domingo, 29 de julho de 2018

Aldeia Histórica de Belmonte

Olá,

Hoje, na rubrica viagens, vou dar a conhecer a aldeia histórica de Belmonte. Estivemos lá na altura da Páscoa, e apesar de ter estado um temporal daqueles (vento e neve incluídos), tivemos um dia de tréguas e conseguimos visitar tudo.

Aldeia Histórica de Belmonte

Belmonte situa-se na região centro do país, mais propriamente no distrito de Castelo Branco. É conhecida por ser a terra natal de Pedro Alvares Cabral, descobridor do Brasil, e por ser uma terra maioritariamente judaica. 

Antigos Paços do Concelho

É muito fácil fazer a Vila toda a pé e visitar todos os museus e castelo. Mais fácil ainda se comprar um bilhete geral (custa 10€ - tem-se 3 dias para o usar) , que dá acesso à entrada em todos eles, ficando mais barato que comprar bilhete em cada local. 

Estátua de Pedro Alvares Cabral

Os vestígios mais antigos de Belmonte remontam ao Neolítico Final, onde se destaca a anta da Caria (que é possível visitar). No entanto, os vestígios mais significativos são da época romana. Os locais que mais se destacam é a Villa da Quinta da Fórnea e Centum Cellas. Estes locais estão ligados à exploração agrícola, mineira, entre outras actividades. É possível visitar ambos (ficam fora da vila, o melhor é ir de carro). A entrada é grátis.

Centum Cellas

As ruínas da Torre de Centum Cellas é considerada monumento nacional desde 1927. Localiza-se no Comeal da Torre.  A torre tem cerca de 12 metros e ao seu redor é possível ver ruínas de outras estruturas. Vários investigadores tem um sem número de interpretações para a sua funcionalidade: templo, prisão, praetorium de uma acampamento romano, etc.

Castelo de Belmonte -  Visto do Exterior

Belmonte tem um castelo medieval, na qual é possível contemplar uma paisagem magnífica.
Este castelo tem um traçado ovalado, sendo um dos monumentos mais emblemáticos de Belmonte. 
D. Sancho I concedeu o foral em 1199, com objectivo de promover o seu desenvolvimento e povoamento. 

Castelo de Belmonte - Visto do interior

No entanto, a fundação do castelo deve-se a D. Afonso III, que concede autorização ao Bispo D. Egas Fafes para construir uma Torre em Belmonte. 

Após assinado o Tratado de Alcanizes, o castelo localizado na segunda linha de defesa, perde a sua função militar. Em 1446, D. Afonso V doa o castelo a Fernão Cabral I para sua residência.

Do seu interior é possível ver janelas panorâmicas e uma janela do estilo manuelino (atribuída a João Fernandes Cabral).

Janela estilo Manuelino no interior do Castelo de Belmonte

No final do século VII, a ala oeste do paço foi consumida num violento incêndio, tendo sido decisivo para o processo de abandono do local.
Para além das exposições permanentes que o castelo nos presenteia, existem as exposições temporárias. Quando visitamos, a exposição temporária era alguns documentos originais, entre eles o foral Manuelino de Belmonte.

Foral Manuelino de Belmonte

No exterior do castelo é possível ver o campanário, a Capela do Calvário e o Pelourinho.

Campanário, Capelas do Calvário e Sto. António e Pelourinho

Junto ao Castelo, é possível visitar também a Igreja de Santiago e o Panteão dos Cabrais.

Igreja de Santiago e Panteão dos Cabrais - Exterior

A igreja de Santiago é um monumento de traço românico, sofrendo várias modificações ao longo dos tempos. A frontaria da igreja foi construída no século XVIII. Dentro da igreja, pode observar-se uma capela, mandada construir por D. Maria Gil em 1240 e uma pietà do século XIV, sendo a peça mais admirável, segundo José Saramago. Na capela-mor encontra-se vestígios de um tríptico constituída por figuras que representam Nossa Senhora, São Tiago e São Pedro.

Interior da Igreja de Santiago e Panteão - nas fotos abaixo o túmulo de Pedro Alvares Cabral

O Panteão tem ligação a esta igreja, construído em 1483 e onde é possível observar os túmulos de muitos elementos da família Cabral, incluindo o de Pedro Alvares Cabral.

