sábado, 31 de outubro de 2020
terça-feira, 27 de outubro de 2020
A Condessa, de Rebecca Johns
Esta é aquela "história" que quando ouvi falar, tive curiosidade de pesquisar para saber mais. já li algumas coisas sobre a condessa Báthory e a verdade é que existem várias versões. Neste livro, a autora interpreta a história de uma forma um pouco diferente.
Erzsébet Báthory nasceu dentro da aristocracia húngara, e casou com um homem igualmente rico. Amou-o e deu-lhe filhos. Infelizmente ficou viúva muito cedo. Com a mãe, aprendeu a ter mão firme com os empregados, não poupando os castigos a quem não cumpria as regras de sua casa. A viuvez deixou-a como sendo uma das mulheres mais ricas e poderosas da Hungria, causando inveja no seio da aristocracia, assim como os próprios lideres do país. Os castigos cruéis que investiu contra as suas criadas, nomeadamente contra as raparigas, tramou-a. Foi aprisionada na torre do seu próprio castelo até morrer, sem poder ver os seus filhos.
É considerada a mulher mais odiada da história. Uma das versões, que acabou tornando-se uma lenda, contam que bebia ou se banhava no sangue das criadas que torturava e matava para se manter jovem, inspirando assim a personagem do Drácula. Confesso que, após a leitura de diversas pesquisas feitas por historiadores sobre Báthory, provavelmente as coisas não foram bem assim... Se realmente torturou e matou as suas criadas, claro que tinha que ser castigada. Mas os historiadores veem a história de maneira diferente e confesso que se enquadra nos acontecimentos daquela altura. Esses historiadores defendem que, uma vez que Báthory se tornou uma mulher extremamente rica, poderosa e, principalmente, independente e ainda para mais o Arquiduque da Áustria, Imperador Romano-Germânico e Rei da Hungria, devia-lhe muito dinheiro e não fazia intenção de pagar, acabou sendo incriminada destes crimes. Uma vez que nessa altura, uma mulher rica e independente era completamente impensável, os historiadores acreditam que ela foi vitima de rumores e de injustiça quando foi aprisionada, uma vez que maior parte do seu património e riqueza passava para o seu filho e a coroa, ficando assim a divida do arquiduque saldada. Qual das versões será verdadeira? Nunca iremos ter a certeza.
By Lum
sexta-feira, 23 de outubro de 2020
Ayreon – Daniel’s Descent into Transitus Medley (Official Video)
domingo, 18 de outubro de 2020
Lucrécia Bórgia - A Princesa do Vaticano, de C. W. Gortner
É o 3º livro que leio deste autor e mais uma vez, não desiludiu.
Lucrécia é considerada uma mulher infame, pertencente à família Bórgia, mais especificamente, filha do papa Alexandre VI. É acusada de múltiplas coisas, incluindo incesto. Este livro abre-nos os olhos para uma realidade completamente diferente. Claro que acredito que haja momentos de ficção no livro, mas acredito que ela tenha sido um peão nos jogos de poder do pai e irmãos. E é o que este livro demonstra.
Teve um primeiro casamento mau, nunca consumado, foi violada e engravidou, sendo obrigada a dar à luz escondida num convento... não foi um início de vida muito agradável. Conheceu alguma felicidade ao lado do 2º marido, Afonso de Aragão, de quem teve um filho, mas mais uma vez teve um final infeliz quando o seu marido foi assassinado.
Um livro com um enredo fantástico, que recomendo vivamente!
Os Bórgia e as séries
- Os Bórgia
Jeremy Irons como Papa Alexandre VI, Holliday Grainger como Lucrécia Bórgia e François Arnaud como César Bórgia
Esta é talvez a série mais conhecida dos Bórgia, contando com actores de renome no elenco. No entanto, confesso que vi alguns episódios da 1ª temporada e depois perdi um pouco de interesse no enredo e deixei de ver. Mas nos episódios que vi, há muitas diferenças quando comparado com o livro. De qualquer maneira, agora que li o livro, vou dar uma chance e vou voltar a ver a série.
- Bórgia - Faith and Fear
Confesso que ouvi falar desta série à pouco tempo, apesar de ter saído no mesmo ano da outra. Creio que não deve ter tido tanto sucesso. Nunca vi, já ouvi dizer que era mais fiel à realidade, mas terei que ver para tirar as minhas conclusões. Irei ver e depois irei fazer um post sobre as duas séries.
Entretanto, recomendo a ver as duas!
