domingo, 28 de fevereiro de 2021

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Já Nasceu!!!

 Olá a todos,

É verdade, a minha menina já nasceu!! 

Como tinha falado, ela estava em posição pelve (ou seja sentada) e tinha que ser cesariana, pelo que a minha obstetra agendou-a para dia 15/02 (momento que já teria 38 semanas e 5 dias).

No início deste mês, para além das pequenas contrações, comecei a perder o rolhão mucoso. Comecei, por causa disso, a fazer consultas semanais. A médica recomendou-me repouso absoluto para que conseguíssemos aguentar até dia 15. 

Não deu! lol

Fonte : https://www.doutora-cegonha.com/cuidados-na-gravidez/rebentar-as-aguas-o-que-fazer-e-o-que-e-a-amniotomia/

No dia 8 de Fevereiro, com 37 semanas e 5 dias fui à consulta com a obstetra, onde foi feita uma avaliação, com CTG e tal. Estava tudo tranquilo, continuava a perder o rolhão mucoso, precisava de descanso e chegaria a dia 15.
Pois.... No dia seguinte, dia 9/02, o meu marido levantou-se como sempre para ir trabalhar. Eu costumo levantar-me sempre para ir ao WC, mas naquele dia deixei-me estar mais uns minutinhos. Já passava das 8h30 (e o meu marido já tinha ido trabalhar), quando acordei e senti que estava a perder mais rolhão mucoso. Mas... de repente, não parava. Levantei-me a correr para ir para o WC, e era só água a escorrer-me pela pernas abaixo... rebentaram as águas! 
Fiquei mega nervosa, estava sozinha... liguei logo para o meu marido, que felizmente atendeu logo. Só lhe disse: "Anda para casa que rebentaram-me as águas", ao que ele responde: "ok"! Em 10 minutos estava em casa (normalmente demora mais, desta vez veio a voar). Enquanto esperei por ele, vesti-me, tentei ligar para a minha obstetra, mas ela não atendeu. Lembrei-me que no Hospital da CUF me tinham dado o numero de telemóvel 24hrs por dia da enfermeira parteira. Liguei, ela fez algumas perguntas e mandou-me para lá que iam ligar com a médica e preparar tudo.

Fonte: https://demaeparamae.pt/artigos/que-que-se-sente-quando-aguas-rebentam


Mal cheguei ao Hospital da CUF no Porto (hospital onde decidi ter a minha filha e onde fui sempre seguida - tenho seguro de saúde, portanto tive esta possibilidade felizmente), já estavam à minha espera. Eu e o meu marido fomos encaminhados para um quarto, onde vesti a famosa bata e onde me colocaram o CTG para monitorizar a bebé e as contrações. Entretanto, apesar de haver uma ou outra contração no CTG, eu não tive qualquer dor ou senti qualquer contração. Fizeram-nos o teste ao covid, claro (felizmente, este custou-me menos que o primeiro que fiz) e disseram que iria demorar cerca de 2hrs a sair os resultados. Uma vez que a minha bebé estava bem e eu estava sem qualquer dor, aguardou-se. Colocaram-me a soro (eu cheia de fome, já não comi desde das 23h do dia anterior), vieram trazer o almoço ao meu marido e eu continuava esfomeada xD

Fonte: http://maternarr.blogspot.com/2017/06/saiba-quais-sao-os-riscos-do-parto-por.html

Entretanto, por volta das 14h saiu o meu resultado do teste, que deu negativo e passado meia hora saiu o do meu marido (negativo também). Começaram a preparar-me para o bloco. Apesar de achar que me ía passar completamente, por causa de sofrer de ansiedade, incrivelmente, consegui manter num nível de calma aceitável - obviamente que há sempre nervosismo, até porque queria conhecer a bebé.

Quando entrei no bloco foi muito estranho, estava lá tanta gente a preparar tudo. Falavam para mim de forma animada, tranquila e carinhosa, o que ajudou a manter-me calma. De seguida, a famosa epidural. Estava com receio que me doesse muito... o que doeu foi completamente suportável. Primeiro, o anestesista, um médico espetacular e super divertido, pediu para me virar de lado. Primeiro sentiu a coluna e conforme foi fazendo o procedimento, ia-me explicando tudo o que estava a fazer, para que não fosse apanhada de surpresa. Passado nem 2 minutos de ele ter dado a medicação, comecei a sentir tudo dormente da barriga para baixo. O medico e as enfermeiras viraram-me de barriga para cima, e no bloco entrou o meu marido e ficou apenas o anestesista, a minha médica e a enfermeira parteira, um pediatra e outra enfermeira que me dava medicação no cateter na mão.