Como já foi dito, Belmonte é bastião judeu. E por isso mesmo, existem inúmeros vestígios deixados pelas várias comunidades.
Em 2004, foi construído o Museu Judaico. Em 2017 foi alvo de remodelações. No museu é possível ver vários objectos da religião judaica, assim como a sua história. Existem também registos sobre as pessoas apanhadas pela inquisição. 

Interior do Museu Judaico

Gostei muito do museu, vale a pena visitar.

Muito perto, temos o Ecomuseu do Zêzere.

Edifício do Ecomuseu do Zêzere

Situa-se na antiga Tulha dos Cabrais, num edifício do século XVI-XVII. No museu é possível observar a fauna e flora de todo o percurso do rio Zêzere. Tem muitas áreas e aplicações interactivas, tornando a visita mais interessante tanto para miúdos como graúdos. 

Interior do Ecomuseu do Zêzere

Do lado oposto da estrada, encontra-se o Museu dos Descobrimentos.
Foi em Belmonte que nasceu o descobridor do Brasil, pelo que faz todo o sentido existir este museu. Situa-se no antigo Solar dos Cabrais, e conta a história de 500 anos de construção de um país e da Portugalidade.

Exterior do Museu dos Descobrimentos

O museu é constituído por 16 salas, que aborda a história dos descobrimentos, em que em todas tem material interactivo, fazendo com que a visita seja muito interessante, até mesmo para os miúdos. 

Interior do Museu dos Descobrimentos

Caminhando uns metros, encontramos o Museu do Azeite.
Situa-se num antigo lagar e é possível observar a maquinaria utilizada na transformação da azeitona em azeite no século XX.

Interior do Museu do Azeite

No museu existe também uma loja onde é possível adquirir diversos tipos de produtos da região como vinho, azeite, compotas e etc.
Compramos um azeite maravilhoso lá. Vale a pena!

Como vêem, é só boas razões para visitarem Belmonte! É uma vila rica em história, com ruas muito bonitas para se caminhar. Existem vários restaurantes bastante bons e em conta.
Ficamos no Belmonte Sinai Hotel, um hotel recente com raízes judaicas. É recente, tem garagem para o carro e os quartos são muito agradáveis.

Como Chegar:
Do Porto - A1 até Albergaria, apanhar a A25 até à saída para Belmonte;

De Lisboa - A1 até à ligação com a A23 até Belmonte.

Fonte: Os textos foram escritos com a ajuda da informação fornecida durante as visitas.

By Lum
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quinta-feira, 26 de julho de 2018

Colour Catcher da K2r - Campanha Youzz - Review

Olá,

Como já viram no facebook do blog, fui selecionada para a campanha da Youzz: Colour Catcher da K2r. E como já é habitual, e depois de algumas utilizações, deixo-vos agora com a review.


O que promete:
  • Previne acidentes de cor
  • Protege o brilho das cores
  • Eficaz a todas as temperaturas
  • Permite misturar várias cores na lavagem
  • Previne que as cores fiquem acinzentadas
  • Evita que os resíduos de sujidade se depositem nos tecidos


O que achei:
Quando experimentei a primeira vez, confesso que foi a medo. 
Volta e meia, tenho alguns acidentes de cor durante as lavagens, uma chatice! Mas lá experimentei, e ainda bem! Misturei roupa clara e escura e correu tão bem! Nada de acidentes de cor!! 
Quando tirei a roupa da máquina após a lavagem, a toalhita que inicialmente era branca, estava com uma mistura de cores! Inacreditável!  


Nota-se bem a cor das toalhitas nas fotos. 
Na roupa, notei as cores mais brilhantes. Aquele acinzentado que às vezes fica na roupa ficou na toalhita e nada na roupa!

