quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Aldeia Histórica de Sortelha

Olá,

Hoje na rubrica viagens, dou-vos a conhecer a aldeia histórica de Sortelha!

Aldeia Histórica de Sortelha

Sortelha é um vila situada no concelho do Sabugal, sendo uma das mais bonitas e antigas vilas portuguesas. Mantém a sua arquitectura inalterada e é considerada uma das mais bem conservadas.  
A vila fica rodeada de muralhas, onde se encontra um castelo do século XIII. É possível encontrar também sepulturas medievais, um pelourinho manuelino e uma igreja renascentista.

Aldeia Histórica de Sortelha

Começando por falar um pouco sobre a sua história... A vila recebeu o seu primeiro foral em 1228, entregue pelo rei D. Sancho II, e só perdeu o seu estatuto de concelhio na reorganização feita pelo estado liberal no século XIX.
Esta antiga vila é um espaço urbano medieval do século XIII-XIV, organizada segundo as suas necessidades militares, mas foi bastante alterada durante o período manuelino. Esta é a estrutura que é possível observar nos dias de hoje.

No ponto mais elevado, num vale e na zona mais inacessível, situa-se o Castelo que era exclusivamente militar, marcado pela Torre de Menagem. Terá sido construído em 1228, após receber o primeiro foral.

Castelo de Sortelha 

O castelo corresponde a um estilo roqueiro românico-gótico, com intervenção pontual do manuelino.
No interior do castelo, é possível ver-se a Cisterna para abastecimento de água e uma porta falsa. Possui ainda duas portas: a Porta do Castelo e a Porta Falsa. 

Porta do Castelo

Durante os séculos XVII e XVIII começou a desenvolver-se o arrabalde exterior à povoação, e com o tempo foi-se afastando das muralhas. As tropas napoleónicas passaram por Sortelha, onde travaram vários combates, e, como consequência, parte da muralha do castelo ruiu. 

Numa das ruas, neste caso Rua Dá Mesquita, encontramos a Casa Árabe.
Casa Árabe - Sortelha

É uma casa de arquitectura tradicional, e tem a inscrição "JHVS Ave Maria". Terá sido construída em meados do século XIV. Neste momento, serve para turismo.

Ao longo do passeio pela vila, encontramos também a casa com Janela Manuelina e a casa do Governador.

Casa com Janela Manuelina e Casa do Governador

A primeira, é um edifício com dois pisos e uma escada exterior. Exibe uma janela manuelina com arco e uma cruz gravada. A segunda, seria a casa do Governador do Concelho de Sortelha nos século XV e XVI, com ocupação posterior. Possui dois pisos e na fachada principal é possível observar cornija e influências classicistas.

Junto ao castelo, temos o largo do Pelourinho, onde fica a Casa da Câmara e Cadeia.
Largo do Pelourinho

A sua construção remonta ao século XVI, tendo em conta as armas manuelinas e a data atribuída ao pelourinho. O edifício tem dois pisos: o inferior era a cadeia e o superior era a câmara. Em 1855, com a extinção do concelho de Sortelha, o edifício foi transformado em escola primária. Actualmente funciona como Junta de Freguesia.

Pelourinho

O Pelourinho foi mandado construir em 1510 por D. Manuel I. É constituído por seis degraus e no topo encontra-se uma esfera armilar alongada atravessada por um espigão em ferro.

A Igreja Matriz, dedicada a Nossa Senhora das Neves, fica situada no Largo da Igreja. Para além da Igreja, existe uma torre sineira, um passo da via sacra e algumas sepulturas escavadas na rocha.

 Igreja Matriz, dedicada a Nossa Senhora das Neves

A sua construção data do século XVI, uma vez que no seu portal está a data "1573". Foi a Vigaria do padroado real e Comenda da Ordem de Cristo. Sofreu várias alterações ao longo dos séculos, sendo actualmente, uma igreja renascentista. Infelizmente encontrava-se fechada quando lá estivemos.

Junto à igreja existe um Passo da Via Sacra. Para além deste, existem mais 4:  Capela de São Sebastião, pano de muralha na Porta da Vila, entrada do castelo no Largo do Pelourinho, cabeceira da Igreja Matriz e outro junto à Porta Falsa, na Rua Dá Mesquita. Estes foram edificados em 1742.

