocolate, doces, açúcar, etc. E eu que só me apetece chocolate e Nestum - estão a imaginar o açúcar que aquilo tem hahahaha Mas faço o esforço e ela diz que posso comer volta e meia um quadradinho de chocolate preto após as refeições. Já dá para ir "matando o bicho".
sexta-feira, 4 de dezembro de 2020
AD INFINITUM - Demons (Acoustic) (Official Video) | Napalm Records
domingo, 29 de novembro de 2020
D. Francisca de Bragança: A Princesa Boémia, de Maria João Fialho Gouveia
Este livro dá-nos a conhecer a história de D. Francisca de Bragança, filha do primeiro imperador do Brasil. A escritora neste livro optou por uma forma diferente de escrita, no entanto não acho que tenha complicado o enredo (pelo menos para mim).
O livro inicia com uma D. Francisca de 8-9anos, ainda na corte do Brasil, já órfã de pai e de mãe. Era uma miúda bastante irreverente, que correu toda a gente que conhecia de forma a conhecer melhor as histórias dos pais, que quase nem conheceu. Aos 13 anos conheceu D. Francisco d'Orléans, filho do rei de França, e logo se apaixonou, mas não impressionou o seu futuro noivo, uma vez que era demasiado jovem. 6 anos depois, ambos voltaram a encontrar-se e desta vez, D. Francisca deslumbrou o seu noivo. Casaram-se ainda no Brasil. Partiram para França, onde viveram a noite boémia de Paris. Após a queda da monarquia francesa, foram exilados no Reino Unido.
Era muito difícil haver um casamento com amor entre príncipes e princesas antigamente, sendo que este foi um dos poucos que foi por amor, e assim o foi até à morte.
Não conhecia a história desta princesa, mas adorei conhecer. Recomendo a leitura!
By Lum
quinta-feira, 26 de novembro de 2020
Within Temptation - The Purge
domingo, 22 de novembro de 2020
A Conspiração dos Tudor, de C. W. Gortner
Aconselho vivamente a leitura!
By Lum
terça-feira, 17 de novembro de 2020
Let It Go - Frozen (cover by Floor Jansen)
sexta-feira, 13 de novembro de 2020
2º Trimestre de Gravidez e a Prova de Tolerância à glicose oral (PTGO)
Hello,
Pois é, pois é... o tempo está a passar e já estou nas 25 semanas de gravidez (que equivale à penúltima semana de gravidez).
Este teste, tal como o próprio nome indica, irá mostrar como o nosso organismo reage à ingestão de açúcar. Por outras palavras, é o teste para despistar a diabetes gestacional. Faz-se entre as 24 e as 28 semanas de gravidez.
Como é realizado o exame?
A grávida tem que ir em jejum e irá ser medido o valor de açúcar no sangue logo nessa hora através da picagem do dedo. Se os valores estiveram normais, é feita a primeira colheita de sangue, ainda em jejum.
De seguida é dado a beber às gravidas um liquido açucarado (muito açucarado), com 75g de glicose (açúcar) diluído em 200ml de água. Existem vários sabores: pêssego, laranja, limão... A grávida escolhe qual quer e tem que ingerir toda a quantidade. O mais aconselhável é escolher o de limão, por ser, supostamente, o que menos enjoa a beber.
Tem que se aguardar uma hora e, ao fim dessa hora, é efetuada uma nova colheita de sangue.
Após a segunda colheita de sangue, tem que se aguardar mais uma hora, e ao fim, é efetuada a terceira e última colheita de sangue.
Como interpretar os resultados?
Ainda não tenho os meus resultados, mas segundo o site Diabetes365º, os valores são os seguintes:
A minha experiência
Ora, eu quando entrei na clinica para realizar este exame ía super nervosa. Muitas grávidas não o conseguem fazer, mas o que tem que ser, tem mesmo que ser feito.