Em conclusão: As toalhitas cumprem com o prometido! Protege as cores, protege a roupa! Fiquei mesmo surpreendida com os resultados, nunca pensei que funcionassem tão bem! 
Mais uma vez, um obrigado à Youzz por me ter dado a possibilidade de testar mais um fantástico produto!
#ToalhitasColourCatcher

By Lum

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quarta-feira, 25 de julho de 2018

A Vidente de Sevenwaters, de Juliet Marillier


"Sibeal sempre soube que estava destinada a uma vida espiritual e entregou-se de corpo e alma à sua vocação. Antes de cumprir os últimos votos para se tornar uma druidesa, Ciarán, o seu mestre, envia-a numa viagem de recreio à ilha de Inis Eala, para passar o Verão com as irmãs, Muirrin e Clodagh.

Sibeal ainda mal chegou a Inis Eala, quando uma insólita tempestade rebenta no mar, afundando um barco nórdico mesmo diante dos seus olhos. Apesar dos esforços, apenas dois sobreviventes são recolhidos da água. O dom da Visão conduz Sibeal ao terceiro náufrago, um homem a quem dá o nome de Ardal e cuja vida se sustém por um fio. Enquanto Ardal trava a sua dura batalha com a morte, um laço capaz de desafiar todas as convenções forma-se entre Sibeal e o jovem desconhecido.

A comunidade da ilha suspeita que algo de errado se passa com os três náufragos. A bela Svala é muda e perturbada. O vigoroso guerreiro Knut parece ter vergonha da sua enlutada mulher.

E Ardal tem um segredo de que não consegue lembrar-se - ou prefere não contar. Quando a incrível verdade vem à superfície, Sibeal vê-se envolvida numa perigosa demanda.

O desafio será uma viagem às profundezas do saber druídico, mas, também, aos abismos insondáveis do crescimento e da paixão. No fim, Sibeal terá de escolher - e essa escolha mudará a sua vida para sempre."


Mais um livro espectacular da trilogia Sevenwaters, que a autora Juliet Marillier nos tem habituado! Este livro e o anterior ("O Herdeiro de Sevenwaters") são completamente diferentes dois 3 primeiros. Eu gostei de todos, mas como já tinha falado, divagam um pouquinho nas histórias que contavam entre as personagens. Estes últimos são mais concisos, mais dedicados à história em si.
Este livro é fantástico, prende imenso desde de início.
Após o naufrágio, Sibeal encontra um 3º sobrevivente, Félix, através do dom da visão. É aí que a história começa! A curiosidade aumenta quando começamos a perceber que há uma história entre os 3 sobreviventes e só apetece ler mais e mais até se descobrir! No fim, a história revela surpreendente e com ela, surge uma aventura que Sibeal e Félix, os outros sobreviventes e mais uns homens de Inis Eala vão ter que embarcar.

Um livro apaixonante e muito "leve" de se ler! Recomendo!

By Lum


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quinta-feira, 19 de julho de 2018

Biotherm Aquasource - Final Review

Hello,

Estava em falta com a review final do Biotherm Aquasource! Acabei por receber o Biotherm Aquasource Gel para testar juntamente com o sérum, e devo dizer que não tenciono trocá-los.


O que promete:
- Gel hidratante regenerador intenso, para pele normal a mista.
- Uma textura gel, leve e fresca.
- Dia após dia, reabastece as reservas de humidade natural da pele, para restaurar a sua capacidade de luminosidade.
- Para uma pele mais hidratada, suave, lisa, uniforme e radiante.



O que achei:
Cumpre com o que promete. O gel é super refrescante, hidrata e não é oleoso.
Em conjunto com o sérum, sinto a minha pele muito mais suave e hidratada. O rosto tem mais luminosidade. Mas o melhor de tudo, é que nunca mais me apareceu aquele vermelhidão que tinha antes de começar a usar Biotherm. Hurrayy!!!
Utilizo ambos de manhã e à noite, depois de lavar e limpar bem a pele do rosto.
A embalagem não é igual à do sérum, pois o gel, tal como o nome indica, não é líquido. Vem num pequeno boião, muito prático e quando estiver a chegar ao fim, dá para aproveitar tudinho!

Mais uma vez, um obrigado à Youzz por me ter dado a possibilidade de testar mais este fantástico produto!
#glowonaquasource #biothermportugal

Entretanto, fui selecionada para outra campanha, como já devem ter visto no facebook do blog. Em breve trago-vos a review. Enquanto não sai, fiquem atentos ao facebook do blog, pois a Youuz está a lançar os desafios da campanha!! 