Passo da Via Sacra - Passo junto à Porta da Vila

A Porta da Vila era a principal do burgo amuralhado e ficava situada a Nordeste. Foi construída numa fase posterior à muralha original.

Porta da Vila

Fora do muralhado, encontramos a Torre Sineira ou Campanário.

Torre Sineira

Fica no topo de um penedo, sendo acessível através de uma escadaria com degraus talhados na rocha. É de construção arcaica e possui duas ventanas com sinos.

Sortelha


Uma vila fantástica e bela! A visita é obrigatória!!

Como Chegar:
Do Porto - A1 até Albergaria, apanhar a A25 e seguir até a saída para a A23/IP2 em direcção a Guarda Sul/Covilhã/Portalegre; sair na saída em direcção a Belmonte/Manteigas e posteriormente seguir em direcção a Caria/Sabugal onde encontrará placas com indicação para Sortelha

De Lisboa - A1 até à ligação com a A23 no sentido Abrantes/Castelo Branco/Torres Novas, sair na saída para N18-3 Caria/ N233 Sabugal e posteriormente encontrará placas com a indicação para Sortelha.

Fonte: Os textos foram escritos com a ajuda da informação fornecida durante as visitas. Também pode encontrar esta informação no site das Aldeias Históricas de Portugal.

By Lum
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segunda-feira, 27 de agosto de 2018

NORTHWARD - While Love Died (Official Music Video)


A Floor Jansen tem novo projecto, com Jørn Viggo Lofstad da banda Pagan's Mind, com o nome NORTHWARD. Trata-se de um estilo mais Hard Rock, diferente do que a Floor nos tem habituado. No entanto, devo dizer que adoro ouvi-la neste registo, e que mostra a sua grande versatilidade como vocalista!

Já lançaram o primeiro video, da música While Love Died:



O álbum sai a 19 de Outubro. Deixo-vos a tracklist e CoverArt:


1. While Love Died
2. Get What You Give
3. Storm In A Glass
4. Drifting Islands (feat Irene Jansen)
5. Paragon
6. Let Me Out
7. Big Boy
8. Timebomb
9. Bridle Passion
10. I Need
11. Northwards

By Lum
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sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Histórias Secretas de Reis Portugueses, de Alexandre Borges


"Todos conhecemos os pontos nevrálgicos da História de Portugal, um dos mais antigos estados-nação do mundo, casa paterna de um dos idiomas mais falados no planeta e paciente assaltado por recorrentes crises de auto-estima. Mas saberemos das zonas cinzentas? Das pequenas histórias? Dos episódios passados na sombra dos acontecimentos ditos históricos? 

Ao longo de 15 histórias que encerram muitas outras dentro si, contamos a pequena História de Portugal, a versão menos conhecida dos factos, tal como foi vivida pelos reis portugueses, não esquecendo alguns daqueles que, tendo nascido em Portugal, reinaram longe do solo pátrio, ou outros que, não sendo formalmente reconhecidos como tal, foram para o povo, em determinadas circunstâncias e lugares, verdadeiramente reis. 

Da ante-câmara espiritual e cultural do reino fundado por Afonso Henriques aos ecos que ainda ressoam nos nossos dias. Da intimidade torturada de soberanos confrontados com o destino às grandes vitórias nacionais. Este é um lado B possível da nossa História. E a História não é o que aconteceu. É a razão de estarmos aqui e agora, da forma como aqui e agora estamos."

Como nota introdutória da avaliação, é necessário dizer que a forma como o autor escreve todas estas histórias praticamente desconhecidas fez-me relembrar dos serões a contar histórias à lareira durante a minha infância. É assim que o livro começa por nos cativar!
De leitura muito fácil e simples, conta-nos aqueles acontecimentos, por vezes feitos por pessoas praticamente desconhecidas, e que foram tão importantes para a nossa história.
Organizado cronologicamente, desde o rei D. Afonso Henriques e sua mãe D. Teresa até a queda da monarquia, cada capítulo do livro é associado a uma história durante os vários reinados. Neste livro, o autor optou por não falar muito sobre os reis mais falados nos livros de história da escola, como D. Pedro I ou D. João I, Mestre de Avis, etc; e por apostar mais naqueles reinados que não foram tão abordados nos tempos de escola.

Um livro para quem ama história e um livro para quem não gosta de ler, ler!