Fonte: http://www.clinicachazan.com.br/gravidez/quem-escolhe-o-melhor-momento-para-o-bebe-nascer/

A partir daqui, foi tudo muito rápido! A sensação que tinha? Que era um frango churrasco na grelha ahahaha
Entretanto, o anestesista disse ao meu marido para se levantar e quando ele o fez ouvi a minha bebé berrar pela primeira vez :D
O meu marido diz que viu a tiraram-na de dentro da barriga e que ela tinha 3 voltas de cordão umbilical à volta do pescoço. Dali mostraram-me logo a bebé. Confesso que tive um misto tão grande de emoções! O amor por aquele ser já era tão grande, que nem dá para quantificar. Nasceu eram 16h08! E depois fiquei tão maravilhada que nem sabia se estava a chorar ou a rir (ou até as duas coisas). A menina foi com a pediatra para ser avaliada e o meu marido foi com ela, enquanto me cosiam. Aí comecei a sentir-me muito enjoada e comecei a ter vómitos. Disse à enfermeira que não estava bem e ela logo me deu outro "cocktail" e os enjoos desapareceram. 
Como disse, foi tudo muito rápido e dali já estava no recobro, com o meu marido ao lado e a minha bebé a mamar pela primeira vez.

Fonte: https://b-emigrante.com/certidao-de-nascimento-qual-a-sua-funcao

O Pós-operatório é mais complicadito! Continuei a levar medicação para as dores pelo cateter da epidural. Sempre que sentia dores, lá estava a enfermeira pronta a ajudar. As primeiras 24hrs, estive deitada, sem me mexer muito, com argália para ir mantendo a bexiga vazia. Aqui era o meu marido que fazia tudo, eu limitava-me praticamente a dar de mamar. Ao fim de 24horas, tiraram-me a argália e ajudaram a levantar-me. Foi um pouco complicado, porque me senti muito zonza. Mas depois o corpo lá se habituou. Doía-me ainda bastante a caminhar por causa dos pontos.  Nesse dia, pude também tomar uma banhoca (com ajuda) e vestir a minha camisa de dormir. Comecei também a ir ao wc sozinha. As refeições ao início foi complicado. Parecia que tudo que comia ía vomitar em seguida, e andei os dois primeiros dias à base de sopa (que era maravilhosa lá). 48hrs depois já poderia ter alta, mas a minha bebé era muito preguiçosa para mamar, dormia na mama, e não acordava por nada. Pedimos para ficar mais uma noite, para termos um pouco mais de ajuda das enfermeiras. Nesse dia tirei o cateter da epidural e comecei a fazer medicação oral para as dores.

No dia seguinte, sexta feira, foi dia da alta. Estávamos ambas bem, apesar de eu sentir ainda algumas dores e me sentir ainda meia combalida. O meu marido foi e continua a ser, ainda agora, a minha grande ajuda. Com isto do covid, não quero visitas cá em casa. Só os avós vieram vê-la, mas de mascara e com distância. Esta tudo a correr bem e estamos ambos apaixonados pela nossa linda filha! :D

Quanto a todo este processo, devo dizer que se voltasse atrás, voltava a fazer cesariana. Apesar de eu não ter grande hipótese de fugir: a bebé sentada, o cordão umbilical à volta do pescoço, rebentar as águas sem entrar em trabalho de parto, etc... Correu tudo bem, todo o pessoal no hospital (desde de enfermeiras, enfermeiras estagiárias, médicos, auxiliares, empregadas de limpeza, etc), foram todos impecáveis.


E pronto, a aventura já começou, agora é usufruir de todos os momentos com a nossa filha!

By Lum





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terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Sissi - Coragem até ao fim, de Allison Pataki

 


"Sissi foi a imperatriz mais marcante no imaginário popular, imortalizada no cinema por Romy Schneider. Este romance, inspirado em acontecimentos reais, recorda uma das mulheres mais fortes e desafiadoras de todos os tempos. Em meados do século XIX, a imperatriz Isabel da Áustria-Hungria — carinhosamente conhecida pelo povo como Sissi — já não é a menina ingénua e inocente de 15 anos que casou com o imperador Francisco José, mas a mãe do príncipe herdeiro e a mulher do líder de um poderoso império. Sissi vive, no entanto, sufocada pelas regras do protocolo real e por um casamento turbulento, e por isso viaja com frequência para a sua propriedade na Hungria, o refúgio onde vive segundo as suas próprias regras e onde pode receber as visitas do conde Andrássy, por quem se apaixonou. Contudo, trágicas notícias que chegam de Viena vão obrigá-la a regressar e a enfrentar a realidade que tanto a afugenta. Conseguirá Sissi vencer as inúmeras adversidades, as provações do amor e o sentimento de perda e continuar a ser uma imperatriz dedicada? Estará ela à altura do desafio de manter a sua família unida e o seu direito ao trono?"

