"Esta é a história apaixonante de Inês de Castro, a bela aia galega que arrebatou o coração do príncipe D. Pedro, futuro rei de Portugal. Bisneta ilegítima do rei D. Sancho IV de Castela, tinha chegado a Portugal no séquito da princesa Dona Constança, futura mulher do príncipe. Apesar dos laços do matrimónio, acabou por ser Inês e não Constança quem incendiou o coração de D. Pedro. Perdidamente apaixonado, o casal viveu então um amor proibido, até que, após a morte de Dona Constança, passou a partilhar o mesmo tecto.
Dando largas à paixão que por tanto tempo haviam escondido, Pedro e Inês viveram dias idílicos, de paço em paço, até se instalarem em Coimbra, já casados e com três filhos. Certos de ali terem descoberto o seu jardim do Éden, amaram-se a cada dia sem medo do pecado, cedendo à paixão que lhes ardia no corpo e lhes completava a alma.
Esta ligação desagradou ao rei D. Afonso IV, pai de D. Pedro, que odiava Inês de Castro. As intrigas políticas com que os conselheiros reais o sobressaltavam, alegando que os irmãos de Inês alimentavam pretensões à cora portuguesa, contribuíram para que o rei não descansasse enquanto não libertasse, da forma mais trágica e terrível, o filho do jugo da bela galega.
O amor de Pedro e Inês foi maior do que a vida, pulsando outrora, como hoje, no peito da própria alma lusitana, que o elevou a símbolo da paixão em Portugal."
Este livro conta a história de Inês de Castro. Uma mulher bela que veio no séquito de D. Constança. O livro que li antes deste contava a história de Constança, no entanto, existem várias diferenças relativamente a este livro. Começando pela forma como Inês passou a ser aia de Constança. Segundo este livro sobre Inês, ela começou a passar tempo com Constança em Albuquerque, sua cidade natal, quando a família de Constança lá ía passar o Verão, ficando de vez como aia antes desta se tornar noiva do infante D. Pedro. Ficou com Constança até ao nascimento de D. Luís, sendo posteriormente enviada para Albuquerque onde só saiu após a morte de D. Constança, por ordem de D. Pedro. No livro Constança, Inês nunca voltou a Albuquerque. No entanto, a ideia central era Constança e neste livro é Inês, portanto não me admira estas diferenças.
Inês sempre foi objecto de algum ódio por parte do Rei Afonso IV, pois foi criada pelo seu meio-irmão Afonso Sanches e sua mulher. Um ódio igualmente fomentado pelos conselheiros que levaram posteriormente à morte de Inês em frente aos seus 3 filhos.
É um livro que conta a sua história ao pormenor, desde de criança.
É uma história de amor bonita. Quando à cerca de 16-17 anos fiz uma visita de estudo ao mosteiro de Alcobaça, onde se encontram sepultados Inês e D. Pedro, encontramos lá o grande historiador José Hermano Saraiva, que nos contou esta história e que nos disse "Qual Romeu e Julieta, qual quê? Esta história é bem mais bonita e sobretudo verdadeira, real...". E realmente concordo com ele, é uma verdadeira história de amor.
Aconselho o livro!
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