By Lum
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sábado, 18 de agosto de 2018

Concerto de Kamelot - Vagos Metal Fest

Olá,

No passado dia 11 de Agosto, fui ao Vagos Metal Fest assistir, essencialmente, ao concerto de Kamelot. Há muito tempo que os queria ver ao vivo, não podia deixar escapar esta possibilidade e ainda por cima tão perto.


Começando pelo início, Vagos Metal Fest é um festival metal que se realiza na Quinta do Ega em Vagos.


Dentro do recinto, havia uma zona do campismo, em que é possível aceder a uma praia fluvial; já mesmo dentro do recinto do concerto havia uma zona de "comércio", onde estavam várias bancas onde se podia comer e bancas a vender merchandise; na zona onde a "magia acontece" existem dois palcos, para que enquanto uma banda esteja a actuar, a banda seguinte já possa preparar o palco, evitando-se longos períodos de espera.


No dia 11, houve vários concertos, mas só me interessava mesmo Kamelot, confesso. Chegamos por volta das 20h ao recinto e estava a começar o concerto de Sonata Artica, uma banda que também gosto de ouvir, embora não tanto como Kamelot. Fizeram um bom concerto, com bom som... muito bom. Entretanto, fomos jantar, uma vez que ainda tínhamos que esperar um 1h por Kamelot (entretanto actuou outra banda).
Ás 22h30 começou o tão esperado concerto!


Kamelot trouxe a vocalista Lauren Hart como convidada. Iniciaram o concerto com uma música do seu mais recente álbum The Shadow Theory.

Phantom Divine ft Lauren Hart - Video filmado por Lum&Nightmare


Bem, Kamelot não me desiludiu!
Tem muita energia em palco, tocam/cantam as músicas com uma grande intensidade e interagem imenso com o público.

Insomnia - Video filmado por Lum&Nightmare

Tocaram músicas dos vários álbuns, o que foi porreiro. Pudemos recordar algumas músicas mais antiguinhas, começando pela Rule the World, do álbum Ghost Opera, passando pela The Great Pandemonium do álbum Poetry For The Poisoned When the Lights are Down do The Black Halo.

End of Innocence - Video filmado por Lum&Nightmare

Tocaram a End of Innocence do álbum Haven, uma música pouco tocada ao vivo. Só consegui gravar 30segundos da actuação.


Recuamos ao álbum Karma. Foi bom ouvir músicas antigas e tão bem interpretadas pelo Tommy Karevik.

Drums Solo - Video filmado por Lum&Nightmare

O solo da bateria foi fantástico!


March of Mephisto - Video filmado por Lum&Nightmare

A March of Mephisto teve a colaboração da Lauren nos guturais. Só consegui filmar um pouquinho da actuação, que foi fantástica.


Aqui fica a setlist:
1. Knight's March - Intro
2. Phantom Divine (Shadow Empire) ft Lauren Hart
3. Rule the World
4. Insomnia
5. The Great Pandemonium
6. When the Lights are Down
7. End of Innocence
8. Veil of Elysium
9. Karma
10. Center of the Universe ft Lauren Hart
11. RavenLight
(with drum solo)
12. March of Mephisto ft Lauren Hart
13. Amnesiac
14. Sacrimony (Angel of Afterlife) ft Lauren Hart
15. Forever
(with keyboard solo)
16. Liar Liar (Wasteland Monarchy) ft Lauren Hart


Liar Liar (Wasteland Monarchy) ft Lauren Hart - Video filmado por Lum&Nightmare

Para mim, um dos pontos mais altos da noite, foi quando tocaram a Liar Liar (Wasteland Monarchy). É das minhas músicas favoritas de Kamelot, e a actuação com a Lauren nos guturais e clean voice foi espectacular. Foi com esta música que terminaram o concerto.


Final do concerto - Video filmado por Lum&Nightmare

Em conclusão: Grande Concerto! Festival com ambiente fantástico! Espero que Kamelot volte em breve!!!

By Lum

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sábado, 11 de agosto de 2018

Bolo na caneca de Alfarroba e maçã - Receita para pequeno-almoço saudável

Olá Olá,

Hoje trago-vos uma receita docinha e saborosa, mas muito saudável para o pequeno-almoço: Bolo na caneca de Alfarroba e Maçã. 


Foi a minha nutricionista que me deu esta receite e é realmente deliciosa, simples, rápida e fácil de fazer.

