sábado, 29 de junho de 2019

A Princesa Branca, de Philippa Gregory


"Quando Henrique Tudor conquista a coroa de Inglaterra após a batalha de Bosworth, sabe que tem de se casar com a princesa da casa inimiga, Isabel de York, para unificar um país dividido pela guerra há duas décadas.
Mas a noiva ainda está apaixonada pelo seu inimigo morto, Ricardo III. A mãe de Isabel e metade de Inglaterra sonham com o herdeiro ausente, que a Rainha Branca enviou para o desconhecido. Embora a nova monarquia tome o poder, não consegue ganhar o coração de uma Inglaterra que espera o regresso triunfante da Casa de York.
O maior receio de Henrique é que um príncipe esteja escondido à espreita para reclamar o trono. Quando um jovem que quer ser rei conduz o seu exército e invade Inglaterra, Isabel tem de escolher entre o novo marido, por quem se começa a apaixonar, e o rapaz que afirma ser o seu amado e perdido irmão: a Rosa de York volta para casa finalmente."

Estou na onda "Philippa Gregory" e portanto, lá fui eu ler mais outro livro dela (já é o 3º) e todos os que li deram filme e séries. 
Este foi um livro que li depois de ter visto a série a que deu origem e devo dizer: O livro é muito melhor!
O livro conta a vida de Elizabeth de York, desde a ascensão ao trono de Henrique Tudor até à morte de Perkin. Foi prometida a Henrique, mas antes do casamento teve que provar a sua fertilidade. Foi um pouco mal tratada e os Tudor sempre desconfiavam dela, apesar de ela nada saber. Após ser mãe, fez de tudo para proteger os seus filhos. O marido, Henrique Tudor, apesar de um marido apaixonado, sempre que se levantava um revolta contra o seu reinado, desconfiava da esposa. Um livro cativante!



O livro e a série

Cecily (irmã de Elizabeth de York), Margaret (filha de George, Duque de Clarence e Isabel Neville) e Elizabeth de York, na série The White Princess

Já tinha falado da série (ver aqui), e confesso que apesar de ter gostado, achei que Isabel Woodville foi pintada de má da fita, o que não foi a ideia que o livro deu. Devo dizer que a série é muito diferente do livro... alteraram acontecimentos, não mostraram os nascimentos dos filhos... enfim...

O rei Henrique VII e a sua mãe, Margaret Beaufort na série The White Princess

As diferenças são:
- Desde logo, o início da série, em que Isabel Woodville esconde o seu filho Richard, quando as tropas do rei vem buscar a ela e as suas filhas - no livro não menciona nada sobre Isabel esconder o filho;
- Tal como o livro, Henrique quer que Elizabeth engravide antes de se casar com ela, no entanto, não foi tão imediato como na série;
- Na série, no nascimento de Artur, Elizabeth tem muito medo de ter o filho por causa da maldição lançada por ela e pela mãe, no entanto no livro não fala disto;
- Tal como já tinha dito, a série "pinta" Isabel Woodville como uma mulher que não nutre qualquer sentimento pelos netos, chegando mesmo a humilhar a filha e os netos publicamente - no livro Isabel conspirou sim, mas sempre longe da filha, tentando prejudica-la o mínimo possível, adorava os netos, embora não tenha convivido muito com eles;
- No livro, Isabel Woodville foi para a Abadia de Bermondsey onde ficou até morrer - na série, ela mantém-se na corte por mais tempo a conspirar;
- Na série, para tentar parar as tentativas da Duquesa de Borgonha colocar um York no trono, Jasper Tudor vai à corte de Bolonha onde se encontra com a Duquesa e com a Duquesa Cecília (avó de Elizabeth) para negociar. É aqui que ocorre o acidente que leva á morte Maria de Borgonha -  na série nunca falou da corte de Bolonha e Jasper Tudor nunca lá foi;
- Na série, Elizabeth chega a tempo de ver a sua mãe morrer na Abadia -  no livro Elizabeth está a dar à luz a sua filha Isabel, que morre pouco tempo depois (na série não vemos Elizabeth ter mais nenhum filho, para além de Artur, Henry e Margaret);
- Na série, Maggie vai à corte de Bolonha a mando de Henrique VII para ver se reconhece o rapaz que diz ser Richard, irmão de Elizabeth -  No livro ela nunca sai de Inglaterra;
- No livro, o rapaz que diz ser Richard, mantém-se muito tempo na corte com a sua mulher, enquanto Henrique VII a tenta seduzir, para desgosto de Elizabeth - na série não se vê Henrique a seduzi-la;
- Na série, num determinado tempo, Henrique retira os aposentos da rainha à mãe para os dar a Elizabeth - no livro isto nunca aconteceu;
- Esta foi das cenas que mais me chocou, porque achei demasiado estranho isto ser verdade: na série, Margaret Beaufort (mãe do rei) mata Jasper Tudor -  no livro, como é óbvio isto nunca aconteceu. Jasper morre de causas naturais. Não entendi o porquê de fazerem isto na série, pois não acrescentou nada;
- Na série, Elizabeth e Henrique VII vão à corte espanhola convencer os reis católicos que Catarina de Aragão deve casar com Artur. Este episódio nunca aconteceu no livro nem na realidade;
- As execuções de Teddy e Warbeck, na série, acontecem no mesmo dia por decapitação - no livro, primeiro morre Warbeck por enforcamento e alguns dias depois Teddy é decapitado.