Na primeira fase: mediram-me a glicose em jejum que estava com um valor muito bom e então lá se avançou com a primeira colheita. Quem me conhece sabe que para mim, fazer analises ao sangue me deixa sempre muito ansiosa e que de todo odeio ter que fazê-las. E estando nervosa, não facilita muito as coisas. Após a primeira colheita, senti-me um pouco orada/ zonza - fruto do meu nervosismo, e após a queda repentina dos níveis de ansiedade e adrenalina, lá vem esse mau estar.
Aguardei e comecei a beber o tal liquido (na clinica só tinham de limão e ainda bem, pois era esse que sempre me aconselharam). O enfermeiro disse logo que a formula tinha sido um pouco alterada para não ser tão má. A verdade é que consegui beber, e não foi dos piores sabores que senti. De ser tão doce e aquilo fica muito desconfortável na garganta, mas o enfermeiro deixou-me beber um golinho de água para ajudar.
E lá fui eu, para uma salinha, esperar uma hora. Na primeira hora, senti-me mais ao menos. Muitas grávidas vomitam nesta fase, por causa do liquido ser super doce. Eu mantive-me quietinha e o mais calma que pude e correu bem, nada veio fora.
No fim da primeira hora, lá fui eu fazer a segunda colheita de sangue. Esta correu lindamente e não me senti mal (também com a quantidade de açúcar que tinha metido para dentro, puuff). Aguarda-me mais uma horinha de espera. Desta vez, comecei a sentir fome, pois tanto tempo em jejum, não há quem aguente.
No fim da segunda hora, fiz a terceira e última colheita de sangue. Esta não correu tão bem: tive uma quebra de tensão, por já não comer à tanto tempo. Mas lá me deixaram comer uma barra energética e passado uns minutos estava bastante melhor.
Conclusão: o liquido não era tão mau quanto eu pensava, as picadas foram horríveis e tenho uma alta pisadura no sitio da última colheita (foi o braço que levou com as duas picadelas). Entretanto, após tomar o pequeno almoço, fiquei um pouco mal disposta, e até me ir deitar, estive com uma grande azia. Mas no final, até nem correu mal.... mas espero não ter que repetir mais (a não ser numa próxima possível gravidez lol).
Portanto, para quem tem que fazer o teste, mantenham-se calmas que tudo vai correr pelo melhor :)
By Lum
segunda-feira, 9 de novembro de 2020
Valença, a Fortaleza Viva
Olá,
Hoje trago-vos Valença e a sua mágica fortaleza.
Conhecida também como Valença do Minho, a cidade pertence ao distrito de Viana do Castelo. A história desta cidade começa na pré-história, uma vez que foram descobertos diversos vestígios arqueológicos. Também a presença de diversos vestígios que remontam ao império romano, confirma que estes lá habitaram. Com a Reconquista Cristã, esta região foi recuperada e, posteriormente, integrada no Condado Portucalense.
O desenvolvimento de Valença iniciou-se no reinado de D. Sancho I, quando este decidiu dar início às tentativas de ocupação das localidades de Tui e Pontevedra. Por volta do ano 1200 ganha um protagonismo enorme, devido aos conflitos acesos entre Portugal e Espanha. Também a antiga via romana que cruza Valença ganha importância como local de peregrinação rumo ao túmulo de Santiago, onde diversos peregrinos e viajantes de toda a Península Ibérica seguiam. Por essa razão, D. Sancho I outorgou a sua primeira carta foral e decidiu erguer uma construção defensiva, definindo uma linha de fronteira que o rio já estabelecia.
Ao longo das décadas seguintes, a Praça-Forte de Valença, continuou a ter uma atenção especial por parte das autoridades politicas e militares, devido à sua posição estratégica. No entanto, no final da década de 50 do século XVII, durante os anos críticos da Guerra da Restauração, que as primeiras tentativas de reforço da muralha de Valença acontece, uma vez que era das mais expostas a ataques espanhóis. Em 1657 e 1660 chegaram a haver tentativas para tomar o forte.