By Lum
quarta-feira, 14 de outubro de 2020
Novidades
Olá pessoal,
Já à bastante tempo que não fazia um post assim, mas há novidades para contar: Estou grávida! Estamos muito felizes, apesar de nesta altura, com o covid, seja mais complicado. O meu marido não me pode acompanhar em quase nada, só assistiu mesmo às 2 ecografias morfológicas que fiz. Mas consultas na obstetra e centro de saúde, não. Neste momento já estou na 21ª semana, portanto já passei o meio da gravidez.
Mas nem tudo foram maravilhas, o primeiro trimestre foi horrível. Ouvir gente dizer aquela fantástica frase "Gravidez não é doença!", neste momento, dá-me vontade de esbofetear essa gente, pois ou tiveram gravidezes santas ou então nunca estiveram grávidas. Odeio tanto esses bitaites, como aqueles que nos mandam antes de engravidarmos: "então, e bebés, não pensam ter?", "olha que a idade vai avançando e depois é pior". Entre os dois, venha o diabo e escolha.
A decisão de engravidarmos
Tal como disse, por vezes é complicado ouvirmos aqueles bitaites que falei acima. Sei que as pessoas falam sem maldade e sem pensar, mas a verdade é que se pensassem um pouco na situação, sabiam que por vezes o silêncio é ouro. Um casal pode simplesmente não querer engravidar já, mas também podem não querer de todo ter filhos; outros tentam à anos e não conseguem, outros até já sofreram abortos e alguns até se submeteram a tratamentos de fertilidade e mesmo assim, nunca chega o positivo. A essas pessoas que gostam de mandar bitaites: lembrem-se que ainda temos liberdade como casal de fazer o que quisermos com a nossa vida e que muitas vezes, esse tipo de perguntas magoam muito!
A decisão para nós, enquanto casal, foi fácil. O meu marido sempre quis ter filhos, eu já me sentia também preparada. Primeiro tive que resolver os "pequenos problemas de saúde" que foram aparecendo, especialmente o esgotamento que tive em 2016. Mas sentia-me bem, sem ataques de ansiedade desde dessa altura, portanto.. decidimos começar a tentar em Fevereiro deste ano (ainda não se falava muito do covid em Portugal). Sempre pensei que teria dificuldades a engravidar, por causa dos problemas hormonais que tinha, e via as minhas amigas que levavam, algumas, um ano ou mais para conseguirem. Tentei manter-me calma, mas a verdade é que sempre que vinha a menstruação batia sempre uma pequena tristeza.
Desde de os meus 17 anos que tomava a pilula por causa dos problemas hormonais e ao fim de tantos anos, pensei que seria complicado. O meu corpo demorou cerca 4 meses a "limpar a pilula" do organismos, inclusive, por vezes quase nem menstruação tinha (muito pouca). Na 5ª vez, o meu período veio normalmente, na data que deveria vir, segundo as minhas contas. No mês seguinte, já não houve período.. durante os 4/5 meses que o meu corpo demorou para se habituar a estar sem a pilula, senti várias alterações, o que fez que também começasse a conhecer o meu corpo. Quando o meu período começou a atrasar, eu sabia que havia algo de esquisito, no 3º dia de atraso, compramos o teste e voilá: positivo! Mal conseguíamos acreditar! Marcou-se logo uma consulta com a minha ginecologista para confirmar tudo e ver se estava tudo bem e descartar aqueles problemas inicias.
O 1º trimestre de gravidez
Na consulta, verificou-se que estava tudo ok, e que não havia problemas, como gravidez ectópica, etc. Logo tive uma data de exames para fazer. Por volta da 6ª-7ª semana de gravidez, começou o mau estar: enjoos a toda a hora (não eram só matinais), vómitos constantes, não conseguia cheirar comida nenhuma, para não dizer que todas estas mudanças hormonais e com toda esta nova situação, os ataques de pânico voltaram. Gravidez não é doença, mas por vezes parece! Fui medicada com medicação para os enjoos, neste caso o famoso Nausefe, e como os vómitos continuavam, a obstetra deu-me um mais forte para parar os vómitos. Mas eles não passavam, e comecei a achar que já começavam também a ver com os ataques de ansiedade. Fui entretanto, encaminhada para uma psiquiatra excelente, que logo me deixou descansada. Por esta altura, já estava na 10ª semana de gestação. Ela medicou-me com sertralina (o único que não está contraindicado para gravidas) e deu-me uns calmantes naturais e, se quando passasse para o 2º trimestre, não tivesse melhor, que começava a tomar uma quantidade mínima de Xanax. Obvio que fiquei com medo, mas ela logo tranquilizou, dizendo que a quantidade era tão pequena, que não havia problemas para o bebé.