Cá está, o segundo e último livro da Sissi desta autora. Conta-nos a vida de Sissi desde do ponto em que ficou o livro anterior até à sua trágica morte. Este livro presenteia-nos com uma Sissi mais adulta e cooperante, no entanto, ainda sufocada por todo o protocolo rígido de Viena. Por isso, passa uma grande parte do seu tempo a viajar por todo o mundo. Sofre com a morte da sua sogra (quem diria), começando a estar mais presente nos eventos reais ao lado do seu marido, o imperador. O comportamento do seu filho herdeiro é um motivo de preocupação constante, a decisão da sua filha adorada Valéria casar deixa uma marca dolorosa em Sissi. No entanto, o pior estava para vir. Em pouco tempo, morrem pessoas importantes da sua vida: o seu primo Luís, rei da Baviera, os seus pais, a sua irmã Nené, a sua irmã Sofia- Carlota e o seu amigo de longa data, o conde Andrássy. Mas o golpe maior acontece quando o seu filho herdeiro morre de forma trágica (suicídio), deixando-a inconsolável por nunca ter interferido para o tentar tirar da melancolia em que vivia. 
Morre de forma trágica, assassinada, aos 60 anos em Genebra. A sua morte foi um dor demasiado grande para o seu marido, uma vez que o imperador sempre foi um homem que não mostrava os seus sentimentos, mas naquela ocasião chorou e deixou-se levar pela dor.

No fim, a autora deixa umas pequenas notas sobre o que é ficção e realidade e a verdade é que a maior parte do livro é baseado em factos reais.

Vale a pena a leitura de ambos os livros!

By Lum




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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

domingo, 14 de fevereiro de 2021

Sissi - Imperatriz por amor, de Allison Pataki


" Sissi foi a imperatriz mais marcante no imaginário popular, imortalizada no cinema por Romy Schneider. Este romance, inspirado em acontecimentos reais, recorda uma das mais bonitas histórias de amor de todos os tempos.

Em 1853, os Habsburgos são a família governante mais poderosa da Europa. O seu império estende-se da Áustria à Rússia, da Alemanha à Itália, e no trono está o imperador Francisco José — jovem, rico e ainda solteiro.

Com apenas 15 anos, a Duquesa da Baviera, Isabel, mais conhecida como Sissi, acompanha a sua irmã, que está prometida em casamento ao jovem imperador. Mas Sissi apaixona-se pelo noivo da irmã e rapidamente se embrenha num difícil dilema: o seu amor é correspondido! Francisco José renega a prometida noiva e decide casar com Sissi.

No trono da corte imperial mais traiçoeira da Europa, a jovem imperatriz acidental irá perturbar lealdades políticas e familiares no seu empenho por ganhar, e manter, o amor do seu imperador, do seu povo e do mundo."


Foi o primeiro livro que li, tanto sobre a Imperatriz Sissi, como da autora Allison Pataki. Já conhecia algumas coisas da sua história, para o qual as férias na Áustria em 2019 (ver aquiaqui e aqui) tanto contribuíram. A verdade é que os palácios mais famosos de Viena tem alas completamente dedicadas a Sissi e à sua vida. O livro só veio complementar. É claro que é um romance, que há ficção envolvida, mas no seu geral, os acontecimentos são reais. Há acontecimentos que são romanceados, tal como em qualquer romance que é bom. O livro foca bem o quanto ela foi incompreendida, e o quanto sofreu na corte. Não foi preparada para tal missão, casou por amor, e viu-se afastada dos filhos pela sua sogra (e tia). As queixas constantes e pedidos para ver os filhos ao seu marido, o imperador, nunca davam em nada, uma vez que ele próprio era "um pouco controlado" pela mãe. Tudo isto levou ao afastamento do casal imperial, especialmente após os rumores de traição do imperador. 