O que visitar
- Fortaleza
A nova Fortaleza de Valença dividia-se em duas áreas distintas, interligadas pela Porta do Meio: a "vila", a Norte, abrangendo a zona densamente povoada, e a sul, mais pequena e onde não havia quase construções nenhumas. A rodear estes dois locais, existia um malha de baluartes, revelins e fossos, garantindo assim, o isolamento de toda aquela área, e permitiam ainda uma ampla visibilidade sobre o exterior. Hoje em dia, é possível identificar claramente as duas áreas.
No início do século XVIII, Valença era a mais importante Praça-Forte do Minho e uma das mais importantes de toda a linha fronteiriça de Portugal.
- Ponte Rodo-Ferroviária Internacional
A Ponte Rodo-Ferroviária Internacional (ou Ponte Metálica sobre o Rio Minho), liga Valença a Tui e foi um sinal importante de progresso e modernidade para a população, que durante anos viu o comboio terminar em Segadães. Só em 1879 é que os governos de Portugal e Espanha chegaram a acordo para a construção desta ponte ferroviária e rodoviária.
Foi inaugurada em Março de 1886, 5 anos após o anúncio público da obra. É constituída por dois tabuleiros metálicos sobrepostos, assentes em quatro pilares de granito. O caminho de ferro circula no tabuleiros superior, e o tráfego rodoviário e pedonal no tabuleiro inferior. Simbolizou um importantíssimo elo de ligação entre o Norte de Portugal e Galiza.
- Igreja de Santa Maria dos Anjos
A Igreja de Santa Maria dos Anjos, também igreja matriz de Valença, foi construída durante o século XIII em estilo Românico. A igreja encontrava-se aberta para visita de turistas, mas não sei se nesta altura de covid se ainda o está.
- Igreja de Santo Estevão
Esta Igreja tem uma arquitetura neoclássica e foi onde esteve sediada a Colegiada de Santo Estevão de Valença, bem como o Bispado de Ceuta. É nesta igreja que se encontra o único quadro existente em Portugal da Virgem a amamentar o menino que escapou à Inquisição.
- Capela Militar do Bom Jesus
Esta capela tem uma arquitetura barroca e rococó. No seu interior conserva uma pequena imagem de Nossa Senhora do Carmo, padroeira do Regimento de Infantaria nº21 estacionado em Valença e que um soldado transportava numa mochila sempre que o regimento saía em campanha.
Infelizmente neste dia, a fortaleza estava repleta de gente e não conseguimos ver tudo o que queríamos nem tirar fotos (sempre muita gente à frente de tudo) mas, para além do que visitamos, ainda podem visitar o seguinte:
Como Chegar
Do Porto - Seguir pela A3 seguir a saída em direção a E82/Valença/Braga/V. Real/A4/Valongo e continuar até à saída em direção a Valença/Monção/N202/Melgaço;
De Lisboa - Seguir pela A1, até à saída para a A3, seguir pela A3 através da saída em direção a E82/Valença/Braga/V. Real/A4/Matosinhos/A41/Aeroporto e continuar até à saída em direção a Valença/Monção/N202/Melgaço.
quarta-feira, 4 de novembro de 2020
Uma deusa para o rei, de Mari Pau Domínguez
"Salamanca, 1543. Com apenas 16 anos, o futuro rei Filipe II de Espanha antecipa inquieto o momento que mudará a sua vida: o casamento com a prima Maria Manuela de Portugal. Os interesses estratégicos de Espanha impõem que o príncipe cumpra o seu dever, mas o jovem impulsivo não consegue renunciar à relação que mantém com Isabel de Osório, dama de companhia da sua irmã. Durante mais de quinze anos, esta paixão intensa incendiará os corações dos dois amantes - sem no entanto nunca se conseguir sobrepor aos desígnios de uma nação..."