Elizabeth de York com os seus 3 filhos: Artur, Margaret e Henry na série The White Princess

Como se pode ver, a série até tem a história essencial de Elizabeth, mas com alterações que veio estragar a história toda.
Não vou dizer que não gostei, porque gostei. Mas quem vai ver à espera que seja fiel ao livro, não se engane... tem muitas diferenças.

By Lum
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domingo, 23 de junho de 2019

Elvas, a Cidade Quartel

Olá,

Hoje dou-vos a conhecer a cidade de Elvas, que adorei visitar.

Cidades de Elvas

Elvas é uma cidade alentejana do distrito de Portalegre. É a cidade mais fortificada da Europa e reconhecida pela UNESCO como Património da Humanidade em 2012 como uma cidade-quartel de fronteira.
Visitando esta cidade é como se recuasse séculos: o castelo, os fortes, as igrejas e o aqueduto, tudo estruturas de enormes dimensões e beleza incalculáveis.


História

A história de Elvas é antiga, começando os celtas, os primeiros povoadores do território. Os romanos foram os povoadores seguintes, mas só após grande resistência se conseguiram estabelecer. Foram os romanos, o primeiro povo a deixar os primeiros vestígios e foi nesta altura que Elvas passou a ter um papel importante na patrulha das rotas comerciais.

Cidade de Elvas

Após o declínio do império romano, os visigodos ocuparam e Elvas e por lá se mantiveram por 200 anos, até que no século VIII, os mouros ocuparam esta zona, reconhecendo a sua importância estratégica. Foi durante a sua ocupação que a cidade começou a ter as primeiras fortificações. 
Em 1230, D. Sancho II ocupa Elvas, passando a ser território português.
Em 1513, Elvas foi elevada a cidade, tendo o progresso sido contínuo, induzido pela sua importante situação estratégica - na principal entrada/ fronteira natural com o país vizinho - que o Tratado de Alcanizes (1297) potenciou.

Cidade de Elvas

Elvas também era muito próspera na agricultura, sendo a azeitona factor de sustentabilidade económica. Na segunda metade do século XIV, foi construída a fortificação, ainda hoje visível: construíram 11 portas e 22 torres.
Foi por Elvas, que o Duque de Alba entrou com o seu exército em 1580, facto que não foi esquecido na restauração da independência em 1640, quando se contruiu a maior fortificação abaluartada do país.

Cidade de Elvas



O que visitar

Toda a cidade de Elvas é como um museu, com imensa coisa para se visitar...

1. Muralhas de Elvas

As muralhas, como já disse, são as maiores fortificações abaluartadas do mundo. Possuem uma área de 300 hectares e um perímetro que vai dos 8 aos 10 km.
Fortificações da Muralha de Elvas

Estas fortificações foram projectadas  pelo jesuíta holandês padre João Piscásio Cosmander e representam o melhor exemplo de fortificações militares da escola holandesa que sobreviveram até aos dias de hoje. O Aqueduto da Amoreira, tinha como objectivo de permitir à fortificação resistir a cercos prolongados.


2. Aqueduto da Amoreira

O Aqueduto da Amoreira estende-se ao longo de 8 km e transporta a água até à fonte de mármore do Largo da Misericórdia. Foi classificado como Monumento Nacional desde 1910 e demorou mais de 120 anos a ser construído, entre 1530 e 1622. Os contrafortes cilíndricos  e arcos em vários andares chegam aos 30 metros de altura em alguns pontos.

Aqueduto da Amoreira

Foi construído para garantir o abastecimento de água à cidade. Tem 1367 metros de galerias subterrâneas e mais de 5 km e meio à superfície. É realmente um monumento espectacular e grandioso para se contemplar.