Convém dizer que com estes enjoos todos, vómitos e afins, a única coisa que conseguia comer era massa cozida com queijo e fiambre, ou então um pouco de bacalhau (ya, e eu nem ligava muito a bacalhau), carne nem vê-la, só com o cheiro agonizava; pão e fruta. Com isto, perdi mais de 6kg de peso. Os enjoos foram passando e eu comecei a conseguir comer peixe, arroz, e alguma carne que fosse grelhada na grelha ou assada. Mas pouca. Os vómitos continuaram, em especial de manhã, até a 13ª semana, altura em que entrei no 2º trimestre e comecei a fazer o Xanax. Ainda estive uns 15 dias até o corpo reagir e após, isso desapareceram quase por completo.
Durante o tempo que andei mal, foi horrível e só pensava "no que me fui meter", sentindo-me imediatamente culpada, porque sempre quis ter filhos. Mas a verdade é que o meu 1º trimestre foi muito mau, não usufruí daquela alegria duradoura da descoberta. E a sensação de culpa por estar tão medicada e que poderia fazer mal ao bebé, não me saía da cabeça, fazia sentir-me mesmo muito mal. Só fiquei descansada quando fiz os exames, tanto despistes das trissomias, como a morfológica do 1º trimestre. Tudo estava normal, e o bebé estava a desenvolver bem. Nessa altura, quis chorar de alegria, porque foi um alivio tão mas tão grande... puuff.
O início do 2º Trimestre
Tudo começou a melhorar. A verdade é que se deixar o Nausefe, os enjoos voltam, portanto tenho que continuar a tomar. Mas o apetite voltou, ainda não consigo comer carne grelhada nos grelhadores elétricos, nem frango cozido, porque simplesmente me dá náuseas, mas o resto já como bem. No início só me apetecia chocolate, e agora só me apetece gelados (nunca fui de comer gelados, mas fico feliz de haver alternativas sem lactose e até vegan para eu comer, senão seria desastre). Finalmente comecei a usufruir da minha gravidez e do amor incondicional que já sinto por este ser que está a crescer dentro de mim. A barriga a crescer e os movimentos do bebé que já sinto, foram uma alegria muito grande. Neste momento, tenho muito sono e adormeço em qualquer sitio a qualquer hora. Estou de baixa, primeiro por causa do mau estar do 1º trimestre e agora por causa do Covid. Só saio de casa para ir a consultas e pouco mais. Na semana passada, fiz a ecografia morfológica do 2º trimestre e foi uma emoção para mim e para o meu marido: ver as mãozinhas, pezinhos e as graçolas que já faz *.* E foi aí que descobrimos:
Vem aí uma menina, está perfeitinha, de saúde e é uma mexilhona. Estamos muito felizes!
Agora vem aí aquele exame que tanto custa às grávidas (pelo menos pelo que me contam), que é o da glicose. Ter que beber aquele liquido doce, deixa-me um pouco em pânico. Para não dizer que odeio tirar sangue lol Eu não gosto de coisas muita doces, vamos ver como vai correr.
Isto é só a primeira parte desta nova fase da nossa vida! Achei por bem falar da minha experiência no início da gestação, porque sei que não sou só eu que passei por isto, e pode ajudar outras mulheres. Muita gente critica as mulheres que dizem "odiei estar grávida", mas não podemos censura-las, pois é realmente duro e ainda não cheguei a parte em que vou ficar como se tivesse engolido uma melancia inteira. Eu odiei o meu 1º trimestre, não vou mentir, mas este está a ser bem melhor e já gosto de todas estas alterações. Vamos a ver, como corre até ao fim, espero que corra tudo bem! :)
By Lum
sábado, 10 de outubro de 2020
EPICA - Abyss of Time (OFFICIAL MUSIC VIDEO)
sexta-feira, 2 de outubro de 2020
História de Portugal em disparates, de Luís Gaivão
Confesso que alguns dos disparates me chocaram, por vezes nem sabia se havia de rir ou chorar. Existem alunos que não sabem quem foi D. Afonso Henriques, visto que neste livro ele aparece em todas as alturas da história de Portugal.... Realmente faz-nos pensar no estado do ensino no nosso país.
No entanto, um livro cómico que nos diverte a cada leitura!
By Lum