Foi o primeiro livro que li desta autora, e gostei bastante da sua forma de escrever. Este livro começa no início do relacionamento do príncipe Filipe II com Isabel de Osório, ainda antes de ele casar pela primeira vez com a prima, a infanta Maria Manuela de Portugal. O romance entre dois acabou por sobreviver a tudo. O casamento com Maria Manuela foi infeliz, especialmente para ela. Acabou por morrer a dar à luz o primeiro filho de Filipe. O romance entre Filipe e Isabel continuou, mas Filipe foi chamado pelo pai, o imperador Carlos V, aos Países Baixos, atendeu de imediato à chamada do pai, deixando Isabel em Espanha. Foi forçado a casar com a rainha Maria I, mais velha que ele, e por quem ele não nutria qualquer sentimento. O seu coração continuava em Espanha, com Isabel. Apenas lhe restava o quadro de Ticiano para relembrar Isabel. A rainha Maria era uma mulher apaixonada pelo seu marido, mas também ela não teve um casamento feliz. Após Maria morrer, Filipe regressou a Espanha, tornando-se rei após a morte de seu pai. Viveu mais algum tempo com Isabel de Osório e com os dois filhos de ambos no Palácio da Saldañuela, mandado construir por Filipe para Isabel. O romance termina quando Filipe faz um tratado de paz com França, casando-se com Isabel de Valois, filha do rei francês. Um romance bastante atribulado, mas que acabou por vencer várias barreiras. Um livro que desperta muito interesse, lendo-se rapidamente. Gostei muito!
Na série Carlos Rey Emperador
Na série Carlos Rey Emperador, sobre a vida do Imperador Carlos V, a presença do seu filho Filipe é indiscutível. E de facto, durante a série é possível ver também um pouco da sua história.
O romance com Isabel de Osório não é tão abordado como no livro, claro, mas como amante de longa data de Filipe, ela aparece na série.
Tal como no livro, o romance com Isabel de Osório iniciou-se antes de casar com D. Maria Manuela. Tal como no livro, não teve um casamento feliz e disse-o no leito da morte.
Quando a série termina, aquando da morte de Carlos V, Filipe ainda está casado com Maria I de Inglaterra.
Esta série espanhola está muito bem conseguida e é o seguimento da série Isabel (sobre os reis católicos) e do filme La Corona Partida (que conta a história de como Joana, a Louca se torna rainha de Castela até ser encarcerada em Tordesillas). Claro que há algumas alterações à história, mas penso que foi apenas para dar mais emoção a algumas cenas. A série é difícil de encontrar, e ainda mais arranjar legendas. No entanto, quem entender um pouco de espanhol, consegue facilmente perceber.
Recomendo a série!
By Lum
sábado, 31 de outubro de 2020
Happy Halloween!
terça-feira, 27 de outubro de 2020
A Condessa, de Rebecca Johns
Esta é aquela "história" que quando ouvi falar, tive curiosidade de pesquisar para saber mais. já li algumas coisas sobre a condessa Báthory e a verdade é que existem várias versões. Neste livro, a autora interpreta a história de uma forma um pouco diferente.
Erzsébet Báthory nasceu dentro da aristocracia húngara, e casou com um homem igualmente rico. Amou-o e deu-lhe filhos. Infelizmente ficou viúva muito cedo. Com a mãe, aprendeu a ter mão firme com os empregados, não poupando os castigos a quem não cumpria as regras de sua casa. A viuvez deixou-a como sendo uma das mulheres mais ricas e poderosas da Hungria, causando inveja no seio da aristocracia, assim como os próprios lideres do país. Os castigos cruéis que investiu contra as suas criadas, nomeadamente contra as raparigas, tramou-a. Foi aprisionada na torre do seu próprio castelo até morrer, sem poder ver os seus filhos.
