sábado, 26 de maio de 2018

D. Estefânia - Um Trágico Amor, de Sara Rodi


"Quando D. Estefânia saiu da igreja de São Domingos, pela mão do seu marido D. Pedro V, rei de Portugal, as vozes dos portugueses ditaram-lhe o destino: a rainha vai morta! Vai de capela! Três gotas de sangue haviam-lhe manchado o vestido branco imaculado. A jovem princesa alemã não teve forças para aguentar o peso do magnífico diadema que D. Pedro lhe oferecera como prova do seu amor. Um amor cúmplice, puro e apaixonado, entre duas almas gémeas unidas em propósito, durante 14 meses. Apenas 14 meses. Escrito na primeira pessoa, num tom confessional e recheado de emoção, a autora Sara Rodi revela-nos a apaixonante história de D. Estefânia Hohenzollern- Sigmaringen. Uma rainha que muitos portugueses viram como um anjo que lhes trouxe a esperança que tanto lhes faltava, sempre disposta a ajudar os mais pobres e desfavorecidos. Não fez mais porque morreu jovem aos 22 anos. Sem ter deixado um herdeiro para o trono de Portugal. Mas deixando um último pedido: a construção de um novo e moderno hospital que prestasse assistências às crianças pobres e desvalidas. O Hospital D. Estefânia. D. Pedro cumpriu o último desejo da sua mulher, mas o rei Muito Amado de Portugal não resistiu à morte de Estefânia e dois anos depois partiu para junto dela."

Foi o primeiro livro que li da escritora Sara Rodi. E também sobre a Rainha D. Estefânia.
Uma rainha bondosa, que trouxe a esperança aos mais pobres e doentes. Morreu aos 22 anos, apenas 14meses depois de se ter tornado rainha de Portugal. Infelizmente, não foi o tempo suficiente para que deixasse marca suficiente que a levassem a ser falada até nas aulas de história. Uma pena, pois é realmente uma pessoa apaixonante e teria sido uma óptima rainha. No entanto, deixou uma marca importante (infelizmente não tão falada), que foi a construção do hospital D. Estefânia, o seu último desejo.
O livro de Sara Rodi ajuda-nos a perceber a vida desta rainha, embora curta, foi tão rica. O livro, à semelhança A Imperatriz que veio de Portugal, de Mercedes Balsemão, também é contado na primeira pessoa, com D. Estefânia já perto da sua morte, relembra o passado. No entanto, é um pouco diferente, pois aqui a viagem ao passado não é corrida, ou seja, não começa com ela na infância, até à hora da morte. Ela vai relembrado das fases da sua vida, mas de forma alternada. Torna-se um pouco mais complicado de seguir à história, no entanto, o livro é tão envolvente, que essa complicação deixa de existir com o decorrer do livro.

Em conclusão: adorei o livro e adorei descobrir a história de D. Estefânia. Recomendo!

By Lum

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