O livro começa com uma Sissi jovem, na Baviera com a sua família e termina com a autorização do seu marido para ficar na Hungria, na cidade de Budapeste que tanto gostava, e a criar a sua filha recém nascida, Valéria. 

O livro é enorme, mas eu li-o numa semana, pois a autora conseguiu torna-lo cativante. Já saltei para o volume 2.

Recomendo a leitura!

By Lum

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Arévalo - Na rota da história de Espanha

 Olá,

Isto de estar em confinamento e não podermos sair e passear, traz uma saudade enorme. Portanto, decidi fazer um post sobre a nossa visita a Arévalo, antes da vinda do Covid. Sempre dá para matar uma saudade. eheheh

Arévalo situa-se na província de Ávila, em Espanha, na zona de Castela e Leão. A primeira menção a esta cidade ocorre em 1090, durante o repovoamento na Reconquista Cristã. No entanto, só adquiriu importância mais tarde, durante o reinado de Henrique IV de Castela. Foi aqui que a rainha Isabel, a Católica viveu na sua juventude e também foi aqui que sua mãe, D. Isabel de Portugal, esteve em reclusão, quando ficou doente.


O que ver 

- Arco ou Puerta del Alcocer e estátua de Isabel, a católica


Iniciamos a nossa visita pelo Arco ou Porta de Alcocer, onde se situa o posto de turismo.

Arco ou Puerta del Alcocer

Era a principal entrada da cidade velha de Arévalo, separando as praças del Real e del Arrabal. É a única das cinco portas que ainda se conserva nos dias de hoje. Tem a forma de torre e estaria à altura da fortaleza (agora desaparecida). Durante o século XVI, a sua parte superior serviu de prisão, sendo também conhecida por Arco da Prisão. 
Antes de passarmos o Arco, temos uma estátua da rainha Isabel, a Católica, colocada de 2004 em comemoração do quinto centenário da sua morte. 

Estátua da rainha Isabel, a Católica


- Plaza del Real

Após passar o Arco de Alcocer, encontramos a Plaza del Real. Tem o estilo arquitetónico tradicional de uma praça castelhana, com arcadas e varanda, sendo completamente diferente da praça do século XVI.
Era nesta praça que se situava o antigo palácio de Juan II, conhecido como Casa Real de Arévalo, e foi onde a Rainha Isabel passou a infância com o irmão Alfonso. Esta Casa Real já não se encontra ali desde de 1978.

Plaza del Real

Nesta praça também se situa a Casa da Câmara, um dos edifícios históricos de Arévalo.

- Igreja de Santa María la Mayor

A Igreja de Santa María la Mayor foi construída no século XII e o seu exterior é magnífico: constituído por uma secção semicircular decorada com arcos semicirculares e uma torre sineira, que é a mais alta da cidade. 

Torre sineira da Igreja de Santa María la Mayor

É possível visitar a igreja por dentro, no entanto, quando lá fui estava encerrada. Infelizmente, os horários espanhóis para visitas são terríveis, estando tudo fechado quase toda a tarde.

- Igreja de São Miguel

A Igreja de São Miguel data do século XII, mas foi reconstruída pela família Montalvo nos séculos XV e XVI.

Igreja de São Miguel

Outra igreja que não foi possível visitar, devido aos horários. 


- Palácios de Ronquillo e Sedeños

No caminho entre o Arco de Alcocer e o Castelo, encontramos as ruínas dos Palácios Ronquillo e Sedeños. O Palácio de Ronquillo foi construído no século XVI, e apenas sobrou uma parede de fachada onde se vê um arco trabalhado à volta da porta. Mesmo ao lado, encontra-se o Palácio de Sedeños, construído no século XV e onde se pode ver a torre e fachada principal.

Ruínas do Palácio de Ronquillo

- Ponte e Arco de Medina

Perto do Castelo, encontra-se o Arco de Medina e a Ponte Medieval. A ponte foi construída sobre o rio Arevalillo e continua a ser usada como uma das entradas em Arévalo. O arco foi contruído em 1976, como acção comemorativa. 

Arco de Medina


- Castelo Arévalo - Museu do Cereal

O castelo continua a ser um ex libris em Arévalo. Actualmente alberga o Museu do Cereal. Foi mandado construir no século XV por Álvaro de Zuñiga, e durante o reinado dos Reis Católicos sofreu uma remodelação, onde as suas defesas foram melhoradas.