É considerada a mulher mais odiada da história. Uma das versões, que acabou tornando-se uma lenda, contam que bebia ou se banhava no sangue das criadas que torturava e matava para se manter jovem, inspirando assim a personagem do Drácula. Confesso que, após a leitura de diversas pesquisas feitas por historiadores sobre Báthory, provavelmente as coisas não foram bem assim... Se realmente torturou e matou as suas criadas, claro que tinha que ser castigada. Mas os historiadores veem a história de maneira diferente e confesso que se enquadra nos acontecimentos daquela altura. Esses historiadores defendem que, uma vez que Báthory se tornou uma mulher extremamente rica, poderosa e, principalmente, independente e ainda para mais o Arquiduque da Áustria, Imperador Romano-Germânico e Rei da Hungria, devia-lhe muito dinheiro e não fazia intenção de pagar, acabou sendo incriminada destes crimes. Uma vez que nessa altura, uma mulher rica e independente era completamente impensável, os historiadores acreditam que ela foi vitima de rumores e de injustiça quando foi aprisionada, uma vez que maior parte do seu património e riqueza passava para o seu filho e a coroa, ficando assim a divida do arquiduque saldada. Qual das versões será verdadeira? Nunca iremos ter a certeza.
By Lum
sexta-feira, 23 de outubro de 2020
Ayreon – Daniel’s Descent into Transitus Medley (Official Video)
domingo, 18 de outubro de 2020
Lucrécia Bórgia - A Princesa do Vaticano, de C. W. Gortner
É o 3º livro que leio deste autor e mais uma vez, não desiludiu.
Lucrécia é considerada uma mulher infame, pertencente à família Bórgia, mais especificamente, filha do papa Alexandre VI. É acusada de múltiplas coisas, incluindo incesto. Este livro abre-nos os olhos para uma realidade completamente diferente. Claro que acredito que haja momentos de ficção no livro, mas acredito que ela tenha sido um peão nos jogos de poder do pai e irmãos. E é o que este livro demonstra.
Teve um primeiro casamento mau, nunca consumado, foi violada e engravidou, sendo obrigada a dar à luz escondida num convento... não foi um início de vida muito agradável. Conheceu alguma felicidade ao lado do 2º marido, Afonso de Aragão, de quem teve um filho, mas mais uma vez teve um final infeliz quando o seu marido foi assassinado.
Um livro com um enredo fantástico, que recomendo vivamente!
Os Bórgia e as séries
- Os Bórgia
Jeremy Irons como Papa Alexandre VI, Holliday Grainger como Lucrécia Bórgia e François Arnaud como César Bórgia
Esta é talvez a série mais conhecida dos Bórgia, contando com actores de renome no elenco. No entanto, confesso que vi alguns episódios da 1ª temporada e depois perdi um pouco de interesse no enredo e deixei de ver. Mas nos episódios que vi, há muitas diferenças quando comparado com o livro. De qualquer maneira, agora que li o livro, vou dar uma chance e vou voltar a ver a série.
- Bórgia - Faith and Fear
Confesso que ouvi falar desta série à pouco tempo, apesar de ter saído no mesmo ano da outra. Creio que não deve ter tido tanto sucesso. Nunca vi, já ouvi dizer que era mais fiel à realidade, mas terei que ver para tirar as minhas conclusões. Irei ver e depois irei fazer um post sobre as duas séries.
Entretanto, recomendo a ver as duas!
By Lum
quarta-feira, 14 de outubro de 2020
Novidades
Olá pessoal,
Já à bastante tempo que não fazia um post assim, mas há novidades para contar: Estou grávida! Estamos muito felizes, apesar de nesta altura, com o covid, seja mais complicado. O meu marido não me pode acompanhar em quase nada, só assistiu mesmo às 2 ecografias morfológicas que fiz. Mas consultas na obstetra e centro de saúde, não. Neste momento já estou na 21ª semana, portanto já passei o meio da gravidez.