Aqueduto da Amoreira


3. Castelo

Castelo de Elvas

O Castelo ergue-se no alto de um monte em posição dominante sobre a povoação e o rio Guadiana.
Durante a reconquista cristã da Península, o castelo foi inicialmente  tomado por forças cristãs sob o comando de Geraldo Sem Pavor. Foi retomada pelos mouros, mas voltou a mãos portugueses em 1220 para novamente cair na posse dos mouros. Só em 1226, voltou definitivamente para mãos portuguesas, durante o reinado de D. Sancho II, que lhe deu o foral e determinou a reconstrução e reforço das defesas. Mas os conflitos pela sua posse duraram vários reinados: D. Dinis deu a Carta Foral à Vila e ampliou as defesas; D. Fernando construiu uma terceira cintura de muralhas reforçada por torres; D. João II ordenou a reconstrução da Tore de Menagem; e D. Manuel I elevou a vila a cidade.

Castelo de Elvas

O preço da entrada no castelo é de 1,5€ e o horário é das 9h30 às 13h00 e das 14h30 às 17h30.


4. Igreja do Convento de São Domingos

O Convento de São Domingos foi fundado em 1267 e construído durante o último terço do século XIII, onde anteriormente se encontrava  a Ermida de Nossa Senhora dos Mártires. Foi pertença dos Dominicanos. A sua estrutura sofreu várias modificações nos séculos XVI, XVII e XVIII - a fachada no estilo barroco foi construído durante o século XVII, mas no seu interior gótico com colunas de mármore.

Igreja do Convento de São Domingos - Elvas


5. Casa da Cultura de Elvas

A Casa da Cultura de Elvas fica situada na Praça da República, no centro da cidade, num edifício de 1538 que outrora serviu de Paços do Concelho. Foi construído encostado à segunda cerca islâmica, mas foi muito alterado na segunda metade do século XVIII.


Praça da República e Casa da Cultura em Elvas

Aqui pode também encontrar o Posto de Turismo, que indicará a melhor forma para começar a visitar a cidade e onde se encontram os pontos mais interessantes para visita. Aqui também podem solicitar um mapa da cidade para que a visita seja mais fácil.


6. Igreja da Nossa Senhora da Assunção

Igreja de Nossa Senhora da Assunção

A Igreja de Nossa Senhora da Assunção é uma igreja maciça e fortificada, construída entre 1517 e 1537 pelo arquitecto régio Francisco de Arruda, o mesmo arquitecto que projectou o Aqueduto da Amoreira. Funcionou como Catedral até Elvas perder a sua classificação episcopal em 1882.

Igreja da Nossa Senhora da Assunção

O edifício tem ar de semi-fortaleza por causa das suas muralhas e contrafortes e, também, da torre do do sino. As capelas laterais são do século XVIII, duas de talha dourada e as restantes em mármore. Por cima da entrada, existe um órgão de talha dourada, construído entre 1760 e 1777. A partir da catedral acede-se ao Museu de Arte Sacra.

Igreja da Nossa Senhora da Assunção - Interior e órgão


7. Largo de Santa Clara

O Largo de Santa Clara é um dos lugares mais típicos de Elvas. É uma praça triangular pavimentada, rodeada por casarões senhoriais com brasão e com barras de ferro, e está situada junto à porta árabe (século X). No centro da praça está um Pelourinho do século XVI, feito em mármore.

Porta Árabe


8. As 11 Portas da Fortificação

Portas da Esquina

A malha urbana ganhou racionalidade militar com a construção de 11 portas medievais que deram origem a três, duplas e desenfiadas: Esquina, a O; São Vicente, a E; a Olivença, a S.
As Portas da Esquina servia directamente a zona militar. Nas outras têm início as ruas mais importantes da cidade.


9. Museu Militar de Elvas

Quartéis do Casarão - Museu Militar de Elvas

O Museu Militar de Elvas surgiu após a reorganização do Exército Português no ano de 2006 e ocupa as instalações do antigo Regimento de Infantaria Nº8, designado por "Quartéis do Casarão".

Museu Militar de Elvas

É um caso único a nível de museus nacionais, uma vez que as suas infraestruturas são três monumentos Nacionais, classificados como Património da Humanidade pela UNESCO: Convento de S. Domingos, século XIII, Muralha Fernandina, século XIV e parte da Muralha Seiscentista, século XVII.