By Lum
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domingo, 15 de julho de 2018

Angra - "Black Widow's Web" feat. Alissa White-Gluz & Sandy - Official Music Video



Angra não é das bandas que mais ouço, confesso que conheço 4 ou 5 músicas... mas fiquei curiosa quando soube que íam fazer dueto com a Alissa dos Arch Enemy (essa sim, conheço e gosto das músicas)... mais curiosa fiquei quando soube que a cantora brasileira Sandy também faria dueto na mesma música (é que o estilo musical não tem anda a ver...)!

E devo dizer que o resultado ficou muito fixe. Aqui fica o video:



By Lum
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domingo, 8 de julho de 2018

D. Amélia, de Isabel Stilwell


"Uma rainha não foge, não vira costas ao seu destino, ao seu país. D. Amélia de Orleãs e Bragança era uma mulher marcada pela tragédia quando embarcou, em Outubro de 1910, na Ericeira rumo ao exílio. Essa palavra maldita que tinha marcado a sua família e a sua infância. O povo acolheu-a com vivas, anos antes, quando chegou a Lisboa. Admirou a sua beleza, comentou como era alta e ficou encantado com o casamento de amor a que assistiu na Igreja de São Domingos. A princesa sentia-se uma mulher feliz. Mas cedo começou a sentir o peso da tragédia. O povo que a aclamou agora criticava os seus gestos, mesmo quando eram em prol dos mais desfavorecidos. O marido, aos poucos, afastava-se do seu coração, descobriu-lhe traições e fraquezas e nem o amor dos seus dois filhos conseguiu mitigar a dor. Nos dias mais tristes passava os dedos pelo colar de pérolas que D. Carlos lhe oferecera, 671 pérolas, cada uma símbolo dos momentos felizes que teimava em não esquecer.  Isabel Stilwell, autora best-seller de romances históricos, traz-nos a história da última rainha de Portugal. D. Amélia viveu durante 24 anos num país que amou como seu, apesar de nele ter deixado enterrados uma filha prematura que morreu à nascença, o seu primogénito D. Luís Filipe, herdeiro do trono, e o marido D. Carlos assassinados ao pleno Terreiro do Paço a tiro de carabina e pistola. De nada lhe valeu o ramo de rosas que tinha na mão e com o qual tentou afastar o assassino. Outras mortes a perseguiriam...  D. Amélia regressou em 1945 a convite de António de Oliveira Salazar com quem mantinha correspondência e por quem tinha uma declarada admiração. Morreu seis anos depois em França, seu país natal, na cama que Columbano havia pintado para ela. Na cabeceira estavam desenhadas as armas dos Bragança."

Dos romances históricos de Isabel Stilwell, D. Amélia era o último que me faltava ler. Mais uma vez, não desilude!
D. Amélia teve a sua vida marcada pelo exílio. Os pais foram obrigados ao exílio em Inglaterra, depois da implementação da república na França. Foi aí, que Amélia nasceu. Após a queda de Napoleão III, ela e sua família puderam finalmente voltar a França, no entanto, tanto o seu pai, como mais tarde o seu irmão, nunca chegaram ao trono de França. Casou com o príncipe D. Carlos, herdeiro ao trono de Portugal. Mas a felicidade nos primeiros anos de casamento, da qual nasceram 3 filhos (uma filha morreu à nascença), não durou muito tempo. D. Carlos estava sempre com a sua corte, tendo as mais variadas amantes, quando o país atravessava uma grande crise. Após se tornar rei de Portugal, chegou a trazer uma amante para Portugal e deu-lhe casa. Amélia sofreu, mas sempre se comportou como a princesa que era. Ajudou em várias obras de solidariedade, tratava doentes nos hospitais e fundou vários hospitais e creches. O ano de 1908 foi negro: Amélia perdeu o seu filho mais velho e o seu marido num atentado, tendo sido posteriormente, em 1910, obrigada mais uma vez ao exílio. Viveu ainda para ver morrer o seu filho mais novo, D. Manuel II. 

Mais um romance de Stilwell de leitura obrigatória! Recomendo!

By Lum



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