Mas nem tudo foram maravilhas, o primeiro trimestre foi horrível. Ouvir gente dizer aquela fantástica frase "Gravidez não é doença!", neste momento, dá-me vontade de esbofetear essa gente, pois ou tiveram gravidezes santas ou então nunca estiveram grávidas. Odeio tanto esses bitaites, como aqueles que nos mandam antes de engravidarmos: "então, e bebés, não pensam ter?", "olha que a idade vai avançando e depois é pior". Entre os dois, venha o diabo e escolha.
A decisão de engravidarmos
Tal como disse, por vezes é complicado ouvirmos aqueles bitaites que falei acima. Sei que as pessoas falam sem maldade e sem pensar, mas a verdade é que se pensassem um pouco na situação, sabiam que por vezes o silêncio é ouro. Um casal pode simplesmente não querer engravidar já, mas também podem não querer de todo ter filhos; outros tentam à anos e não conseguem, outros até já sofreram abortos e alguns até se submeteram a tratamentos de fertilidade e mesmo assim, nunca chega o positivo. A essas pessoas que gostam de mandar bitaites: lembrem-se que ainda temos liberdade como casal de fazer o que quisermos com a nossa vida e que muitas vezes, esse tipo de perguntas magoam muito!
A decisão para nós, enquanto casal, foi fácil. O meu marido sempre quis ter filhos, eu já me sentia também preparada. Primeiro tive que resolver os "pequenos problemas de saúde" que foram aparecendo, especialmente o esgotamento que tive em 2016. Mas sentia-me bem, sem ataques de ansiedade desde dessa altura, portanto.. decidimos começar a tentar em Fevereiro deste ano (ainda não se falava muito do covid em Portugal). Sempre pensei que teria dificuldades a engravidar, por causa dos problemas hormonais que tinha, e via as minhas amigas que levavam, algumas, um ano ou mais para conseguirem. Tentei manter-me calma, mas a verdade é que sempre que vinha a menstruação batia sempre uma pequena tristeza.
Desde de os meus 17 anos que tomava a pilula por causa dos problemas hormonais e ao fim de tantos anos, pensei que seria complicado. O meu corpo demorou cerca 4 meses a "limpar a pilula" do organismos, inclusive, por vezes quase nem menstruação tinha (muito pouca). Na 5ª vez, o meu período veio normalmente, na data que deveria vir, segundo as minhas contas. No mês seguinte, já não houve período.. durante os 4/5 meses que o meu corpo demorou para se habituar a estar sem a pilula, senti várias alterações, o que fez que também começasse a conhecer o meu corpo. Quando o meu período começou a atrasar, eu sabia que havia algo de esquisito, no 3º dia de atraso, compramos o teste e voilá: positivo! Mal conseguíamos acreditar! Marcou-se logo uma consulta com a minha ginecologista para confirmar tudo e ver se estava tudo bem e descartar aqueles problemas inicias.
O 1º trimestre de gravidez
Na consulta, verificou-se que estava tudo ok, e que não havia problemas, como gravidez ectópica, etc. Logo tive uma data de exames para fazer. Por volta da 6ª-7ª semana de gravidez, começou o mau estar: enjoos a toda a hora (não eram só matinais), vómitos constantes, não conseguia cheirar comida nenhuma, para não dizer que todas estas mudanças hormonais e com toda esta nova situação, os ataques de pânico voltaram. Gravidez não é doença, mas por vezes parece! Fui medicada com medicação para os enjoos, neste caso o famoso Nausefe, e como os vómitos continuavam, a obstetra deu-me um mais forte para parar os vómitos. Mas eles não passavam, e comecei a achar que já começavam também a ver com os ataques de ansiedade. Fui entretanto, encaminhada para uma psiquiatra excelente, que logo me deixou descansada. Por esta altura, já estava na 10ª semana de gestação. Ela medicou-me com sertralina (o único que não está contraindicado para gravidas) e deu-me uns calmantes naturais e, se quando passasse para o 2º trimestre, não tivesse melhor, que começava a tomar uma quantidade mínima de Xanax. Obvio que fiquei com medo, mas ela logo tranquilizou, dizendo que a quantidade era tão pequena, que não havia problemas para o bebé.