Museu Militar de Elvas

O museu foi oficialmente inaugurado em Outubro de 2009 e constitui a maior área de museu implantada em Portugal: tem cerca de 150 mil m2 de área total. Alberga várias colecções militares do Exército: Arreios, Serviço de Saúde, Transmissões, Viaturas Militares do Exército, Hipomóvel, Peças de Artilharia, etc.

Museu Militar de Elvas

O preço de entrada no Museu custa 3€, mas existem bilhetes familiares e bilhetes mais baratos para jovens entre os 7 e os 17 anos (mais informações no local ou no site oficial do museu).
O horário é:

Museu Militar de Elvas



10. Forte de Santa Luzia

Esta fortificação foi construída num outeiro a algumas centenas de metros da muralha, tendo em conta a Guerra da Restauração entre Portugal e Espanha, sendo um dos melhores e mais genuínos exemplos da arte  de fortificar europeia. 

Forte de Santa Luzia

Em 1641, o general Maria de Albuquerque, primeiro e último Conde de Alegrete, desenhou o projecto inicial do Forte. Pouco depois, o projecto foi redesenhado por Sebastião Frias, que lhe dá o formato de polígono estrelado.

 Porta Principal do Forte

O Forte é constituído por 4 baluartes - estrutura angular projectada para fora da cortina de uma fortificação; um fosso - uma escavação profunda e regular, com ou sem água, funcionando como primeira linha de defesa; Cova de Lobo - uma armadilha que consiste numa cova em forma de cone invertido, pelo que no fundo da cova é cravada uma estaca afiada; Cortina - Parede situada entre dois baluartes nas fortificações, muitas vezes protegidas por um revelim; Revelim - obra exterior de formato triangular, com a função de proteger uma cortina.

Interior do Forte de Santa Luzia

Entre 1658 e 1659, o exército espanhol, comandado por D. Luís de Haro, primeiro-ministro de Filipe IV de Espanha, montou um cerco em Elvas. A 14 de Janeiro de 1659, a Batalha das Linhas de Elvas dá vitória a Portugal. O Forte resistiu heroicamente, tal como viria a acontecer em 1801, na Guerra das Laranjas contra os Espanhóis, e durante as Guerras Peninsulares, entre 1807 e 1811, com as Invasões Francesas.

Interior do Forte de Santa Luzia

O preço de entrada para visitar o Forte é de 2€. O horário é: De Quarta a Domingo: 11:00H às 18:00H
 e ás Terças-feiras: 14:00H às 18:00H. Encerra às segundas-feiras e terças-feiras de manhã.


11. Forte da Graça

Forte da Graça

Outra fortificação espectacular construída numa grande elevação a Norte da cidade. É um exemplo notável da arquitectura militar do século XVIII, sendo considerada por muitos historiadores como uma das mais poderosas fortalezas abaluartadas do mundo. A construção iniciou-se em 1763 a mando do rei D. José I. Tinha uma potência inigualável de 144 bocas de fogo e subsistiu a vários ataques inimigos durante os anos seguintes.

O preço de entrada é: preço Geral: 5€ e visita guiada: 8€. Existem bilhetes familiares, que saem mais barato. O horário é: Maio a Setembro - Das 10 às 18 horas; Outubro a Abril - Das 10 às 17 horas; Encerra às Segundas-Feiras.

Fonte do texto: Retirado da informação do Posto de Turismo


Como Chegar

Elvas

Do Porto - A1 em direcção a Sul, seguir pela saída 11 em direcção a N342/Lousã/Soure/Condeixa; seguir pela A13 em direcção a Lousã/Tomar; seguir pela saída 15 para IP2 em direcção a Portalegre/N359/Nisa; seguir pela IP2 em direcção a Évora/N246/Elvas.

De Lisboa - Seguir pela A2 até à IP7 e seguir as direções para A6/A13/A15/A1/Espanha/Évora/Santarém; seguir pela A6 até à saída 9 para N4 em direção a Elvas Oeste.


By Lum

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domingo, 16 de junho de 2019

Livros

Hello,

Como já devem ter reparado, tenho uma enorme colecção de livros (que continua a crescer...). 
Quando fui a Londres, comprei uma data de livros, em inglês. Li 3 deles, mas os outros não. Acabei por comprar a versão portuguesa de algum deles, por ser mais fácil... Parece que não, ler em inglês exige mais um bocadinho de atenção do que ler em português.

É por esta razão que quero vender os seguintes livros:

The Red Queen, Philippa Gregory - 8€

The Other Queen, Philippa Gregory - 8€

The Queen's Fool, Philippa Gregory - 8€

The Boleyn Inheritance, Philippa Gregory - 8€

Wolfskin, Juliet Marillier - 5€


Caso alguém esteja interessado, é só contactarem pelo email do blog.