Castelo de Arévalo

No castelo, destaca-se a torre de menagem semicircular, numa planta quadrada. Não sobrou praticamente nada da construção original, uma vez que ficou em ruínas quando foi transferido para o Ministério da Agricultura e foi usado como silo de cereais. Por essa razão, se situa hoje em dia o Museu do Cereal. 

Castelo de Arévalo

O castelo já foi prisão, pedreira, silo e cemitério. Mais um edifício que não conseguimos visitar, devido aos horários terríveis dos monumentos em Espanha. 


Como Chegar

Do Porto - Seguir pela A1 até à saída 16 para convergir para a A25 em direção a Viseu, seguir até Vilar Formoso e seguir pela N322, passar a fronteira e seguir pela A-62 até à saída 244 em direção a E-803/Cáceres/A-66/A-50/Madrid/Salamanca(Sur)/CL-517/Vitigudino, de seguida seguir indicações para A-50/Madrid/E-803/A-66/Cáceres, seguir pela A-50 até à saída  46 para N-501 em direção a Salvadiós/AV-800/Fontiveros/Narros del Castillo, seguir indicações até Arévalo.

De Lisboa - Seguir pela A1,  até à saída em direção a Abrantes/C.lo Branco/T.res Novas para a A23, até convergir com a A25 para Vilar Formoso e seguir pela N322, passar a fronteira e seguir pela A-62 até à saída 244 em direção a E-803/Cáceres/A-66/A-50/Madrid/Salamanca(Sur)/CL-517/Vitigudino, de seguida seguir indicações para A-50/Madrid/E-803/A-66/Cáceres, seguir pela A-50 até à saída  46 para N-501 em direção a Salvadiós/AV-800/Fontiveros/Narros del Castillo, seguir indicações até Arévalo.

By Lum


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terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

O Desejado, de Aydano Roriz

 


"Quando anoiteceu, no dia 4 de Agosto de 1578, nove mil soldados portugueses jaziam mortos nas areias de Alcácer Quibir. Mais de 16 000 foram feitos prisioneiros. No ar paira a pergunta: onde está D. Sebastião?
D. Sebastião é uma figura histórica envolta em mistérios: suspeita-se que teve uma juventude excessivamente dedicada ao amor pela guerra e ao fervor religioso. Foi coroado aos 3 anos de idade, e os seus apetites por batalhas e torneios arruinaram os cofres do reino. Há quem defenda que foi homossexual, andrógino e que tinha um lado do corpo ligeiramente maior e deformado. Das inúmeras versões da história, sabe-se que a sua arrogância era do tamanho dos seus sonhos: tinha a inabalável convicção de que Deus lhe guardara um destino de grandes feitos, o que o terá levado a combater os mouros em Alcácer Quibir. Conforme reza a história, desta batalha só sobrou sangue. Uns crêem D. Sebastião morto, outros crêem-no prisioneiro. Outros sonham com o seu regresso numa manhã de nevoeiro para salvar Portugal. E assim se criou o mito que perdura até aos nossos dias. Com mestria, criatividade e minúcia, Aydano Roriz relata neste romance a história do Desejado, na sua versão enlevada à categoria de um romance sublime. Eis uma obra fundamental para quem quer conhecer outra faceta da História de Portugal."


Foi o primeiro livro que li deste autor. E gostei do que li, gostei da sua forma de escrever. O livro conta a vida de D. Sebastião, o desejado, desde do seu nascimento até à sua morte. Ficou sem pai ainda antes de nascer, herdou um reino quando ainda era pequeno, após a morte do seu avô. Como regente, teve a sua avó, rainha D. Catarina, e o seu tio Cardeal D. Henrique. Gostei da forma como o autor explorou a história, atribuindo uma educação extremamente religiosa, crescendo a pensar em guerra com os muçulmanos. Recusou-se sempre a casar, chegando a dizer-se que era homossexual (algo que nunca iremos saber). Apesar de todo os contras que os seus conselheiros alertaram, decidiu ir para África combater os muçulmanos. Acabou por ser uma derrota terrível para os portugueses, em que o próprio rei desapareceu, criando o mito que regressará para salvar Portugal numa manhã de nevoeiro. O seu desaparecimento, levou o cardeal D. Henrique ao trono, e, após a sua morte, a uma guerra de sucessão, acabando o trono nas mãos do rei Filipe de Espanha. Vários impostores apareceram posteriormente, dizendo ser D. Sebastião, o que nunca se verificou.

Aconselho este livro para quem quer ler um pouco mais sobre D. Sebastião!

By Lum

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