Convém dizer que com estes enjoos todos, vómitos e afins, a única coisa que conseguia comer era massa cozida com queijo e fiambre, ou então um pouco de bacalhau (ya, e eu nem ligava muito a bacalhau), carne nem vê-la, só com o cheiro agonizava; pão e fruta. Com isto, perdi mais de 6kg de peso. Os enjoos foram passando e eu comecei a conseguir comer peixe, arroz, e alguma carne que fosse grelhada na grelha ou assada. Mas pouca. Os vómitos continuaram, em especial de manhã, até a 13ª semana, altura em que entrei no 2º trimestre e comecei a fazer o Xanax. Ainda estive uns 15 dias até o corpo reagir e após, isso desapareceram quase por completo.
Durante o tempo que andei mal, foi horrível e só pensava "no que me fui meter", sentindo-me imediatamente culpada, porque sempre quis ter filhos. Mas a verdade é que o meu 1º trimestre foi muito mau, não usufruí daquela alegria duradoura da descoberta. E a sensação de culpa por estar tão medicada e que poderia fazer mal ao bebé, não me saía da cabeça, fazia sentir-me mesmo muito mal. Só fiquei descansada quando fiz os exames, tanto despistes das trissomias, como a morfológica do 1º trimestre. Tudo estava normal, e o bebé estava a desenvolver bem. Nessa altura, quis chorar de alegria, porque foi um alivio tão mas tão grande... puuff.
O início do 2º Trimestre
Tudo começou a melhorar. A verdade é que se deixar o Nausefe, os enjoos voltam, portanto tenho que continuar a tomar. Mas o apetite voltou, ainda não consigo comer carne grelhada nos grelhadores elétricos, nem frango cozido, porque simplesmente me dá náuseas, mas o resto já como bem. No início só me apetecia chocolate, e agora só me apetece gelados (nunca fui de comer gelados, mas fico feliz de haver alternativas sem lactose e até vegan para eu comer, senão seria desastre). Finalmente comecei a usufruir da minha gravidez e do amor incondicional que já sinto por este ser que está a crescer dentro de mim. A barriga a crescer e os movimentos do bebé que já sinto, foram uma alegria muito grande. Neste momento, tenho muito sono e adormeço em qualquer sitio a qualquer hora. Estou de baixa, primeiro por causa do mau estar do 1º trimestre e agora por causa do Covid. Só saio de casa para ir a consultas e pouco mais. Na semana passada, fiz a ecografia morfológica do 2º trimestre e foi uma emoção para mim e para o meu marido: ver as mãozinhas, pezinhos e as graçolas que já faz *.* E foi aí que descobrimos:
Vem aí uma menina, está perfeitinha, de saúde e é uma mexilhona. Estamos muito felizes!
Agora vem aí aquele exame que tanto custa às grávidas (pelo menos pelo que me contam), que é o da glicose. Ter que beber aquele liquido doce, deixa-me um pouco em pânico. Para não dizer que odeio tirar sangue lol Eu não gosto de coisas muita doces, vamos ver como vai correr.
Isto é só a primeira parte desta nova fase da nossa vida! Achei por bem falar da minha experiência no início da gestação, porque sei que não sou só eu que passei por isto, e pode ajudar outras mulheres. Muita gente critica as mulheres que dizem "odiei estar grávida", mas não podemos censura-las, pois é realmente duro e ainda não cheguei a parte em que vou ficar como se tivesse engolido uma melancia inteira. Eu odiei o meu 1º trimestre, não vou mentir, mas este está a ser bem melhor e já gosto de todas estas alterações. Vamos a ver, como corre até ao fim, espero que corra tudo bem! :)
By Lum