By Lum
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quarta-feira, 5 de junho de 2019

sábado, 1 de junho de 2019

A Filha do Conspirador, de Philippa Gregory


""Perdi o meu pai numa batalha, a minha irmã às mãos de uma espia de Isabel Woodville, o meu cunhado às mãos do seu carrasco e o meu sobrinho às mãos de um seu envenenador, e agora o meu filho foi vítima da sua maldição…"

A apaixonante e trágica história de Ana Neville e da sua irmã Isabel, filhas do Conde de Warwick, o nobre mais poderoso da Inglaterra durante a Guerra dos Primos. Na falta de um filho e herdeiro, Warwick usa cruelmente as duas jovens como peões, mas elas desempenham os seus papéis de forma previdente e poderosa.

No cenário da corte de Eduardo IV e da sua bela rainha Isabel Woodville, Ana é uma criança encantadora que cresce no seio da família de Ricardo, Duque de Iorque, transformando-se numa jovem cada vez mais corajosa e desesperada quando é atacada pelos inimigos do seu pai, quando o cerco em seu redor se aperta e quando não tem ninguém a quem possa recorrer, a quem possa confiar a sua vida."

Philippa Gregory não desilude! Este livro é o Volume IV da serie The Plantagenet and Tudor Novels e foi um dos 3 livros que inspirou a serie The White Queen.
Esta é a história de Ana Neville, a filha mais nova do Conde de Warwick, conhecido por Fazedor de Reis e responsável pela subida ao trono de Eduardo IV. Após o casamento relâmpago por amor com Isabel Woodville sem o seu conhecimento, Warwick revolta-se e declara guerra ao rei, usando as suas filhas como peões, casando a mais velha com o irmão do rei, George, Duque de Clarence. O objetivo era faze-lo rei e colocar a filha no trono. Tudo correu mal, e decide casar Ana com o filho da rainha má, da linhagem dos Lancaster. Não viu meios para atingir os fins, mas tudo correu mal e morreu a defender o trono para Lancaster e para a sua filha Ana. É nesta altura que Ana fica viúva e dependente da sua irmã e marido que ela começa a mostrar a sua força. Luta pelo seu futuro, passa provações, sofre com a morte da irmã, mas casa com a pessoa que ama e torna-se rainha de Inglaterra, tal como o pai queria. No entanto, a sua vida como rainha não é feliz: a morte do seu único filho e o marido tomar a sobrinha como a amante, foi matando-a aos poucos. 
Um livro apaixonante da primeira à última página!

O livro e a série

Richard III e Ana Neville na série The White Queen

Vi primeiro a série e só depois li o livro, mas devo dizer que a série está bastante fiel ao livro, pelo menos relativamente à história de Ana Neville.
As diferenças são poucas:
- Apesar da boa relação entre Ana e a sua irmã Isabel, elas chateavam-se muito uma com outra (o normal entre irmãos), sendo Isabel muito ambiciosa (coisa que foi perdendo com o tempo e com a vida complicada que foi levando, nada como ela imaginava) e gostava imenso de "picar" a irmã. Na série não vimos estas situações, embora entenda pois não é muito relevante para a história e iria aumentar a série sem necessidade;
- Isabel, irmã de Ana, no livro teve 4 filhos: o primeiro que morreu à nascença - parto no barco, a Maggie, o Teddy e um 4º, sendo que, após o nascimento deste, acabou por morrer. O seu último filho morreu pouco tempo depois. Na série, tem apenas 3, e logo a seguir ao nascimento de Teddy, Isabel morre;
- Após a morte de Isabel e George, Ana vai buscar os sobrinhos para os criar e educar juntamente com o seu filho no Castelo de Warwick. Eles permanecem lá e o filho morre nesse mesmo castelo, enquanto Ana se encontra na corte. Sabe posteriormente, por uma missiva enviada pelo seu médico. Na série, aquando a morte do filho, este encontra-se na corte com Ana e morre com Ana e Ricardo, o pai, junto a ele.

Ana Neville e a sua irmã Isabel Neville, na série The White Queen

Estas foram as diferentes que vi em relação ao livro, no entanto penso estas diferenças foram para encortar a série e para dar mais drama à mesma. Não penso que estas diferenças tenham alterado em nada a história. Foi das séries mais fiéis que vi, pelo menos relativamente a este livro. Logo veremos em relação aos outros dois.

Ana Neville e Ricardo III, na série The White Queen

By Lum
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