Vamos aos ingredientes:
Ingredientes (1 bolo para 1 pessoa):
- 3 colheres de sopa de Farinha de Alfarroba;
- 1 maçã cozida sem casca;
- 1 Ovo
- 1 colher de sopa de côco ralado;
- 1 colher de sopa de leite ou bebida vegetal (eu usei de soja).

Preparação:
1. Cozer a maçã e retirar a casca. Deixar arrefecer;
2. Num recipiente colocar todos num liquidificador, incluindo a maçã sem casca;
3. Verter o preparado numa caneca:
4. Ir ao microondas por 5 minutos e está pronto a comer. Servir com chá, ou com leite ou bebida vegetal (eu servi com leite de soja).

Após ir ao microondas, o bolo que fica com este aspecto:

No entanto, o seu interior é óptimo e o bolo não fica seco:


Aprovado!
Experimentem e bom apetite! :)

By Lum
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terça-feira, 7 de agosto de 2018

Imperatriz D. Leopoldina, de Marsilio Cassotti


"Leopoldina de Habsburgo é uma personagem decisiva da história do império português no Brasil. Contudo, foi sempre retratada como uma mulher frágil, traída pelo marido, passiva e sem qualquer vontade política. Este livro traz-nos a sua verdadeira história.
Numa viagem que nos leva desde a infância da jovem arquiduquesa, durante as guerras napoleónicas contra a Áustria, até ao seu casamento estratégico com o tão belo como Adónis Pedro de Bragança, herdeiro da coroa do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
No final de 1817, Leopoldina chega ao Rio de Janeiro. Uma parte da corte, liderada pela rainha Carlota Joaquina, recebe-a com frieza. Preferiam «uma portuguesa ou uma espanhola». D. Pedro desfaz-se em atenções e durante noites a fio vivem uma enorme paixão, mas cedo o príncipe do Brasil volta para os braços da sua amante.
«Os homens são cópias das mariposas», escreve a princesa germânica à sua irmã mais velha. Desprezada pelo marido refugia-se na alegria da maternidade.
Em 1821, depois do regresso de D. João VI a Portugal, quando as «revolucionárias» cortes portuguesas retiram ao Brasil a categoria de Reino, Leopoldina deixa de lado o rancor e empenha-se em ajudar D. Pedro, que a humilhava ao passear pelo Rio de Janeiro de braço dado com a bela e astuta Domitila de Castro.
Na iminência de um possível ataque português ao Rio, Leopoldina aconselha o marido a separar o território brasileiro da pátria-mãe e a assumir-se como Imperador. Para calar os rumores que lhe minam o prestígio, em novembro de 1826 o Imperador decide ir defender a província de Cisplatina. Antes do beija-mão de despedida, obriga a esposa grávida a ficar ao lado da amante. Perante a sua nega, Pedro trata «de forçar D. Leopoldina a entrar no salão onde se realizaria a cerimónia». Nessa noite, o estado de saúde da Imperatriz agrava-se perigosamente…
Baseada no que relatam (e no que ocultam) as cartas de Leopoldina, o autor bestseller Marsilio Cassotti leva-nos ao Brasil do século XIX, para nos narrar, nesta biografia apaixonante, a história de uma mulher destinada a ser rainha de Portugal, que, apesar das humilhações que sofreu, acabou por ter um papel decisivo na independência do Brasil."

Antes de mais, o principal sobre este livro: não é um romance histórico, mas sim uma biografia baseada em documentos históricos e fidedignos.
No entanto, não é daquelas biografias chatas que parecem que nunca mais acabamos de ler. É muito simples e de fácil leitura. 
O livro mostra-nos quem e como era Leopoldina de uma forma muito clara: uma mulher inteligente, que sofreu por causa das aventuras extra-conjugais do marido, D. Pedro. Foi muito importante na independência do Brasil, ganhando o carinho dos brasileiros. Foi humilhada por diversas vezes pelo marido, uma vez que este se encontrava "cego" de amor pela amante Domitíla de Castro. 
No livro é possível ler alguns trechos das cartas enviadas por Leopoldina à irmã e ao pai, tornando o livro ainda mais rico.

Para quem gosta de biografias fidedignas e fáceis de ler, recomendo a leitura deste livro!

By Lum
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sábado, 4 de agosto de 2018